Primeiro dia de Seminário Internacional sobre políticas públicas para Educação aconteceu nesta quinta na Fundaj
Evento reúne remotamente palestrantes de todo o mundo. Programação segue até esta sexta-feira (4) https://bityli.com/AXOwu
As políticas públicas devem servir a todas as pessoas, mesmo elas tendo diferentes anseios e necessidades. Quando voltadas para a área da educação, o processo é o mesmo. Para discutir sobre política educacional, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) estreou o “Seminário Internacional Educação no contexto atual: crises e alternativas”, na manhã desta quinta-feira (3). Inédito, o evento é uma iniciativa da Diretoria de Pesquisas Sociais (Dipes), da Fundaj, em parceria com o Grupo de Estudos sobre Política Educacional e Trabalho Docente da Universidade Federal de Minas Gerais. A transmissão ao vivo é realizada nos canais da Fundaj e do Gestrado/UFMG no YouTube.
No turno matutino, os coordenadores das equipes das pesquisas abriram o seminário com a tradicional saudação. Em seguida, apresentaram brevemente o desenvolvimento do trabalho. A apresentação foi mediada pela professora titular da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Minas Gerais na área de Políticas Públicas e Educação, Dalila Andrade Oliveira/UFMF-UFPB.
“Nossa preocupação atual é sobre como os trabalhos acadêmicos podem ser revertidos em gestão a partir das conclusões da pesquisa. As ações que a gente toma hoje vão refletir no futuro. O processo histórico importa muito, principalmente para a Fundaj”, ressaltou o diretor da Diretoria de Pesquisas Sociais da Fundação Joaquim Nabuco, Luís Henrique Romani.
Após a abertura, a Conferência O Programa Pisa e a Ágora deu continuidade ao primeiro dia de evento. A atividade foi coordenada pela pesquisadora da Fundaj Cibele Rodrigues, com a participação de Thomas Popkewitz (Madison University, EUA) e mediação de Luís Miguel Carvalho (Universidade de Lisboa, Portugal).
“O evento é parte de um projeto amplo de pesquisa. Várias instituições estão apresentando seus trabalhos para fortalecer a importância das políticas públicas educacionais no mundo inteiro. Essa ampla rede de pesquisa envolvida mostra a dimensão do evento”, destacou Cibele.
A mesa redonda “A pandemia e a agenda educativa global: efeitos sobre o trabalho docente e as escolas” abriu a programação do turno da tarde. O debate mediado pela pesquisadora da Fundaj Darcilene Gomes teve a participação de expositores/as: Sofia Viseu (Universidade de Lisboa, Portugal), Myriam Feldfeber (Universidade de Buenos Aires, Argentina), Pedro Bolea (Universidade de Barcelona, Espanha) e Lívia Vieira (UFMG, Brasil).
“A pandemia explicitou as profundas desigualdades nos sistema educacionais, sobretudo no direito à educação. Então, o nosso objetivo foi debater esse tema no encontro”, explicou Darcilene.
O turno da noite foi dedicado ao debate sobre o contexto do conservadorismo no mundo e seus reflexos para a educação em duas lives, uma mesa redonda e outro momento dedicado ao lançamento do Dossiê da Revista Temas em Educação. Ambos foram mediados por Fabiana Sena (UFPB, Brasil). A primeira mesa teve início às 18h e contou com os palestrantes: Pablo Martinis (Udelar, Uruguai), Ronal Garnelo (UNE, Peru), Álvaro Hypólito (UFPel, Brasil). A pesquisadora Ana Portillo (FLACSO, Paraguai), não conseguiu realizar sua apresentação por conta de problemas técnicos. Ao final, os palestrantes responderam a perguntas do público.
Em sua fala inicial, o doutor Álvaro Hypolito, dedicou-se a explicar o que seria o conceito de conservadorismo interpretado no Brasil. "A ideia é o desmantelamento do bem estar social e a ideia de uma nova forma de administrar o estado, baseado numa nova concepção de administrar o capitalismo" reforçou lembrando os movimentos políticos conservadores e os movimentos autoritários nas Américas.
O Dossiê da Revista Educação, lançado nesta noite, também teve como tema o conservadorismo na educação e a América Latina. A revista foi criada em 1991, mas só publicou em seu primeiro número na versão online em 2009. O periódico tem como prioridade divulgar produções que resultem de estudos e pesquisas científicas de âmbito nacional e internacional. A segunda live contou com a apresentação das pesquisadoras Myrian Feldbeder (Universidade de Buenos Aires - Argentina) e Dalila Andrade de Oliveira (UFMG/ UFPB).
"O Dossiê é sobre as ideias conservadoras que estão se solidificando na área da educação na América Latina. Então esse dossiê teve como propósito participar dessa cooperação internacional bem articulada. Ele vai na perspectiva de aprofundar ainda mais o debate, dá visibilidade como essas estratégias tem se apresentado nessa região na América Latina. A organização reuniu uma equipe de pesquisadores que dominam o tema e quiseram trazer outros pontos de vista sobre o assunto de dentro da América Latina", explicou a mediadora Fabiana Sena ao apresentar o lançamento da revista.
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