Fundaj promove rodas de conversa no encerramento da Semana da Juventude
Foram quatro dias seguidos de evento, realizado no canal da instituição no YouTube, em comemoração ao Dia Internacional da Juventude
Iniciada na última segunda-feira, a Semana da Juventude da Fundação Joaquim Nabuco foi concluída com chave de ouro nesta quinta-feira, 13 de agosto. Rodas de conversas virtuais marcaram o encerramento da programação, transmitida no canal da Fundaj no YouTube, nos turnos da manhã e da tarde. As temáticas – empreendedorismo social, educação, inovação, sustentabilidade e cultura – foram discutidas no evento por meio de atividades como palestras, debates e oficinas.
A iniciativa de homenagear o Dia Internacional da Juventude, celebrado no dia 12 de agosto, foi da Coordenação-geral de Cooperação e de Estudos de Inovação da Diretoria de Formação Profissional e Inovação (Difor) da Fundaj. A Semana da Juventude da Fundação Joaquim Nabuco contabilizou mais 1.000 visualizações no canal oficial da instituição no YouTube.
“O objetivo do evento foi mudar de alguma forma a realidade dos jovens, que sempre serão o nosso futuro. Convidados profissionais e estudantes engajados para debater temas extremamente relevantes e de interesse da sociedade. Foi uma grande maratona de atividades”, ressaltou a coordenadora-geral de Cooperação e de Estudos de Inovação da Difor da Fundaj, Maria Luiza Cruz.
A “Cultura de paz nas escolas” foi um dos temas abordados no último dia da programação. A roda de conversa, realizada virtualmente na manhã desta quinta-feira, 13 de agosto, durou uma hora.
Mediado por Maria Luiza Cruz, o encontro contou com a participação do doutor em Bioética e professor do mestrado em Direitos Humanos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Marcelo Pelizzoli, da gerente-executiva do Projeto Escola Legal: Cultivando a Cultura de Paz do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Hebe Pires, e do psicólogo e servidor do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Paulo Teixeira.
Marcelo Pelizzoli destacou os desafios para a construção da cultura de paz. “O grau de envolvimento é uma das questões. Vai muito de como a gente consegue desenvolver o nosso coração, até porque temos muitos bloqueios. O outro ponto é a parte metodológica, que envolve os procedimentos e os levantamentos de ações inspiradoras que podem ser adaptadas e reproduzidas”, afirmou.
Hebe Pires falou sobre a justiça restaurativa na educação. “Ela tem uma base ética, sólida e comprometida com a democracia. Os círculos de construção de paz são democracias extremas e representativas. As pessoas têm liberdade para falar o que sentem num espaço seguro. Os direitos humanos também fazem parte da justiça restaurativa, sendo a base do respeito, da generosidade e da escuta atenta e profunda. É fundamental humanizar as relações”, comentou.
Paulo Teixeira reforçou que a paz precisa ser um verbo de ação no ambiente escolar. A importância de criar, valorizar e manter uma cultura de paz dentro das salas de aula virou uma questão de primeira ordem. “É preciso ter na escola um espaço para falar de amizade, coletividade e afetos, entre outras questões. Temos que construir um circuito de cuidado. É necessário que a escola seja empoderada, com programas preventivos”, pontuou.
No período da tarde, houve mais uma roda de conversa. O encontro teve a presença do Projeto Fruto de Favela, formado por jovens da comunidade do Jacaré, que fica em Maranguape I, em Paulista, e a mediação da coordenadora de Ações Educativas do Museu do Homem do Nordeste (Muhne), Edna Silva.
O grupo Fruto de Favela mostrou como usa o brega para protestar e impactar socialmente a vida das pessoas que moram na comunidade do Jacaré. O objetivo do projeto é dar voz para a localidade e, consequentemente, conquistar melhorias.
Estudante de jornalismo da Unicap, ativista e líder social do Fruto de Favela, Daniel Paixão detalhou como começou o projeto. “Vi um jovem morrer em frente a minha casa. Nesse dia, várias emissoras foram até a comunidade do Jacaré para cobrir o caso. No outro dia, a notícia teve uma repercussão gigante. Após o fato, criei um projeto para transformar o cenário da comunidade onde moro, mostrando para a mídia boas práticas da localidade”, contou.
Todo conteúdo, de 10 a 13 de agosto, está disponível na íntegra no YouTube da Fundação Joaquim Nabuco.
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