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Inscrições abertas para comercialização de produtos artesanais no Espaço Janete Costa, no Muhne

Publicado: Terça, 06 de Abril de 2021, 11h41 | Última atualização em Sexta, 09 de Abril de 2021, 11h26 | Acessos: 1408

Artesãos podem se inscrever até o dia 1º de abril de 2022

 

Já imaginou ir a um museu e poder levar alguma peça para casa? No Museu do Homem do Nordeste (Muhne) isso é possível. Dedicado aos artesãos e artistas populares, o Espaço Janete Costa Arte e Cultura ocupa o hall principal do equipamento e exibe uma infinidade de peças que podem ser adquiridas pelo público a preços acessíveis e justos para quem as produz. Para viabilizar o credenciamento de entidades representativas, artesãos individuais e micro empreendedores interessados em comercializar seus trabalhos nesse espaço, a Fundação Joaquim Nabuco  (Fundaj) publicou um edital para o processo de seleção, válido até 1º de abril de 2022. O prazo segue até 1º de abril de 2022. As inscrições devem ser realizadas sempre nos primeiros 10 dias do mês, das 8h30 às 12h.

Link para o Edital

 

Entidades representativas, artesãos individuais e microempreendedores podem se inscrever para credenciar seus trabalhos. As peças devem apresentar características culturais da arquitetura, fauna, flora e/ou manifestações e tradições culturais que fazem parte da história e identidade do Nordeste. “A iniciativa é pautada na missão institucional de atender a demandas e necessidades relacionadas à educação e cultura, compreendidas de forma interdependente, com vistas ao desenvolvimento justo e sustentável da sociedade brasileira. Nesse sentido, a valorização da cultura e da identidade da Região Nordeste, por meio do estímulo às atividades da produção do artesanato vem colaborar com o cumprimento desses objetivos”, explica o coordenador de Exposições do Muhne, Antônio Montenegro.

O credenciamento dos artesãos e entidades de artesanato é uma forma de difundir, estimular e valorizar a cultura do Nordeste, principal finalidade do Museu. As inscrições podem ser realizadas presencialmente no Museu do Homem do Nordeste, via postal, devendo a data da postagem estar dentro do período de inscrição ou via e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. No edital estão os critérios para a participação e detalhes como as tipologias artesanais, a exemplo de argila, fibras vegetais, tecidos, couros, madeira, sementes e até materiais sintéticos. “Tudo o que colocamos naquele espaço passa por um crivo e curadoria de qualidade e originalidade. O Nordeste é de criatividade extraordinária e, por isso, primamos por esta efervescência cultural”, aponta a antropóloga e museóloga do Muhne, Ciema Mello, que destaca a facilidade para a inscrição.

Considerado um dos artistas populares mais originais e inventivos do Brasil, o igarassuense Mestre Cunha ocupa museus e galerias de todo o País. No início de sua carreira, suas produções estiveram disponíveis para o público no Espaço Janete Costa. Outro nome que figura na prateleiras da lojinha é o do olindense Mestre Nado, que encanta todos com suas ocarinas, raco-raco,  bum d’água, dentre tantos outros. Os instrumentos moldados em argila já apareceram em shows de nomes como Milton Nascimento e Ney Matogrosso, e ainda hoje podem ser adquiridos no espaço.

Para Ciema Mello, “museu” é por si só uma palavra e local de legitimação. “O Muhne tem muito orgulho do seu capital social. Ou seja, nossos parceiros, amigos e colaboradores. Os artistas e artesãos compõem uma parcela privilegiada e o fato deles ocuparem uma plataforma de visibilidade em nosso espaço é algo essencial”, assegura a museóloga. “O Nordeste é um celeiro de talentos em todos os aspectos, mas nas artes plásticas é algo extraordinário. Nosso objetivo não é mostrar apenas o trabalho daqueles que são consagrados, mas também dos menores.”

 

Desafios e estratégias

Em tempos de crise socioeconômica e sanitária, a iniciativa propõe alternativas para um dos setores mais prejudicados: o cultural. Ciema Mello demonstra preocupação com os produtores locais. “A arte popular está em ascensão e não está absolutamente estagnada. No entanto, neste período, as pessoas estão retraídas. Eles produzem para escoar sua arte no evento e ainda hoje se mantêm sem garantias e respostas. Afinal, sabemos da dificuldade de muitos para sobreviver de arte”, reflete. “São tempos desertos, sombrios, doloridos. Mas, apesar das dificuldades, olhamos para esta iniciativa como uma festa. O Museu está fazendo o melhor que pode para se manter presente e em interlocução”, conclui.

 

Sobre Janete Costa

Nascida em Garanhuns, no Agreste pernambucano, em 1932, desde muito cedo, Janete Costa teve contato com o artesanato, algo fundamental na sua formação como arquiteta e designer de interiores. A segunda formação, inclusive, foi concluída em 1979 no então Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, atual Fundaj. A partir da década de 1980, Janete passou a atuar na curadoria de exposições locais de artesanato e arte popular. Em 1992 foi curadora da mostra Viva o Povo Brasileiro, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

No final da mesma década, foi curadora das mostra sobre o designer Joaquim Tenreiro, que esteve no Rio de Janeiro, Lisboa e São Paulo. A atuação como designer de interiores também ocorria em hotéis como o Pergamon, em São Paulo, sempre com a inclusão de trabalhos de artistas populares em seus projetos. Em 2005, foi curadora do espaço de arte popular brasileira na mostra Espaço Brasil, Paris, no ano do Brasil na França. Após sua morte, em 2008, alguns dos seus trabalhos foram concluídos por seus filhos, a exemplo da museografia do Museu do Homem do Nordeste. No mesmo ano, foi inaugurado o Espaço Janete Costa, batizado em sua homenagem.

 

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