Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Imprensa > Cinema da Fundação entra para história como primeiro do Recife a reabrir
Início do conteúdo da página

Cinema da Fundação entra para história como primeiro do Recife a reabrir

Publicado: Quinta, 08 de Outubro de 2020, 20h03 | Última atualização em Sexta, 09 de Outubro de 2020, 13h21 | Acessos: 672

Seguindo protocolo minucioso, primeira exibição foi realizada nesta quinta (8), com documentário francês Mulher

Um momento histórico. Nesta quinta-feira (8), a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) passou a figurar como a primeira a abrir uma sala de cinema no Recife, em meio a pandemia do coronavírus, que no Brasil já dura sete meses. Seguindo um protocolo minucioso para a reabertura do equipamento, 48 dos 160 lugares foram reservados para receber o público. Todas as poltronas foram forradas e demarcadas, mantendo um distanciamento de 1,5 metro, cada. Pensando nos casais e amigos, nove poltronas duplas foram reservadas.

“A Fundaj reabre o cinema para o público neste momento ainda de pandemia, mas em uma situação de maior normalidade, com todas as cautelas sanitárias devidas. Fomos a primeira instituição no Estado que fechou seus cinemas e museu, e estamos sendo a primeira a abrir. O Museu do Homem do Nordeste está em reforma e em breve vamos anunciar boas novidades em relação à Sétima Arte, com a abertura de uma nova sala de exibição”, declarou o presidente da Fundaj, Antônio Campos.

Coordenadora dos Cinemas da Fundação e Cinemateca Pernambucana, Ana Farache, recorda toda a preparação para este momento. “Foi um trabalho significativo — está sendo —, iremos ver como vai funcionar e estamos otimistas que o público irá respeitar as normas adotadas e voltaremos normalmente”, aponta a coordenadora. Além das medidas já mencionadas para a sala de exibição, foram produzidas 48 fichas plastificadas para controlar a entrada das pessoas e instalados totens com álcool gel.

Leia também:
Programação e protocolo de funcionamento

Cuidados que não param, pois toda a programação foi adaptada ao momento. Ao invés das habituais quatro exibições diárias, de terças a sextas-feiras, apenas duas serão mantidas. A fim de assegurar intervalos maiores para a higienização do lugar. Aos fins de semana serão três sessões. Outra medida é a diminuição do preço das tarifas, com o objetivo de evitar troco e grande circulação de dinheiro. Assim, as sessões em que eram cobrados R$ 14 diminuíram para R$ 10 e os bilhetes que custavam R$ 7 para R$ 5.

A socióloga aposentada Lélia Araújo, 70 anos, foi a primeira a chegar e ficou emocionada. “A minha relação com o Cinema da Fundação é de um amor muito grande, que palpita o coração. Aqui vivi momentos marcantes, como quando o Festival Varilux era exibido apenas aqui. Ficávamos na euforia para comprar os ingressos, pois estava sempre lotado. Quando terminava um filme, a gente tinha de correr para comprar outro e voltar”, lembra ela, que agora diz se sentir otimista. “Daqui pra frente tudo vai melhorar.”

Ao longo dos 18 anos em que frequenta o espaço, Lélia viu muitos filmes que a marcaram, mas recorda de súbito a exibição do longa-metragem francês Amor (2012), de Michael Haneke. Nesta quinta, assistiu à estreia do documentário franco Mulher (2020), dos diretores Yann Arthus-Bertrand e Anastasia Mikova, o primeiro a ser exibido neste retorno. Quem também não perdeu a sessão foi o casal de estudantes de cinema Anderson D. Cavalcante, 20, e Monique Reynaux, 18.

“Estávamos com saudade de vir para a Fundação, o cinema estava fazendo muita falta. Frequento esse espaço há dois anos e estou muito satisfeito com as normas adotadas. Os cuidados estão sendo indispensáveis. A área andou bastante prejudicada e esse retorno gradual é essencial”, conta Anderson. “Desde que vi a divulgação, criei uma expectativa muito grande para o filme e para estar dentro da sala, ter toda aquela sensação. Estou há bastante tempo sem ver filmes em salas de cinema”, lembra Monique.

E valeu a pena! Ao fim da sessão, ambos eram só elogios. “Foi incrível! A experiência de vir ao cinema é única. Totalmente diferente de assistir em casa. Sem falar que o filme foi maravilhoso, belíssimo, muito sofisticado”, assegurou Anderson. “Logo quando começou, o som rondando a sala, a tela, a sensação de assistir no cinema, foi muito nostálgica pra mim. Pelo tempo sem vir, senti que a experiência foi ainda mais fervorosa. Sem falar que todos os cuidados deixaram ainda mais confortável”, emendou Monique.

registrado em: ,
Fim do conteúdo da página

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o fundaj.gov.br, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de privacidade. Se você concorda, clique em ACEITO.