07 DE SETEMBRO DE 2014

Clipagem ASCOM
Recife, 07 de setembro de 2014

:: Jornal do Commercio

Caderno C

Cinema

Monty Python e o Sentido da Vida (Monty Python and the meaning of life, ING/EUA, 1983) – De Terry Jones & Terry Gilliam. Cinema da Fundação – 16h15; 18h25.

O Mercado de Notícias (BRA, 2014) – De Jorge Furtado. Cinema da Fundação – 14h30. Documentário.

Amantes Eternos (Only lovers left alive, ING/FRA, 2014) – De Jim Jarmusch. Cinema da Fundação – 20h30. Drama. 14 anos.

:: Folha de Pernambuco

Cotidiano

Fundaj reinventa-se e traça novo caminho

Ampliação da área educacional e abertura para comunidade

Referência intelectual recifense, e com uma história trelada à pesquisa científica cultural da região Nordeste, Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) prepara-se para uma grande remodelação na sua estrutura. Para tanto, vai precisar restaurar os seus quadros fazer um concurso para reencher 170 cargos efetivos que se encontram vagos. recomposição de pessoal, uma vez que a instituição conta, hoje, com apenas 60% a força de trabalho concursada, deve-se ao novo caminho que adotou: a de usar a expertise que possui, especialmente na área de ciências sociais, para ajudar o Ministério da Educação a cumprir s metas do Plano Nacional da educação.

Nos próximos dias, o presidente da casa, Fernando José Freire, vai se reunir com o ministro da Educação, José Henique Paim, a fim de angariar apoio político à realização do concurso para 2015. No encontro, também entregará ao titular da pasta o Plano de desenvolvimento Institucional - que ficou pronto na semana passada. Um projeto que traça os rumos da entidade até 2019, data em que completa 70 anos, e que define novos paradigmas para a instituição.

No documento, que ainda terá avaliado pelo Conselho Deliberativo, mas cuja aprovação é dada como certa, a Fundaj propõe a criação de quatro diretorias, que terão como missão tornar o acervo de pesquisas e documentos da instituição mais acessível ao grande público - disponibilizando-os por meio de um novo site -, e ampliando programas e ações que fortaleçam e deem mais qualidade ao ensino médio nacional, além de criar uma interlocução entre a entidade e as universidades.

Mas, uma mudança crucial nesse redesenho institucional está na determinação de que, a partir de agora, todas as diretorias se voltarão para uma meta única. “Vamos deixar de lado a filosofia dos projetos individuais e partir para os projetos institucionais. Ao contrário do que acontecia antes, quando duas ou três pessoas trabalhavam em um projeto que não dialogava com o restante da casa”, explicou Fernando Freire.

TRIPÉ

A Fundaj vai trabalhar com base num “tripé” que projeta, no presente, a geração de conhecimentos no campo da área de humanidades, para atender às necessidades relacionadas à educação e à cultura, com foco especial no ensino médio. Assumiu, ainda, um compromisso com a interdisciplinaridade e democratização do conhecimento. Nesse sentido, algumas ações já vêm sendo implementadas. Desde o ano passado, a instituição está oferecendo um mestrado de dois anos em sociologia, para professores do ensino médio, ministrado por especialistas da própria Fundação, que, este ano, já abriu vagas para sua segunda turma. A ideia é que essa pós-graduação se estenda, a partir do próximo ano, para outros estados, uma vez que a matéria vem sendo adotada no currículo de escolas médias e profissionalizantes de todo o País.

Aluna da primeira turma do mestrado, Liliana Camilo, que é professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambuco, localizada em Floresta, vai concluir o curso no próximo ano. Ela afirma que as mudanças no seu desempenho são visíveis. “Minha prática docente melhorou significativamente, e a minha segurança em relação à matéria, apesar de eu ser graduada em sociologia, foi reforçada. mestrado me fez entrar em contato com autores que não conhecia e rever a metolodgia em sala de aula. Os alunos responderam bem a essa mudança”, conta.

A entidade também tem realizado, em parceria com Universidade Federal Rural de Pernambuco, outro mestrado em Educação e Cultura e Identidade, que começou este ano Nele, 50% dos professores sã da Fundaj e o restante da Rural. A Fundação também está ajudando o governo na avaliação de programas nacionais, como o Mais Educação, cuja proposta é estender a jornada dos alunos na escola pública; e lançou, no ano passado, o projeto Lab Didática, que incentiva pesquisadores a apresentarem propostas sobre questões étnico raciais Nesse sentido, uma equipe viajará à África e fará um vídeo que será entregue ao Ministério da Educação para ser veiculado nas escolas de todo Brasil.

Essa perspectiva de nacionalização, e até mesmo de in ternacionalização, também está na pauta de prioridade da Fundaj. Um trabalho que até 2019, como explica um boletim divulgado pela entidade pretende fazer com que a instituição seja reconhecida pela comunidade acadêmica, pelo setor público e pela sociedade civil por desenvolver projetos que explorem a interdependência entre educação e cultura, integrando suas múltiplas competência e articulando-se em redes d conhecimento.

Entrevista/ Fernando Freire – Presidente da Fundaj

Engenheiro agrônomo de formação, Fernando Freire tem se mostrado um articulador habilidoso, que em três anos de estão conseguiu mudar o perfil de uma instituição que se destacava pelas pesquisas individuais e pelo trabalho de grupos isolados. Sucessor de Fernando Lyra, com a entrega do Plano de Desenvolvimento Institucional ao MEC encerra um ciclo e deflagra uma nova forma de se relacionar com a sociedade. As mudanças promovidas por Freire tornarão o órgão, criado em 1949 por Gilberto Freyre, em uma entidade mais ligada à comunidade, mais aberta e mais participativa.

