"Coleção Cinemateca Pernambucana" será lançada pela Editora Massangana da Fundaj via live
Autoras Amanda Mansur e Liliana Tavares apresentarão obras no canal da Fundação Joaquim Nabuco no YouTube, no dia 17 de julho, das 17h às 19h
A Editora Massangana da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) prepara mais um lançamento virtual de livros. A apresentação da vez, via live, é da "Coleção Cinemateca Pernambucana", que lança seus dois primeiros títulos - "A Brodagem no Cinema em Pernambuco", de Amanda Mansur, e "Verouvindo: audiodescrição e o som do cinema", de Liliana Tavares. O encontro online será no dia 17 deste mês, das 17h às 19h, no canal da Fundaj no YouTube, com participação das autoras das obras e mediação do pesquisador Paulo Cunha e do chefe da Divisão de Acessibilidade do Cinema da Fundaj, Túlio Rodrigues.
"A coleção surge para difundir ainda mais o cinema produzido em Pernambuco, reunindo obras com abordagens históricas, técnicas e estéticas consideradas essenciais para o campo audiovisual. Além da questão da acessibilidade, que buscamos alcançar plenamente no Cinema da Fundação por meio do Projeto Alumiar”, destacou a coordenadora do Cinema da Fundação e da Cinemateca Pernambucana, Ana Farache.
Os dois primeiros volumes da “Coleção Cinemateca Pernambucana" resultam das teses de doutorado das autoras. A obra "Verouvindo: audiodescrição e o som do cinema" traz exemplos de filmes produzidos com acessibilidade, especificamente para pessoas cegas ou com baixa visão. Um deles é o curta metragem “AutoFalo”, escrito e dirigido por Caio Dornellas, produtor audiovisual natural de Goiana/PE.
"Verouvindo é um festival acessível. Foi o primeiro evento que impulsionou a acessibilidade de filmes em Pernambuco. No livro, falo sobre a audiodescrição e o som no cinema, mostrando como essa camada sonora adicionada ao filme traduz as imagens para deficientes visuais. A audiodescrição dialoga com o script do filme, com a música, com os efeitos sonoros e com a narração. Por ser parte criativa, todas as funções da audiodescrição são pensadas antes mesmo da produção do filme", ressaltou Liliana Tavares.
Já o livro “A Brodagem no Cinema em Pernambuco” aborda o suporte da produção e da qualidade do cinema pernambucano, que, para a autora Amanda Mansur, está totalmente vinculado a uma comunidade de afetos. Ela estuda o cinema pernambucano desde 2007. “A ideia de escrever o livro se deu justamente pelo fato de eu ter trabalhado com alguns cineastas que ainda hoje produzem no estado. Acompanhei a formação dos grupos de perto. A configuração dos grupos está ligada aos laços de amizade, valores e outros sentimentos compartilhados em torno de uma estrutura social da brodagem”, afirmou Amanda, formada no curso de Comunicação Social.
“Essa relação vai para além dos filmes. Tem sintonia também com os espaços do Recife. Todas essas pessoas configuram uma comunidade de afeto que é representada a partir do cinema. A relação entre as pessoas e a formação dos grupos é uma constante na história do cinema pernambucano. Isso também foi fundamental para a sua existência. Mas é claro que essa maneira de produzir cinema, no contexto de brodagem, vai mudar ao longo dos anos. Inicialmente surgiu por uma questão de deficiência financeira”, completou.
Agenda
Seguindo a programação, dia 14 será divulgado por Roberto Beltrão e Rúbia Lóssio o livro "Almanaque Pernambucano dos Causos, Mal-assombro e Lorotas". Para fechar o ciclo de lançamentos, no dia 31, Alexandrina Sobreira, pesquisadora da Fundação Joaquim e editora da revista Ciência & Trópico, apresentará o número 43 desse periódico.
SERVIÇO
Lançamento da "Coleção Cinemateca Pernambucana"
Data: 17 de julho de 2020
Horário: das 17h às 19h
Plataforma: canal da Fundaj no YouTube
Programação: "A Brodagem no Cinema em Pernambuco" (17h – autora: Amanda Mansur; mediador: pesquisador Paulo Cunha); "Verouvindo: audiodescrição e o som do cinema (18h – autora: Liliana Tavares; mediador: chefe da Divisão de Acessibilidade do Cinema da Fundaj, Túlio Rodrigues)
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