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Alvacir Raposo relembra obra do poeta João Cabral de Melo Neto em live da Fundaj

Publicado: Quinta, 22 de Outubro de 2020, 10h47 | Última atualização em Quinta, 22 de Outubro de 2020, 10h51 | Acessos: 221
Transmissão aconteceu nas redes sociais da Fundaj na tarde desta quarta-feira (21)
 
O poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto foi o tema da quarta palestra do projeto Celebrações da Memória, que debate ícones e importantes instituições culturais pernambucanas. A ação é fruto de parceria entre a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e a Academia Pernambucana de Letras (APL). A transmissão sobre o autor de "Morte e Vida Severina", estreou em live nesta quarta-feira, 21 de outubro, às 17h, no canal da Fundaj no YouTube. O material segue disponível para quem desejar ter acesso a palestra, que foi conduzida pelo acadêmico Alvacir Raposo.
 
Para falar sobre um dos maiores poetas da literatura brasileira, Alvacir enfrentou - primeiro - o desafio de definir o que abordar da vasta carreira de João Cabral. "Decidi percorrer os caminhos do poeta desde a sua estreia até o que chamo de consolidação de um estilo. Para tanto restrinjo-me a sua primeira fase, que entendo, vai da 'Pedra do sono' (1942) até a publicação de 'Morte e Vida Severina' (1945), explicou o palestrante ainda no início da sua exposição.
 
No debate sobre a obra do escritor, Raposo defende que é necessário definir alguns parâmetros antes de explorar tudo o que foi produzido por João Cabral de Melo Neto. "É importante situá-lo no seu tempo, nas suas circunstâncias, em que ambiente o poeta viveu. Quais as suas influências, qual o contexto em que se inseria", reforça.
 
O movimento pós-Modernista (geração de 45), após se opor ao que desempenhavam os escritores de 22 e se definir como outra geração em manifesto, foi uma mudança significativa para a sociedade literária da época. No entanto, segundo avalia Raposo, Cabral não adere ao "movimento estético" desta geração. Isso fica explícito, por exemplo, quando se analisa a configuração da sua redação. Já que o poeta preferia o verso curto, especialmente a redondilha maior, conhecido por ser o maior verso popular, e a geração de 45 preferia os dodecassílabos. O palestrante classifica o escritor como sendo "objetivo, direto, incisivo, cortante como lâmina. Duro. Avesso aos sons e preso as imagens".
 
"Cabral busca a poesia mais despojada possível, isenta das filigranas e dos saltos retóricos, produzindo um poema substantivo e não adjetivado. despoetisa a poesia. Não se filia a chamada linha da derrocada do intelecto, caracterizada pela escrita automática, não submetida à análise crítica da razão. Ao contrário. Filia-se a corrente festa do intelecto, essa limitada pela estrita busca da objetividade, obtida pela cuidadosa e sofrida garimpagem dos significados. A palavra como elemento fundamental", comenta Raposo em outro momento.
 
A palestra sobre João Cabral de Melo Neto do ciclo Celebrações da Memórias segue disponível no YouTube da Fundação Joaquim Nabuco, precedida por debates sobre Clarice Lispector, Joaquim Cardozo e Lucilo Varejão
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