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Obras de acervo da Fundaj integram mostra no Museu da Língua Portuguesa

Publicado: Quarta, 05 de Mai de 2021, 16h47 | Última atualização em Quarta, 05 de Mai de 2021, 16h48 | Acessos: 229

O pesquisador Moacir dos Anjos, da Casa, divide curadoria da exposição temporária Língua Solta com a jornalista Fabiana Moraes

Para marcar o Dia Internacional da Língua Portuguesa, celebrado em 5 de maio, o Museu da Língua Portuguesa fará uma programação especial, com atividades  de 3 a 7 deste mês. Na programação há o lançamento da exposição temporária Língua Solta.  A mostra tem curadoria de dois pernambucanos. O pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) Moacir dos Anjos e a premiada jornalista Fabiana Moraes, autora de “O nascimento de Joicy”. A previsão de reabertura do museu é no próximo semestre. Por isso, a visitação à exposição será para um público restrito, 160 pessoas no total, com o máximo de 10 pessoas por vez, entre os dias 4 e 7 de maio, às 9h30, 10h30, 14h30 e 15h30.

Para ter acesso, é preciso emitir o ingresso antecipadamente no endereço eletrônico da Exposição Língua Solta (https://bileto.sympla.com.br/event/67708/d/98176). As entradas serão disponibilizadas em dois lotes: o primeiro foi liberado na sexta-feira, dia 30 de abril, e o outro nesta segunda-feira, a partir do meio-dia. Dentre os elementos selecionados para a mostra, o público vai conferir obras do acervo do Centro de Estudos da História Brasileira (Cehibra), da Fundaj, como duas colagens do fotógrafo cearense Josias Benício Sampaio e 57 rótulos de aguardente da Coleção Almirante.

“Tentamos construir uma exposição que falasse dos vários modos que  a língua portuguesa está encarnada nas coisas da vida. Nos objetos, nas imagens, dentro e fora da arte. Tentando quebrar essas barreiras entre a arte erudita, a arte contemporânea e a arte popular, com isso de alta e baixa cultura”, explica Moacir dos Anjos. Ainda segundo o curador, a própria construção da mostra se contrapõe às convenções de uma exposição sobre arte e língua portuguesa. “Quase sempre ela é voltada para a poesia concreta na arte brasileira, de um Haroldo Campos a Arnaldo Antunes. Pensamos uma coisa mais solta, onde caberia muito mais”, afirma.

De fato, “Língua Solta” reúne desde estandartes de maracatus de Nazaré da Mata, município da região canavieira de Pernambuco, a publicações da página Saquinho de Lixo, famosa pelos memes no-sense e/ou sarcásticos no Instagram. “Trouxemos uma perspectiva de cultura popular para o Sudeste que não é normalmente aquela que costumam pensar em todo o Brasil, especialmente sobre o Nordeste. Essa de uma cultura popular adocicada, sem intenção, para turista ver ou, ainda, feita na gambiarra. Mesmo a presença dos estandartes de maracatu fala sobre beleza, mas também da tensão de uma resistência”, alerta Fabiana Moraes.

Narrativa presente, por exemplo, nas colagens de Josias Benício Sampaio, do acervo da Fundaj. Em uma delas, “Culturais Trópicos”, o fotógrafo já anunciava “O Novo Nordeste Brasileiro”. Já na seleção de rótulos da Coleção Almirante, construída pelo radialista Henrique Foréis Domingues, o casal buscou tencionar o imaginário predominante nas produções. “Em todos os rótulos há a presença das mulheres. Em sua maioria, feitas de forma machista. Escolhemos as que apontam para outra direção. São imagens que apresentam a mulher paraquedista, voadora, guerreira, tensionando a imagem misógina”, reflete o curador.  

 
 
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