Lançamentos do aplicativo Pesquisa Escolar e do projeto Museu vai à escola marcam segundo dia de programação da Semana da Juventude da Fundaj
Atividades da semana comemorativa ao Dia da Juventude seguem até quinta-feira (13)
Desenvolvido pelo setor de Tecnologia da Informação (TI) da Fundação Joaquim Nabuco em parceria com Biblioteca Blanche Knopf da Fundaj, o aplicativo “Pesquisa Escolar” é destaque pela acessibilidade e democratização da informação para estudantes, pesquisadores e público geral. O lançamento oficial do app ocorreu na manhã desta terça-feira, 11 de agosto, no Dia do Estudante, que brinda o segundo dia da programação da Semana da Juventude da Fundaj. À tarde, outro lançamento aconteceu: o do projeto “Museu vai à escola”, do Museu do Homem do Nordeste (Muhne). Como parte das atividades desta semana, até quinta-feira (13), ainda serão promovidos debates sobre inovação, sustentabilidade e cultura. Toda programação é virtual, transmitida pelo canal da Instituição no YouTube.
Na abertura da conversa matutina, o mediador Mario Helio, diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundação Joaquim Nabuco, destacou que a “Pesquisa Escolar” é uma política pública, ressaltando também a importância da inclusão digital. O bate-papo contou com a participação de Nadja Tenório Pernambucano, coordenadora da Biblioteca Blanche Knopf da Fundaj, e Rodrigues José Ferreira, coordenador de Tecnologia da Informação da Fundaj.
“É importante mencionar a acessibilidade (do aplicativo) num país de tanta instabilidade nos serviços básicos. As pessoas têm muitas dificuldades operacionais de acessibilidade na tecnologia digital. Com o app, os estudantes e o público geral podem carregar bibliotecas no próprio bolso. Isso significa o acesso universal da informação”, comentou Mario Helio.
Nadja Tenório Pernambucano reforçou que a plataforma online disponibiliza artigos em quatro línguas: português, inglês, espanhol e libras. “Democratizamos o acesso à informação de forma digital. Temos também uma busca de A-Z. O projeto é abrangente e referência para editoras, escolas, universidades e pesquisadores”, disse a coordenadora da Biblioteca Blanche Knopf da Fundaj.
Rodrigues José Ferreira salientou que o software também tem a função de mensurar dados. Os resultados, por exemplo, ajudam a trazer soluções imediatas. “As avaliações servem como parâmetros de pesquisa. Os relatórios dão um direcionamento. Então, a Fundaj vai saber como fornecer as informações a partir da base de dados. Com essa coleta, podemos trabalhar em cima das necessidades”.
O aplicativo “Pesquisa Escolar” disponibiliza conteúdos pedagógicos voltados para temas da história, da cultura e da realidade social brasileira. Em 21 de outubro do ano passado, houve o lançamento da primeira versão do app para formatos móveis, com acesso via desktop, tablet e smartphone. O novo software está com download disponível gratuitamente para os sistemas operacionais Android e iOS.
De acordo com os dados do Google Analytics, o "Pesquisa Escolar" conta com mais de 15 milhões de acessos, oferecendo em torno de 1000 artigos. A ferramenta, que existe desde 2002 e foi criada pela carência de bibliotecas nas escolas públicas, serve de estímulo à pesquisa no espaço virtual e como contribuição para introduzir os jovens estudantes no mundo acadêmico.
Mais tarde, como parte da programação vespertina, foi lançado o projeto “Museu vai à escola”, do Museu do Homem do Nordeste (Muhne). Trata-se de uma iniciativa que fará o Muhne sair de suas paredes físicas e entrar nas escolas, por meio de aulas ministradas pelos seus monitores. “Este projeto entrará nas salas de aula antes mesmo das atividades voltarem a ser presenciais”, afirmou o coordenador-geral do Muhne, Frederico Almeida.
Os professores que quiserem levar essa experiência para seus alunos escolherão um tema, dentro daquilo que será disponibilizado pelo projeto. Dessa forma, poderão receber monitores para ensinarem sobre a temática escolhida, em suas salas de aula. Assim como acontece na mediação presencial, a linguagem das aulas será adaptada à faixa etária dos estudantes, que poderão ser jovens ou crianças.
Quando aberto, o Muhne atende, diariamente, várias turmas de estudantes. Dessa forma, “a iniciativa foi pensada de acordo com as concepções do fazer museológico e para expandir o nosso papel social”, afirmou a coordenadora de Ações Educativas do Muhne, Edna Silva. Além disso, declarou: “a metodologia para formar o projeto é baseada na escuta das escolas. Para isso, temos muitos professores parceiros que sempre estão em contato conosco”.
Direcionado à escolas públicas e particulares, de início, o projeto será aplicado em salas de aula virtuais. Isso, por conta do momento atual de isolamento social em que vivemos. “Neste período, precisamos, mais do que nunca, sair da nossa zona de conforto e aprender, juntamente com as escolas, a levar esse conhecimento de forma remota”, enfatizou Edna Silva. Os professores que quiserem agendar uma aula ou buscar informações podem entrar em contato com o Muhne, de segunda a sexta, das 8h às 17h, por meio dos telefones: 3073-6331 ou 3073-6385.
Depois do lançamento do projeto, o público pôde participar de uma oficina de turbantes promovida pelo Educativo do Muhne e ministrada pelas educadoras Jamille Barros e Rayanne Santos, que ensinaram dois tipos diferentes de amarrações. Em seguida, para encerrar o dia de atividades, foram exibidos os depoimentos dos jovens empreendedores Maria Casé e André Guerra.
Próximas atividades da Semana da Juventude
Dia 12 - Inovação e Sustentabilidade
10h - Mesa “Agenda para a juventude”
Keylla Guerra, Delegate Youth Assembly ONU 2019)
Luiza de Sá Leitão (Oficial do Programa de Desenvolvimento e Participação de Adolescentes e Jovens do Unicef Brasil)
Leila Azevedo Holmes da Silva, graduanda em Engenharia Eletrônica e presidente do Ramo Estudantil IEEE UFRPE
Mediação : Maria Luiza Cruz, coordenadora-geral de Cooperação e de Estudos de Inovação da Difor/Fundaj
16h - Juventude e Conexões
Cláudio Marinho, cofundador do Porto Digital, consultor em cenários e estratégias na Porto Marinho
Marcela Valença, gerente de Pessoas do Porto Digital
Mediação : Luis Romani, diretor de Pesquisas Sociais da Fundaj)
Dia 13 - Cultura
10h - Cultura de paz nas escolas
Marcelo Pelizzoli, doutor em Bioética e professor do mestrado em Direitos Humanos da UFPE)
Hebe Pires, gerente-executiva do Projeto Escola Legal: Cultivando a Cultura de Paz
Paulo Teixeira, psicólogo e servidor do MPPE
Mediação: Maria Luiza Cruz, coordenadora-geral de Cooperação e de Estudos de Inovação da Difor/Fundaj
16h - Roda de conversa com jovens do Projeto Fruto de Favela
Mediação: Edna Silva, coordenadora de Ações Educativas do Muhne
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