Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Imprensa > Passeio por história da Troça Carnavalesca Mista Segurando o Talo emociona foliões
Início do conteúdo da página

Passeio por história da Troça Carnavalesca Mista Segurando o Talo emociona foliões

Publicado: Sábado, 15 de Fevereiro de 2020, 14h36 | Última atualização em Sábado, 15 de Fevereiro de 2020, 14h36 | Acessos: 871

Na abertura, a Fundação Joaquim Nabuco entregou honraria ao secretário de Cultura de Pernambuco e neto do sociólogo Gilberto Freyre

É de se imaginar pular o Carnaval com o antropólogo e um dos mais importantes sociólogos do Século XX, Gilberto Freyre (1900-1987). Entre os anos 1984 e 1986, a Troça Carnavalesca Mista Turma da Jaqueira Segurando o Talo só ganhava as ruas da Zona Norte do Recife após o escritor receber em mãos a fruta que brota nos jardins da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e, por isso, dá nome à agremiação. Três décadas depois de sua morte, a Fundaj manteve a tradição e convidou seu neto, o secretário de Cultura de Pernambuco, Gilberto Freyre Neto, para o lançamento da exposição Segurando o Talo por uma Sociologia da Alegria, neste sábado (15), no campus Casa Forte.

Ao abrir a exposição, o presidente da Fundação Joaquim Nabuco e escritor, Antônio Campos, saudou aos servidores da Casa, amigos e o secretário de Cultura do Estado. “Homenagear o Segurando o Talo e seus longos 36 anos é reverenciar o Carnaval do Recife, de Olinda, do Interior pernambucano com suas belas manifestações. O homem é um ser local, dono da sua casa, extensão da sua rua, do seu bairro, da sua cidade, para então ser um cidadão global”, declarou Antônio Campos.

Gilberto Freyre Neto lembrou que tinha apenas 11 anos quando o bloco dos motoristas da Instituição criada pelo avô ganhou as ruas pela primeira vez, em 1984. Das tantas histórias vividas — “a grande maioria impublicável”, brinca ele —, recordou as tantas pessoas que passaram pela troça, os que deixaram seu legado e já partiram. “Naquela época, sentíamos a ausência de manifestações carnavalescas na Área Norte. Então, a Turma da Jaqueira é precursora do Carnaval que a gente cultiva hoje”, refletiu o secretário.

A história da troça é revisitada pela exposição. O background colorido, preparado especialmente para explorar o saudosismo próprio do carnaval recifense, serve de contorno aos manequins fantasiados que vestem camisetas de outras edições do Talo. Entre confetes e serpentinas, o boneco gigante de Gilberto Freyre traja capa e cartola especialmente para integrar a mostra.

Um curta-metragem com imagens das edições anteriores e depoimentos dos foliões também é exibido no local. De acordo com a curadora e museóloga do Museu do Homem do Nordeste, Ciema Mello, a exposição foi uma iniciativa do presidente da Fundação, Antônio Campos e dá forma ao túnel do tempo de um dos principais blocos do Recife. “Nós, do Museu, não guardamos somente objetos. As instituições têm índole, temperamento, têm memórias. Hoje rememoramos as saudades”, explica Ciema.

No aquecimento para a abertura da mostra, se apresentaram passistas de frevo da Companhia Brasil com Dança, do bairro do Amparo, em Olinda, e os caboclinhos da Tribo Indígena Tapirapé, do Alto José do Pinho, no Recife. Orquestras e maracatus rurais garantiram o esquenta na concentração da Troça Carnavalesca Mista Turma da Jaqueira Segurando o Talo. Neste ano, o bloco saiu às ruas arrastando 150 mil foliões.

registrado em: ,
Fim do conteúdo da página

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o fundaj.gov.br, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de privacidade. Se você concorda, clique em ACEITO.