Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Imprensa > Como as epidemias afetam o espaço urbano?
Início do conteúdo da página

Como as epidemias afetam o espaço urbano?

Publicado: Quinta, 13 de Agosto de 2020, 16h58 | Última atualização em Quinta, 13 de Agosto de 2020, 18h24 | Acessos: 230

Pesquisadores resgatam imagens de século do Recife ao discutir estratégias de enfrentamento. Live será promovida no Instagram da Fundaj, dia 21, às 16h

Mais de 2 mil pessoas morreram de gripe espanhola, no Recife, em 1918. Até pouco, o vírus mais letal que o mundo tinha conhecimento. No início do Século XX, a doença contaminou um terço da população do planeta e aniquilou 5% dela. Mas a presença destas epidemias não é tão inédita assim, a exemplo da varíola, tuberculose e febre amarela. Se de um lado provocaram avanços na ciência, do outro marcaram os espaços urbanos, fosse por um projeto higienista em vigor ou pela revolta da sociedade afetada. Assunto que rende “pano pra manga” e que será o ponto de partida do bate-papo promovido pela revista Coletiva, no Instagram da Fundação Joaquim Nabuco, no dia 21, às 16h.

Com o tema ‘Quando as epidemias nos atingem: respostas e reformas urbanas ontem e hoje’, a historiadora Cibele Barbosa e o arquiteto e urbanista Cristiano Borba, ambos servidores da Instituição, discutem as marcas desses acontecimentos sanitários na paisagem do Recife e indagam sobre novas estratégias no enfrentamento ao novo coronavírus (Covid-19). “Queremos mostrar que as estratégias, hoje, são muito mais centradas no comportamento dos indivíduos que nas intervenções na cidade. Muitas até que afetaram o patrimônio. É interessante ver como, historicamente, as cidades respondiam a esses agentes externso”, explica a historiadora, que apresentará fotografias de coleções da Fundaj.

A iniciativa, realizada em parceria com Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional (ProfSocio), da Fundaj, encabeça uma série de debates que deverão ser realizados a partir dos temas trabalhados na sessão Villa Coletiva, que explora os acervos do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira Rodrigo Mello Franco de Andrade (Cehibra). No nº 6, Cibele e Cristiano assinam o artigo “Ares que nos assolam, doenças que nos matam: respostas e reformas urbanas”, em que abordam as questões já citadas. Tanto no texto quanto na transmissão, os registros fotográficos servirão de comprovação dos efeitos de crises sanitárias no Brasil do Século 20.

Exemplo é uma fotografia de Francisco du Bocage, datada de 1910, que registrada a construção do Dique do Nogueira, uma das ações de ampliação do Porto do Recife. Menos de uma década depois, outros registros salvaguardam a memória de pontos apagados por completo da paisagem da capital pernambucana, como a Matriz do Corpo Santo, que já ocupou o Bairro do Recife, e o Arco da Conceição, que embelezava uma das entradas da Ponte Maurício de Nassau. “Em meio aos escombros, trabalhadores insatisfeitos se rebelavam pelos salários atrasados enquanto epidemias, furtos e carestia dos aluguéis tomavam conta da cidade”, contam os autores.

“A live permite que as pessoas conheçam nossas pesquisas, vejam o que é produzido na Fundação Joaquim Nabuco e saibam quem são as pessoas que estão por trás do trabalho realizado. É importante que o público saiba o que existe no acervo, o que está à disposição da sociedade. Afinal, é a história de todos que permanece preservada e que ainda pode nos dizer sobre os dias atuais”, reflete Cibele Barbosa. Dentre os registros que serão visitados estão fotografias feitas entre os anos 1880 e 1920 por Francisco du Bocage e Constantino Barza, da Coleção Benício Dias, que exploram as paisagens urbanas do Recife na transição dos séculos. Até imagens feitas por Dias, no período de 1930 a 1950, que evidenciam as transformações.

Revista Coletiva
Desde 2010, a revista eletrônica Coletiva é produzida quadrimestralmente. O principal objetivo da publicação é a divulgação científica relacionada às produções do ProfSocio. Em 2012, a publicação recebeu o Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica, do CNPq, considerada a mais importante comenda de divulgação científica do País. O projeto da Coletiva integra o Programa Institucional Valorização Docente na Educação Básica, em diálogo com o Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional (ProfSocio), o Laboratório Multiusuários MultiHlab, a Villa Digital e a Diretoria de Pesquisas Sociais da Fundação Joaquim Nabuco. A produção pode ser conferida em www.coletiva.org

Dos autores
Cibele Barbosa é doutora em História pela Universidade Paris IV/Sorbonne e pesquisadora da Fundaj. Atualmente coordena o Projeto Trocas Atlânticas. Cristiano Borba é doutor em Desenvolvimento Urbano pela Universidade Federal de Pernambuco e Analista em Ciência e Tecnologia na Fundaj. Ambos assinam a sessão Villa Coletiva, que visibiliza as coleções da Villa Digital, um espaço multiusuário criado para promover a pesquisa, a preservação e a difusão do acervo e da produção científica e cultural do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira Rodrigo Mello Franco de Andrade (Cehibra), da Fundaj. A Villa pode ser visitada em villadigital.fundaj.gov.br.

Serviço:
Live ‘Quando as epidemias nos atingem: respostas e reformas urbanas ontem e hoje’, pela historiadora Cibele Barbosa e o arquiteto e urbanista Cristiano Borba.
Data: 21/08
Hora: 16h
Pelo Instagram da Fundaj44444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444

registrado em: ,
Fim do conteúdo da página

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o fundaj.gov.br, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de privacidade. Se você concorda, clique em ACEITO.