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Lourival Holanda celebra a linguagem freyriana

Publicado: Quarta, 04 de Novembro de 2020, 21h17 | Última atualização em Quarta, 04 de Novembro de 2020, 21h24 | Acessos: 244

Acadêmico da APL reflete contribuições do sociólogo às Ciências Sociais e Literatura em edição do Celebrações da Memória

Autor de Casa Grande & Senzala (1933), um dos principais títulos nacionais sobre a formação social do Brasil, Gilberto Freyre (1900—1987) também incluiu seu nome a lista de escritores relevantes do Século 20. Por isso, nesta quinta-feira (4), seu trabalho foi tema da 7ª edição do Celebrações da Memória. Desta vez, o projeto desenvolvido pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) em parceria com Academia Pernambucana de Letras (APL) contou com a participação do professor da Universidade Federal de Pernambuco, Lourival Holanda.

Especialista em Teoria Literária, o detentor da cadeira nº 4, da APL, refletiu sobre o que chamou de vigor literário na obra do sociólogo pernambucano. Dentre as ponderações, considerou o que faz de Gilberto Freyre autor especial e as características singulares do seu trabalho ao fazer científico-social no Brasil e no mundo. “O saber sociológico era tomar um dado e o carregar acompanhado de gráfico ou nota de rodapé. Procedimento que não era usual a Gilberto”, declarou.

Confira a palestra na íntegra

Para Lourival, o homenageado perpassou e até ultrapassou diferentes áreas das Ciências Sociais ao aliar Sociologia, Antropologia, História e Literatura. “Ele avança de forma ensaística, que permite conciliar documentação e a aventura pessoal da interpretação. É nesse sentido que ele desenha um processo analítico sobre o corpo do real-social, observado e surpreendido no miúdo dos costumes, da mesa e das danças. De modo que, joga um olhar cheio de nuances sobre as pequenas práticas culturais que nos definem.”

Além das contribuições entre especialistas, o professor considera crucial a forma adotada por Freyre para a aproximação de sua obra a leitores em geral. “Ele libertou a interpretação do automatismo mental dos grandes esquemas interpretativos. Aqui fica evidente que não basta alcançar a ciência, é preciso saber usá-la”, reconhece Lourival Holanda, que aponta no autor uma insubmissão aos “dogmas acadêmicos”. “Gilberto Freyre corporiza o seu estudo em comparação a sociólogos anteriores a ele.”

Transmitida virtualmente, a palestra de Lourival continua disponível no canal da Fundaj, no YouTube. O espectador poderá conferir, ainda, interpretações sobre a função da linguagem na integração do homem ao meio, a assimilação de preconceitos e paradoxalmente à quebra deles. “As grandes civilizações sempre colocaram, no início de toda história humana, a palavra. A palavra poética tenta subverter a percepção. Por isso, o discurso poético é uma prática libertadora”, conclui.

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