Ultimo encontro do "Cidade na Palma da Mão" marca fim do Programa Institucional "Educação Pela Cidade"
O encerramento aconteceu nesta quarta-feira (11), na sala João Cardoso Ayres, campus Debry da Fundaj
Foram três anos dedicados às relações entre cidade, tecnologia e educação. Nesta quarta-feira (11), a vigência do Programa Instituiconal 3, "Educação Pela Cidade", da Fundação Joaquim Nabuco, chegou ao fim. Sob a coordenação do arquiteto e pesquisador, Cristiano Borba, o evento final, realizado na sala João Cardoso Ayres, campus Debry da Fundaj, também fechou o ciclo de palestras "Cidade Na Palma da Mão" - realizado ao longo das últimas três semanas.
Entre os presentes, o público interno e externo. Com a tônica “Cidades Educadoras", compuseram o debate - mediação de Borba - a mestre em urbanismo contemporâneo, Dayana Araujo; e a mestre em Design Estratégico, Carla Link.
Em sua fala, Carla trouxe um pouco da memória bairrista, de uma gaúcha que, ao mudar para São Paulo, aflorou a percepção sobre o que era, de fato, a cidade. Apresentando um de seus projetos, o “@talking_city”, ela entrelaçou exemplos de participação cidadã com a necessidade de aproximação entre pessoas e governo.
Ainda nessa abordagem, a mestre em Design Estratégico falou sobre o que chamou de “hacker urbano”, ou seja, pessoas que penetram espaços para solucionar problemas e realizar ações positivas. “É preciso ter atitudes propositivas, paciência e elaboração de oportunidades. Precisamos lembrar que reconhecer é diferente de agir, e que a ideia gera a forma”, explicou Link.
Logo em seguida, a mestre em urbanismo contemporâneo, Dayana Araujo, apresentou o desenvolvimento da “Cidade Escola Aprendiz”, uma atitude quer surgiu há 22 anos, em São Paulo, fomentando educação em espaços públicos, como uma praça. Para começar, o conceito de "Bairro-Escola" foi apresentado: a prendizagem compartilhada, articulando e aproximando escolas, comunidades, organizações sociais, empresas e poder público, com o objetivo de promover condições para o desenvolvimento integral de indivíduos.
"Quando se garante o direito à educação e à cidade, desenvolvemos um potencial. Em um território educativo, a escola precisa atuar como agente transformador, tendo acesso a bens e saberes culturais locais. A participação social também é fundamental nesse processo, sendo tão necessária quanto a intersetorialidade que constrói uma rede de proteção para crianças e adolescentes, por exemplo", dividiu Dayana.
Outro pilar apresentado, durante a elucidação da mestre em urbanismo, foi a necessidade de que alterações nas paisagens de espaços educativos sejam feitas em função de ações pedagógicas. Segundo Dayana, "É preciso entender que cidade é conflito, mas que podemos intervir com cuidado, levando em conta alguma metodologia. Não é um banquinho colorido que vai resolver nossos problemas".
Ao longo das três últimas semanas, o "Cidade na Palma da Mão" fomentou também discussões sobre “Ativação e Inovação” e “Desenvolvimento Urbano”. Com o encerramento do ciclo, Cristiano Borba avaliou a vivência. “Acredito que, dentro os cinco Programas Institucionais, esse foi o mais multidisciplinar, principalmente pelo tema, que abrange tantas áreas e pessoas. Caminhamos com autonomia, atuamos em cidades do interior e, no final das contas, trouxemos parceiros para perto”.
Redes Sociais