Lançamento de exposições encerram programação natalina da Fundaj
Programação segue disponível no canal da Instituição, no YouTube
O Natal ainda não chegou, mas a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) já fez as honras. Ao longo de três dias, de 13 a 15 de dezembro, a Casa promoveu o Natal da Esperança. Assim, o público acompanhou uma seleta programação no canal da Instituição, no YouTube, por onde passaram a Orquestra Bachiana Filarmônica, de prestígio internacional, até o Pastoril das Meninas Encantadas, da Várzea, bairro da Zona Oeste do Recife. Tudo ao alcance de um clique e disponível para ver quantas vezes quiser.
No encerramento, nesta terça-feira (15), o destaque ficou para as inéditas exposições "Presente de Natal" e "Pinacoteca — Ensaio 1", com documentos e obras que compõem as mais de 2 mil peças do acervo da Casa. "As seleções foram feitas com uma curadoria coletiva. São peças que estevam esquecidas, aguardando visitas, e que serão expostas. Esperamos que todo o público possa desfrutar dessas belezas", celebrou o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), da Fundaj, Mario Helio, no lançamento das mostras.
A exposição Presente da Natal fica aberta à visitação na Sala Waldemar Valente, no campus Casa Forte, até o dia 31 de janeiro de 2021. Ela resgata um periódico anual criado em 1930, pelo jornalista Luiz do Nascimento. Seu título dá nome à exposição, que recebe também representações de folguedos que, no Nordeste, ganham ritmo no ciclo natalino. Assim, reisado, pastoril, bumba-meu-boi emocionam tanto quanto a coleção de cartões postais com motivos natalinos que integram o acervo do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra), tão comuns em meados do século XX.
Quase simultaneamente, Ensaio 1 marca a estreia da Pinacoteca da Fundaj, ocupando os salões no primeiro piso do Solar Francisco Ribeiro Pinto Guimarães, casarão de boas vindas do campus Casa Forte. A mostra reúne um recorte dos acervos da Instituição. São obras dos séculos XIX ao XXI, de Aloisio Magalhães, Tarsila do Amaral, Lula Cardoso Ayres, Malangatana, Gilvan Samico, Francisco Brennand, Diego Rivera e muitos outros. No entanto, o projeto da Pinacoteca prevê ampliação e deverá receber, no futuro, outras produções do século XVII.
"O Solar Francisco Ribeiro Pinto Guimarães também é parte do acervo, mas teremos uma motra da riqueza nas artes visuais que a Fundação vem reunindo ao longo dos seus 70 anos de existência", destaca a coordenadora-geral Cehibra, Betty Lacerda, que integra a equipe de curadores da Pinacoteca. "Nos dá uma satisfação e alegria enorme de poder trabalhar esse acervo e mostrar à população. Porque essa é a nossa missão. Não é guardar a sete chaves um acervo que é do povo brasileiro", comemora.
Encerrando a programação, o Coral da Fundaj, regido pelo maestro Jadson de Oliveira, emocionou com o Coro Virtual Jingle Bell's virtual. Com vídeos gravados em casa e também no Solar, os cantores e as cantoras executaram o repertório com "Vem que está chegando o Natal" e "Bate sino pequenino". Com dezenas de participantes, a apresentação reuniu diversos servidores da Fundaj e convidou, também, outros corais como Chesf, Canto no Ponto, Madrigal Lindbergh Pires, da Unicap, o grupo Vocal Bom Dia e o Coral Espírita Afag Olinda.
Relembre
A iniciativa completa da Fundação Joaquim Nabuco você pode resgatar no canal da Insituição, no YouTube. A programação teve início no último domingo (13) e trouxe entre os destaques o concerto da Orquestra Bachiana Filarmônica, do maestro João Carlos Martins. Abrindo a apresentação, o maestro conversou com o presidente da Fundaj, Antônio Campos, sobre arte e religiosidade. "É uma alegria abrir mais cedo o Natal, em um ano tão desafiador", disse o presidente, na ocasião.
O concerto homenageou, ainda, o cantor e compositor Luiz Gonzaga, que faria 108 anos na data. O tenor Jean William e as sopranos Ana Beatriz Gomes e Carmen Monarcha foram participações especiais. Ainda no primeiro dia, o público conferiu o recital poético-teatral Natal da Esperança, da Literatrupe, oficina de Pastoril organizada pelo Educativo do Engenho Massangana e uma verdadeira aula sobre a origem do festejo com a antropóloga do Museu do Homem do Nordeste (Muhne), Ciema Mello.
Encerrando a programação do domingo (13), o Muhne anunciou os vencedores do Concurso de Ensaios Aécio de Oliveira. Os participantes Bruno César Brulon Soares e Juliana da Costa Ramos levaram o prêmio. Continuando, na segunda-feira (14), coube ao escritor e dramaturgo Ronaldo Correia de Brito, um dos autores do Baile do Menino Deus, estrear com Quando a estrela corre o céu. Com produção de Tainá Menezes e direção de Thomas Brandão, o espetáculo apresentou tradições de Natais nordestinos em canções compostas pelo dramaturgo em parceria com Antônio Madureira e Assis Lima.
Reisado e Bumba-meu-boi foram alguns dos elementos que tomaram a programação do dia, do espetáculo à oficina de miniatura do boi-brincante, preparada pela Coordenação de Ações Educativas do Muhne. Enquanto isso, no Cinema da Fundação/Museu foi exibido o longametragem Morte e Vida Severina (1981), adaptação de Walter Avancini para a obra homônima de João Cabral de Melo Neto. O poema original foi publicamo com um auto de natal em 1955.
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