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Domingo dos Pequenos volta em edição virtual 

Publicado: Sexta, 18 de Setembro de 2020, 10h24 | Última atualização em Sexta, 18 de Setembro de 2020, 10h24 | Acessos: 182

Lenda ribeirinha, bichos do Nordeste e o pintor Vicente do Rego Monteiro divertem a criançada, no domingo (27), de 10h às 12h, no canal oficial da Fundaj, dentro da programação da 14ª Primavera dos Museus

 

A criançada não ficará de fora da 14ª edição da Primavera dos Museus. Após os seis meses em que os eventos presenciais foram suspensos, em virtude da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o Educativo do Museu do Homem do Nordeste (Muhne) realiza a terceira edição do Domingo dos Pequenos, em 2020, no dia (27), de 10h às 12h, no canal oficial da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), no YouTube. Ao todo, serão promovidas três atividades virtuais, que exploram a imaginação e o fazer manual. São elas: Bichos desarrumados do Nordeste, Rio de Nêgo d’Água e Vicente do Rego Monteiro para crianças - a geometria da arte.

“É extremamente simbólico que ela esteja participando da Primavera dos Museus, onde celebra os Museus em Transformação. Realizar uma atividade para as crianças de forma virtual é uma maneira de potencializar a importância que esse público sempre teve na nossa vivência enquanto Educativo. Serão atividades lúdicas, pensadas com materiais que podem ser encontrados em casa e usados em qualquer momento com toda a família”, conta a coordenadora do Educativo do Muhne, Edna Silva. Em 2019, foram realizadas 12 edições presenciais do Domingo dos Pequenos, ação sucesso de público com 1.249 crianças.

O macaco-prego, a onça-parda, a perereca-de-capacete, o tatu-bola, o veado-catingueiro e tantas outros estarão no passeio visual da atividade ‘Bichos desarrumados do Nordeste’, conduzida pelo educador Emerson Pontes. O livro didático de imagens recortadas e coladas brinca com as espécies da fauna nordestina de forma lúdica, promovendo também um diálogo e leituras sobre o universo da criança. A atividade é inspirada no livro infanto-juvenil Zoologia Bizarra (2010), do poeta maranhense Ferreira Gullar, que faria 90 anos, no último dia 10, se vivo estivesse.

Ferreira Gullar foi um dos fundadores do Neoconcretismo, no fim da década de 1950, no Rio de Janeiro. O movimento procuravam novos caminhos para as artes, vendo-a com sensibilidade, expressividade, subjetividade e indo muito além do mero geometrismo de um objeto. Para a atividade, os meninos e meninas precisarão de papel de cores variadas, páginas de jornais, revistas, tesoura sem ponta e cola branca. No vídeo curto, Emerson Pontes fala um pouco sobre o maranhense que ocupou a cadeira 37 da Academia Brasileira de Letras, vencedor dos prêmios Molière, Saci e Jabuti. Este último na categoria Melhor Livro de Ficção, em 2007.

A segunda atividade da edição, ‘Rio de Nêgo d’Água’, foi criada com referência no livro Nordeste: Identidade Comestível, escrito pelo jornalista Bruno Albertim, a partir de uma pesquisa do Muhne sobre a gastronomia antropológica da região brasileira. O Nêgo d’Água é uma figura mística do Rio São Francisco, que nasce em Minas Gerais e percorre o Nordeste até o Oceano Atlântico, na divisa dos estados de Alagoas e Sergipe. “Existe uma pluralidade de imaginários desse personagem, com o qual iremos explorar a imaginação das crianças”, explica o educador Murilo Dayo, que ministra a ação junto com Angeline Araújo.

Indispensável para a oficina, a criançada terá de deixar reservada papel e lápis de colorir. Os monitores contarão as lendas do elemento meio homem, meio peixe, para o qual os ribeirinhos e pescadores ainda entregam batatas doce nas margens do rio. “Todos os participantes deverão estar de olhos fechados, para estimular ainda mais o lúdico. Quanto mais concentrados estiverem, maior a sensibilidade até para explorar outros sentidos”, aponta. Ao fim das histórias, todos irão desenhar o que imaginaram. Um debate será promovido, ainda, para a reflexão das diversas formas que resultam de um só personagem e da imensidão do imaginário nordestino.

O Domingo dos Pequenos ensinará também à meninada como fazer arte com matemática na oficina ‘Vicente do Rego Monteiro para crianças - a geometria da arte’, quando será a vez de apresentar o pintor, escultor, desenhista, ilustrador e artista gráfico recifense. Autor de Pietá (1924), suas obras percorreram museus nacionais e internacionais. Algumas podem ser conferidas na exposição de longa duração do Muhne. Apaixonado pela geometria, seus trabalhos abordavam também temáticas indigenistas e religiosas. Suas obras foram consideradas futuristas e foi influenciada pelo impressionismo, cubismo e figurativismo construtivista.

“Essa atividade tem como objetivo estabelecer como se dava esse diálogo do artista com a matemática, utilizando como obra referencial a pintura Ceia Eucarística (1925). Iremos apresentar alguns trabalhos e um pouco da história do artista, mas também serão elaborados desenhos e pinturas a partir da principal técnica utilizada por ele: a geometria”, explica a educadora Olga dos Santos. Além do papel para os desenhos, os pais ou responsáveis pelos pequenos devem reservar lápis grafite, de cor ou de cera, borracha, régua, tesoura sem ponta e cola bastão. São opcionais, tinta guache, pincel e papel paraná. Vamos brincar de fazer arte?

Serviço:

Domingo dos Pequenos na Primavera dos Museus

Data: 27 de setembro

Horário: 10h às 12h

No canal da Fundaj no YouTube

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