Blog do Diário Visual e Gráfico, de Gonçalo M. Tavares, é lançado
Em parceria com a Fundaj, escritor português publica diariamente reflexões sobre o mundo, a pandemia, o isolamento e a vida
Os leitores do Diário Visual e Gráfico, do escritor português Gonçalo M. Tavares, terão uma experiência ainda melhor. É que a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) criou um blog exclusivo para o conteúdo, que anteriormente vinha sendo publicado no site da Instituição. Com a nova plataforma, lançada na última quarta-feira, 11 de novembro, o objetivo é oferecer mais legibilidade à leitura dos capítulos escritos, pelo autor do premiado Jerusalém (2004). O layout é responsivo, com isso a página se adapta seja ao computador ou a outros dispositivos móveis.
Todos os dias, o escritor publica reflexões sobre o chamado ‘novo normal’ do mundo marcado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Ora bem-humorado, noutros momentos um tanto pessimista, irônico. Ele nos convida à reflexão a partir de frases, anedotas e recortes da atualidade exibidos em tabelas, fluxogramas, gráficos em colunas, no formato pizza e tantos mais. Agora, para conferir, é só acessar o endereço diariovisualegrafico.fundaj.gov.br. Iniciada em junho, a publicação foi interrompida em setembro e retoma, neste mês, até o próximo ano.
O novo formato foi produzido pela equipe de Desenvolvimento e Suporte ao Usuário, da Coordenação Geral de Tecnologia da Informação, Recursos Logísticos e Inovação Institucional (CGTEC), da Fundaj. O Diário Visual e Gráfico integra as obras mais recentes do português, que, também publicou até junho o Diário da Peste, no semanário lusitano Expresso. Até o momento, na versão brasileira já foram publicados 105 capítulos, disponíveis para serem revisitados, também, no novo site e na conta oficial da entidade no Instagram (@fundajoficial) — onde soma mais de mil curtidas.
“A feição humanista da prosa de Gonçalo M. Tavares é necessária como uma vacina no tempo um tanto quanto mórbido e incerto como o atual, que necessita mais do que nunca do amor, da fé e esperança ofertadas pela arte de alto nível”, celebra o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), Mario Helio. “A importância do Diário Visual e Gráfico é múltipla. Seja porque praticamente inaugura um novo gênero literário, com sua forma ousada de realizar uma reflexão ao mesmo tempo existencial e poética sobre a condição humana na atualidade.”
Sobre o trabalho, Gonçalo explica tentar subverter a ordem dos gráficos tão presentes no jornais e telejornais. “Isso resultou, realmente, de ver na televisão gráficos e gráficos e gráficos sobre mortos, infectados etc. Percebo que estávamos, de alguma maneira, a colocar o gráfico como se fosse apenas um instrumento da média”, diz. “A pandemia é um grande estímulo intelectual. Para além da tragédia, é realmente um acontecimento fraturante, que divide o século em dois, de certo modo, e que nos paralisa ou faz refletir”, avalia o autor.
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