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José Luiz Mota Menezes destrincha evolução urbana do Recife na 6ª edição do Celebrações da Memória

Publicado: Quinta, 29 de Outubro de 2020, 16h49 | Última atualização em Quinta, 29 de Outubro de 2020, 16h54 | Acessos: 415

Memória viva da história recifense, alagoano radicado em Pernambuco participa do ciclo de palestras

"A história não se faz com a memória de uma pessoa, se faz com memórias. Ela não se divide, mas há momentos de corte nela", destacou o arquiteto, urbanista, professor e escritor nordestino José Luiz Mota Menezes. Ele foi o palestrante da 6ª edição do projeto Celebrações da Memória. Com o tema "Narrativas da Memória", o encontro aconteceu nesta quarta-feira (28), no canal da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). O ciclo de palestras é uma iniciativa da Fundaj por meio de sua Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte em parceria com a Academia Pernambucana de Letras (APL).

Historiador por necessidade e atualmente com 84 anos de idade, José Luiz destrinchou a evolução urbana do Recife ao longo da sua vida. Foi nas andanças pelas ruas que o alagoano radicado em Pernambuco descobriu a cidade onde mora desde os nove anos. Ele saiu de Manguaba/AL para a Capital pernambucana em 1945.

"A história do Recife tem pelo menos cinco momentos de corte, o primeiro deles é justamente quando Olinda está ligada ao Recife pelo Porto e é incendiada em 1631, com a tomada do Recife pela Companhia Holandesa das Índias. A partir daí, Olinda desaparece do mapa e Recife ascende. À época, o Recife tinha uma minúscula povoação, com uma igreja e 40 casas, enquanto Olinda contava com 700 casas", recorda.

Dono de uma invejável memória urbana do Recife, José Luiz seguiu esmiuçando fatos que contam a história da cidade. "O segundo momento inicia-se com a administração de João Maurício de Nassau. Quando Nassau saiu do Recife, em 1644, o número de casas na cidade subiu para 380. Houve um crescimento positivo na habitação", relembra. "A cidade passa a ter uma nova paisagem urbana quando Francisco do Rego Barros, ou Conde da Boa Vista, assume o governo. Ele manteve a linha de Maurício de Nassau, mas deu ao Recife o Teatro Santo Isabel e um tom europeu, francês. Esse tom, inclusive, podemos ver nos Palácios do Governo e da Justiça", completa.

Com o crescimento vertiginoso do Recife, ele não condena a verticalização, mas defende uma cidade onde as pessoas possam viver com tranquilidade e em harmonia. "O quarto momento do Recife começa nos princípios finais do século XIX, início do movimento moderno na arquitetura da cidade. No século XX, o Recife cresce verticalmente por conta da ausência de um plano. Sempre digo que não sou contra a verticalização, e sim a favor de uma horizontalização mais completa e segura", pontua José Luiz.

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