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25 DE NOVEMBRO DE 2013

Publicado: Terça, 26 de Novembro de 2013, 08h45 | Última atualização em Quinta, 20 de Dezembro de 2018, 21h23 | Acessos: 2163

Clipagem ASCOM
Recife, 25 de novembro de 2013

 

:: Jornal do Commercio

Não houve notícias sobre a Fundaj.

 

:: Folha de Pernambuco

Não houve notícias sobre a Fundaj.

 

:: Diário de Pernambuco

Viver

Leão que não perde a majestade

Mestre Afonso Aguiar assumiu a organização do Leão Coroado e as obrigações religiosas, além de abrir as portas para os simpatizantes não ligados ao candomblé

Nem o aval dos orixás tranquilizou o oluô Luís de França na hora de passar o comando do maracatu Leão Coroado para as mãos do mestre Afonso Aguiar. No candomblé, nenhuma decisão é tomada antes de uma consulta às divindades. O nome do sucessor surgiu em um jogo de búzios, lançado após mobilização da Comissão Pernambucana de Folclore e dos sacerdotes do tradicional terreiro de Pai Adão, preocupados com o futuro do folguedo, que completa 150 anos no próximo dia 8 de dezembro. Homem difícil, Luís, já com 97 anos, preferia “acabar com tudo” a entregar a herança dos pais, ex-escravos, a quem julgasse incapaz de honrá-la. 
“Foi uma ironia. Não entendia nada de maracatu ou de carnaval. Só tinha ligação com o candomblé”, lembra o babalorixá Afonso. Aquele ano, 1996, foi especialmente difícil para o Leão Coroado. Foi a segunda vez na história que a nação não desfilou no carnaval – a primeira foi em 1918. “A situação era bem precária. Quando eu assumi, só tinham poucas alfaias desgastadas, um estandarte de 1989 e duas calungas”, revela o mestre. Ainda assim, no ano seguinte, o maracatu saiu em cortejo pelas ruas. 
Dois meses depois, estava o oluô de mala e cuia na porta de Afonso, em Águas Compridas, para passar uma temporada. Foi sem avisar nada. Como o dono na casa não estava, só a esposa, recusou-se a entrar. Ficou a manhã toda à beira da calçada, sob o sol. “E ainda resmungou quando eu cheguei: ‘isso é hora de homem casado ficar pelo meio do mundo, seu cabra? ’”. Passou 19 dias por lá. Só saiu para morrer. Mas cumpriu o seu papel. Passou tudo o que sabia para o sucessor em conversas madrugada adentro. 
“Por ser um folguedo de escravos, que eram analfabetos, não há registros documentais. A preservação da sua tradição deve-se, principalmente, à história oral”, pontuou Lúcia Gaspar, bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco, em depoimento ao site da instituição. Daí em diante, Afonso assumiu a organização, as obrigações religiosas e a direção da batucada de baque virado da nação nagô, além de abrir as portas para os simpatizantes do maracatu não ligados ao candomblé. “Antigamente, houve um enfraquecimento da nossa cultura por causa desse tipo de exigência”, analisa o mestre.
Em contrapartida, a coisa carnavalizou um pouco. Em setembro, quando começam os ensaios para os dias de Momo, a sede do Leão, em Águas Compridas, lota. Durante as cerimônias de sacrifício/purificação, essenciais antes de ganhar as ruas, esvazia-se. “Não há demérito nisso. Existindo um corpo religioso que cumpra as demandas do candomblé, é até bastante comum. Hoje cada maracatu está ligado a uma devoção religiosa. Mas a maneira com que as nações vão lidar com isso é distinta”, pondera a antropóloga Jailma Oliveira.

