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Shakespeare e traduções de sua obra são abordados em live da Fundaj

Publicado: Sexta, 18 de Setembro de 2020, 15h22 | Última atualização em Sexta, 18 de Setembro de 2020, 16h03 | Acessos: 266


Promovida em parceria com a Flipojuca, nesta quinta (17), palestra com tradutor Lawrence F. Pereira está disponível no canal da Instituição, no YouTube

 

Muito se fala do poeta William Shakespeare, chancelado o maior dramaturgo de todos os tempos. Mas o quanto se conhece, de fato, da sua obra? A preocupação com a fidelidade à poesia ritmada, presente nos originais do inglês, levou o tradutor gaúcho Lawrence Flores Pereira a explorar um novo modelo de tradução. Sobre isto, ele falou na palestra ‘Traduzindo as tragédias de Shakespeare’, da edição virtual da Feira Literária do Vale do Ipojuca (Flipojuca), promovida em parceria com a Fundação Joaquim Nabuco. O encontro foi transmitido, nesta quinta-feira (17), no canal da Instituição, no YouTube.

O diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), da Fundaj, Mario Helio Gomes, fez a mediação. “O grande desafio do tradutor é fazer com que Shakespeare, que escreveu em um inglês muito antigo, tenha para nós a mesma familiaridade, como se fosse um autor nosso. O que faz com que estejamos aqui conversando hoje é a obra do tradutor que também é um trabalho de criação”, introduziu o diretor. Lawrence F. Pereira recitou trechos das versões que traduziu de Hamlet e Rei Lear, além de explicar detalhadamente aspectos destas traduções.

Em sua fala, o professor da Universidade Federal de Santa Maria, pós-doutor e professor pesquisador da Universidade de Massachusetts, nos EUA, contou como surgiu o interesse em traduzir as obras do dramaturgo, que já contam com muitas versões em português. “Shakespeare era uma das obras que havia constatado, por volta de 1995, que precisava de novos experimentos de tradução. Uma parte considerável das traduções sofriam de certos problemas”, afirmou, ao explicar a exclusão de decassílabos, palavras e adjetivos nas traduções existentes.

Para Pereira, detalhes que garantam a tonalidade da fala ou, ainda, coloratura da palavra. “Percebi que havia um avanço [na tradição] do mercado de traduzir Shakespeare em prosa ou em verso livre, quando, na verdade, ele escreveu em versos metrificados — embora seja diferente da metrificação do português. No processo de tradução é preciso buscar a oralidade. Ele deve ser belo e bonito, mas precisa ser escutado no tempo de escuta do teatro. No meu trabalho, toda a tradução foi feita em voz alta, no teatro, por pessoas de repertórios diversos”, destacou ao pontuar os estilos presentes na obra do autor de Romeu e Julieta (1591).

A primeira obra do Bardo do Avon traduzida por Lawrence foi Hamlet, que contou com diversas adaptações para o teatro ainda nos primeiros anos do Século 21 e lhe renderam um Prêmio Jabuti 2015 na Categoria Tradução. Provocado por Mario Helio sobre a opção pelos clássico, respondeu se tratar de um projeto pessoal. “Queria traduzir antes de tudo as principais tragédias. Como estava trazendo um modelo novo de tradução — de que tinha plena consciência —, queria dar o exemplo justamente com aquelas traduções que já haviam sido feitas e bastante para que se pudesse ver o ganho com esse método de trabalho."

Lawrence revelou que está trabalhando em mais uma obra de Shakespeare: Macbeth (1606). Do projeto firmado com a Coleção Clássico, da Penguin Companhia, serão traduzidos ainda Sonho de uma noite de verão (1605), Ricardo II (1597) e Ricardo III (1633). “Lawrence entendeu Shakespeare melhor que todos os outros tradutores. Suas traduções de primeiríssima ordem”, celebrou o internauta Lucas Brasil. “Muito bom ter lido Hamlet na tradução do professor”, disse Adriano Ernesto Trindade. “​Seu Rei Lear ficou excelente. Uma tradução primorosa, marcante. Honrou Shakespeare”, finalizou Théofilo Silva.

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