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Revista Coletiva debate os impactos urbanísticos em crises sanitárias da história

Publicado: Sexta, 21 de Agosto de 2020, 18h40 | Última atualização em Sexta, 21 de Agosto de 2020, 18h40 | Acessos: 248

Servidores da Fundação Joaquim Nabuco, a historiadora Cibele Barbosa e o arquiteto e urbanista Cristiano Borba discutiram tema em live nesta sexta (21)

“As transformações físicas, além das sociais devem vir”, considera o arquiteto e urbanista Cristiano Borba, durante o bate-papo ‘Quando as epidemias nos atingem: respostas e reformas urbanas ontem e hoje’, ao lado da historiadora Cibele Barbosa. A live promovida pela Revista Coletiva, nesta sexta-feira (21), na conta da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) no Instagram, debateu aspectos históricos das crises sanitárias vivenciadas pela humanidade até a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que atinge o Brasil desde março deste ano.

Servidores da Fundaj, Cibele e Cristiano assinam o artigo “Ares que nos assolam, doenças que nos matam: respostas e reformas urbanas”, que integra a sessão Villa Coletiva, da Revista Coletiva. No texto, eles costuram um paralelo entre algumas das principais transformações urbanísticas do Recife e o impacto da pandemia da gripe espanhola e epidemias como tuberculose, febre amarela entre outras doenças, no cotidiano da capital pernambucana. O material reúne fotografias do acervo da Villa Digital, vinculada ao Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira Rodrigo Mello de Franco (Cehibra).

“A história é toda marcada por tensões. Como as reformas de saneamento em lutas contra tuberculose e varíola, por exemplo. Muitos anos depois, ainda passamos por situações que nos fazem discutir questões de reordenamento”, lamentou a historiadora. Ao longo de sua fala, Cibele recordou transformações operadas no Recife em prol do progresso, como a derrubada das igrejas dos Martírios, na Rua do Sol, e do Corpo Santo, no Bairro do Recife. “Pra cidade entrar para um lugar de destaque e progresso, ela deveria também conter suas epidemias.”

“Qual seria o papel dos urbanistas diante da recente pandemia do coronavírus?”, indagou Borba, ao apontar marcos históricos em que a profissão foi essencial para a redefinição de uma dinâmica urbana. Exemplos foram as transformações operadas em Lisboa, capital de Portugal, no Século 18, fosse por questões sanitárias ou pelo terremoto que atingiu o território em 1755; e as reconstruções em Lodres pelo grande incêndio alastrado em 1666. “Enquanto as epidemias atacavam as pessoas e não as estruturas, outras ocorriam exatamente pela falta deste planejamento.”

Barbosa, por sua vez, destacou como as questões de raça impactavam essas transformações urbanísticas e sociais. “Se preocupava mais com a febre amarela que atingia aos europeus, em detrimento das populações negras que estavam mais imunizadas, assim como menos com as tuberculoses, que atingiram muito mais os trabalhadores e trabalhadoras escravizados”, destacou. Para o público compreender o contexto de transformações da capital, indicou o livro “O Bairro do Recife: entre o Corpo Santo e o Marco Zero” (Cepe, 1991), de Cátia Wanderley Lubambo.

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