Saiba mais

 Glossário

Orixás: Ancestrais divinizados. São dezenas e cada um corresponde a pontos de força da natureza e às manifestações dessas forças. 
Oluô: na língua Ioruba (idioma africano), significa sacerdote máximo.
Búzios: jogo divino capaz responder a dúvidas que lhe são colocadas. 
Babalorixá: É o líder e chefe de um terreiro de candomblé.
Calunga: Boneco de madeira tido como a representação de uma divindade de povos da África, que dá força e proteção. 
Baque virado: é um dos “toques” da batucada. Os maracatus desse estilo começam em ritmo compassado, que depois se acelera, mas não alcança um andamento muito rápido.
Nagô: É o nome de uma nação ligada a uma religião afro-brasileira. 

Fotos

De folhas, terra batida e suor são construídos terreiros de universos vastos e misteriosos. O olhar vai além da imagem retratada, onde a lente não alcança. Entre simbolismos ancestrais e a representação infinita de gestos e expressões, as dinâmicas atuais do Maracatu Leão Coroado foram captadas pelas lentes de seis fotógrafos locais, entre os anos de 2006 e 2013: Costa Neto, Diego Di Niglio, Guga Soares, Ivan Alecrim, Mateus Sá e Roberto Rômulo. O resultado de todo esse trabalho pode ser conferido a partir de hoje, na mostra coletiva gratuita Nação Leão Coroado 150 anos, em cartaz na Torre Malakoff (Praça do Arsenal, no Recife Antigo. 

De olho

O governo do estado entregou ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) os Inventários Nacionais de Referência Cultural (INRC) para transformar os Maracatus Nação e de Baque Solto em patrimônios culturais do Brasil. Os dossiês precisam agora passar pela crivo do Ministério da Cultura (MinC) e do Iphan, órgãos responsáveis pela conferência dos títulos. A previsão é de que todo o processo seja concluído até o início do ano que vem.

 

:: G1 - Portal de Notícias da Globo – SP

Últimas Notícias

Hemope comemora 36 anos e homenageia doadores de sangue

De 25 a 30 de novembro, doadores vão receber certificados pela atuação. Fundação faz também oficina de agentes multiplicadores de doação.

A Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope) comemora 36 anos na segunda-feira (25), que é também o Dia Nacional do Doador de Sangue. Neste ano, a entidade presta uma homenagem àqueles que doam regularmente sangue, com uma programação especial até sábado (30).
Os doadores que já fizeram 25, 50, 75 ou mesmo 100 doações vão receber certificados e bottons comemorativos, além de ganharem um bolo especial como forma de agradecimento pela atitude significativa de ser um doador de sangue.
Na segunda (25), quarta (27) e quinta (28), o Hemocentro do Recife e as unidade do interior do estado promovem uma oficina para formar agentes multiplicadores de doação. Na capital pernambucana, outras 180 pessoas vão ser preparadas ainda para atuarem como captadores de sangue e medula óssea.
Uma festa solene está marcada para a quinta-feira (28), com apresentação da Orquestra Criança Cidadã. O evento acontece no auditório Benício Dias da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), com a presença de doadores e amigos solidários da instituição. Vão ser homenageados os mais novos doadores, de 16 anos, e também os veteranos, com 67 anos.
Com a ampliação do Ministério da Saúde, o limite de idade para os doadores subiu de 67 anos para 69. Segundo o presidente do Hemope, Divaldo Sampaio, A mudança representa um aumento de, aproximadamente, 2 milhões de doações em todo o país. "Os doadores saudáveis de 67 anos podem continuar doando até os 69. Então isso vai representar um incremento muito importante para a doação de sangue no Brasil", explica. O Hemope realiza 300 doações todos os dias, uma média razoável de acordo com o diretor do hospital. Sobre as festas de fim de ano, período de menor número de doações de sangue, Divaldo Sampaio atenta para a necessidade de doadores. "Nós precisaremos de pelo menos 400 doações por dia para que nós possamos atender com tranquilidade as festas de fim de ano", afirma. O horário de atendimento do Hemope é de segunda a sábado, das 7h15 às 18h30, inclusive nos feriados. Para doar sangue, o interessado precisa ter entre 16 e 69 anos, peso mínimo de 50 quilos e estar com documento de identificação com foto. Menor de idade deve ir à doação acompanhado de um dos pais ou responsáveis.

 

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