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Funcionários dividem experiências na pandemia em conversa sobre empatia

Publicado: Sexta, 30 de Julho de 2021, 18h21 | Última atualização em Sexta, 30 de Julho de 2021, 18h21 | Acessos: 297

No webinário, promovido pela Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas da Fundaj, foram lembradas ações da Instituição e falecidos

A pandemia pegou a todos de surpresa. Alterou rotinas e provocou um turbilhão de sentimentos e vivências, nem sempre fáceis de lidar. O isolamento social, os riscos iminentes e as perdas continuam sendo realidade. Por isso, reunir o máximo de servidores e colaboradores para uma conversa sobre os desafios e dividir palavras de apoio é, antes de tudo, um ato de empatia. Encerrando a semana, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) sentou, nesta sexta-feira (30), para estreitar esta relação com suas diretorias e equipes de trabalho, no webinário “Empatia, um olhar humano para os funcionários durante a pandemia”. A ação foi promovida via Google Meet e reuniu servidores, terceirizados e estagiários.

Compondo o calendário de ações da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas, coube à coordenadora Mary Ann Pimentel abrir a ordem de falas. Mary dividiu o duro episódio pessoal, em agosto de 2020, quando o marido acometido pela Covid-19 permaneceu 45 dias internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “A doença é uma montanha-russa de emoções: a incerteza do que aconteceria, o medo da perda, precisar lidar com uma situação de vulnerabilidade sem poder fazer algo. O que me ajudou a enfrentar este momento, foi o apoio das pessoas ao meu redor”, dividiu a coordenadora, que agradeceu a flexibilização de horários, o apoio da presidência e o suporte médico da Casa. 

Antes de passar a palavra para Cecília Carvalho, médica da Fundaj, Mary agradeceu. “Você foi meu anjo”, disse. Para a profissional de saúde, o cenário sanitário exigiu uma atuação ainda mais humanizada. “Fui muito além de médica e fui amiga das pessoas. Neste momento é o que todos precisam”, declarou Cecília. “Em um ano e meio de pandemia, vivi situações que em 42 anos do exercício da medicina nunca foram sequer imaginadas. Mais do que nunca entendi que tratava mais do que medicar. Sofri com os pacientes, mas levei palavras de esperança e fé. Empatia é a palavra de ordem para 2021”, disse, reconhecendo desafios como o inédito atendimento remoto.

Na sequência, outras coordenações destacaram o trabalho realizado. A coordenadora da Biblioteca Blanche Knopf, Nadja Tenório Pernambuco, recordou o projeto Fundaj Solidária, iniciativa promovida em parceria com a Central Única das Favelas (CUFA), que atende 24 mil famílias espalhadas na Região Metropolitana do Recife. A iniciativa mobilizou todo o corpo de funcionários e, com uma gincana, arrecadou 791 kg de alimentos. “Elas foram para pessoas que nunca vimos. A empatia pode e deve estar presente em tudo, é um exercício diário”, conclui Nadja. Outros setores pontuaram a importância da atenção nas interações virtuais e o apoio à adaptação no trabalho remoto.

Um vídeo produzido com depoimentos de outros funcionários também foi exibido. Relatos como o da coordenadora de Ações Educativas do Museu do Homem do Nordeste, Edna Silva, que perdeu uma cunhada em meio à pandemia. “São perdas irreparáveis”, admite. Mas também comemora poder cuidar de quem fica, como o sobrinho de 15 anos e seus pais. “Empatia é um processo permanente, assim como a gratidão”, concluiu. Monitora do Muhne, Élida Nathália contou dos avós com quem mora e da importância que o regime remoto teve para a preservação dos familiares. “O respeito com a nossa saúde é uma dos maiores atos de empatia que já vi. Não só no ambiente de trabalho, mas na vida.”

Convidada para falar sobre a atitude de conseguir se colocar no lugar do outro deixando de lado valores e juízos, a psicóloga Miriam Vicente falou da importância do autocuidado para estar pronto a atender o outro. Ela discorreu sobre o que chamou de “cultura de empatia entre os colaboradores”. “Este cuidado entre as pessoas no local de trabalho não melhora apenas o relacionamento da equipe, mas impacta positivamente a produtividade e o rendimento”, observou, ao citar pesquisas científicas relacionadas ao tema. Ao fim, o coordenador da Massangana Audiovisual, Pedro Coelho, pediu um minuto de silêncio, em agradecimento a todos os funcionários e memória das perdas vividas.

Servidores falecidos foram lembrados pelos colegas de trabalho, como o restaurador Marcos Pinto (em memória), que prestou 40 anos de serviços ao Laborarte, e a assistente Vera Marta (em memória), que estava lotada na Diretoria de Planejamento e Administração, mas também atuou na Biblioteca Blanche Knopf. A Assessoria de Comunicação recebeu os agradecimentos pelo constante diálogo com as diretorias da Casa, o apoio às iniciativas, trabalhos desprendidos e por garantir o contato com o público; bem como os profissionais de serviços gerais e manutenção patrimonial. “Eles que guardam o que é de todos nós, o patrimônio público, que nos ajudam a zelar deste bem tão valioso, que é a vida”, encerrou o coordenador.

Até esta sexta-feira (30), 258 funcionários da Casa haviam recebido o imunizante contra o coronavírus (Covid-19).

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