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Escravidão, politica e religiosidade sob olhar nabuqueano são temas de palestras na Fundaj

Publicado: Quinta, 19 de Agosto de 2021, 20h47 | Última atualização em Sexta, 20 de Agosto de 2021, 13h25 | Acessos: 241

Com transmissão via YouTube, live reuniu os cientistas políticos Carlos Sant’ Anna Guimarães e Joanildo Burity para discutir perspectivas do abolicionista

Como parte das comemorações do aniversário de seu patrono, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) transmitiu, nesta quinta-feira (19), o ciclo de palestras Reverberações em torno de Nabuco, promovido pela Diretoria de Pesquisa Social (Dipes), da Instituição. O encontro virtual abordou o pensamento nabuqueano em questões fundamentais nas esferas política e social do Brasil, como a desigualdade resultante da escravidão, que foi o recorte discutido pelo cientista político Carlos Sant’ Anna Guimarães, em “Resquícios da escravidão na contemporaneidade brasileira: desigualdades raciais e políticas”. 

O bate-papo iniciou apontando a influência de Joaquim Nabuco (1849-1910) para o fim do regime escravocrata no País. Guimarães recordou as divergências entre o abolicionismo brasileiro e o movimento na Europa. “Na França e na Inglaterra, o fim da escravidão foi colocado como caridade, uma ação filantrópica. Enquanto, no Brasil, Nabuco contextualizou a questão como um movimento político”, pontuou. Especialista em políticas raciais, o pesquisador destacou o abandono sofrido pelo povo negro após a assinatura da Lei Áurea (3.353/1888) e pincelou reflexões sobre reparação histórica e racismo estrutural.

Na sequência, o historiador Joanildo Burity, professor do Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional (ProfSocio/Fundaj), focalizou a relação de Nabuco com a religiosidade e sua experiência na política e na diplomacia, em “Nabuco, religião e política: quase-republicanismo?”. Entre os assuntos abordados, destacou-se a influência, desilusão e reencontro com o catolicismo durante a trajetória do diplomata, sob o impacto de suas viagens à Europa na década de 1870. “Nabuco achou que o papel que a religião poderia ter cumprindo no movimento abolicionista foi frustrado pela falta de engajamento dos púlpitos e altares na construção de um sentimento anti-escravidão e do sonho de uma sociedade pós-escravista”, observou.

Ainda entre os pontos abordados por Burity, estiveram os limites da monarquia e a falta de compromisso da então recente república com as reformas sociais e políticas para o Brasil, defendidas por Joaquim Nabuco na campanha abolicionista. Ao longo das explanações, os participantes recordaram a célebre frase do homenageado, que diz: “acabar com a escravidão não nos basta. É preciso acabar com a obra da escravidão”. As duas palestras da live “Reverberações acerca de Joaquim Nabuco” podem ser conferidas, na íntegra, no canal da Fundaj, no YouTube.

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