Que Fundaj se pretende construir?

A primeira a coisa que as pessoas precisam saber é que a Fundaj é uma instituição vinculada ao Ministério da Educação. Desde que cheguei, em 2011, a gente vem trabalhando neste sentido: alinhar a instituição ao Plano Nacional de Educação (PNE). Existe um planejamento estratégico do governo, pegando todas as suas autarquias e fundações, e suas secretarias, para que se dê essa sustentabilidade ao PNE.

Mas, na prática, coma finalização do Plano de Desenvolvimento Institucional, o que será feito em curto, médio e longo prazo?

No primeiro dia de setembro, o PDI foi aprovado pelo Conselho Diretor da casa. Esse é o fato mais novo. Foi aprovado, por unanimidade. Já encaminhei para todos os membros do Conselho Deliberativo, que é o conselho maior. Terei uma reunião com o ministro para apresentá-lo. Mas direi: nossa prioridade número 1 é reequilibrar o quadro funcional da Fundaj. Hoje, temos 170 cargos vagos. Cargos efetivos. Temos que fazer um grande concurso com projeto. Um concurso ligado a um projeto. Para trabalhar a interdependência entre educação e cultura.

Mas as etapas, além da recomposição do quadro?

Em curto prazo seria o mestrado (de Sociologia). Também vamos sair dos projetos individuais da casa para os projetos institucionais, grande projetos institucionais. A gente está propondo 26 projetos que chamamos de estruturantes para modernizar a casa. Vou te dar um exemplo bem claro: o projeto “Repositório Digital”. Ele vai pegar todo nosso acervo que esta digitalizado e em processo de digitalização, que são os materiais textuais, os fotográficos, os musicais, e colocar dentro de um grande portal. A gente já está contratando uma grande fundação lque vai nos ajudar a trabalhar nesse grande portal para que a gente possa disponibilizar para a sociedade. Mas, o que podemos faze de mais bonito é contribuir com o Plano Nacional de Educação.

Como se dará a condução do trabalho?

Todas as diretoria vão trabalhar com metas e em consonância. Vão ser projetos institucionais. Desde que a instituição nasceu, a cultura dela era projeto de dois, três pesquisadores ou então por segmento. Eram projeto importantes, mas as vezes não tinham impacto, porque a casa não se juntava para falar de um determinado tema. Agora a gente vai envolver toda a casa. Nossa intenção não é inquietar o pesquisador, nem mexer na capacidade dele. Afinal, ele é que é o grande pensador e vai pegar sua expertise e conectar com o programa.

Existe um grupo de pesquisadores da Fundaj que se posiciona contra as mudanças? Por que isso?

É um pouco, ainda, de incompreensão do processo que estamos vivendo. Todas as instituições do MEC, de 2012 para cá, mudaram. O Brasil mudou e todas elas mudaram a sua missão, se adequaram a esse novo país. A gente precisa mergulhar no processo, especialmente na questão educacional. Se você pegar a missão da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), da FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), vai ver que todos tiveram que se alterar para atender a um novo projeto. Nós mudamos muito.. .quem está resistindo às mudanças, na verdade, está tendo incompreensão do processo.

Caso a presidenta Dilma Rousseff não se eleja, o atual projeto da Fundaj vai sobreviver?

Qualquer presidente que venha não vai mudar nada. O Plano Nacional de Educação foi discutido durante quatro anos, com 20 metas muito bem colocadas. E as instituições, principalmente aquela ligadas ao MEC, têm que dar essa contribuição. Não se trata de um projeto de um governo mas de Estado.

Guia Folha

Roteirão

Cinema

Monty Python: O Sentido da Vida / (The Meaning of Life) / De Terry Gilliam, Terry Jones. Com John Cleese, Terry Gilliam, Eric Idle, Terry Jones, Michael Palim, Graham Chapman. Uma série de esquetes sobre os estágios da vida, do milagre do nascimento até a morte. A ironia, a crítica social e o bom humor marcam presença em cada segmento do filme. Cinema da Fundação: 16h15 e 18h25. 18 anos.

Amantes Eternos / De Jim Jarmusch / Com Tilda Swinton, Tom Hiddleston. Casal de vampiros casado há mais de 100 anos vive uma vida rock’n’roll, ouvindo música, fugindo do sol e evitando matanças para obter comida. Eles têm traficantes que lhes fornecem a droga: sangue. A relação deles será testada pela visita da irmã e irresponsável dela, também vampira. Cinema da Fundação: 20h30. 14 anos.

Mercado de Notícias / Cinema da Fundação: 14h30. 10 anos.

:: Diário de Pernambuco

Local

Mão de obra mais refinada

Diferentemente do polo de confecções, que atrai mão de obra pouco qualificada, o agronegócio irrigado de Petrolina e o Complexo de Suape, em Ipojuca, são magnetos para profissionais de escolaridade mais elevada. “O saldo migratório tem relação direta com a economia e, em geral, ocorre dentro do estado. Essa realidade tem sido mais comum graças aos programas federais de transferência de renda”, opina o demógrafo da Fundação Joaquim Nabuco, Wilson Fusco. Ele evidencia que Pernambuco caminha para zerar esse “saldo”, ou seja, há mais gente chegando ao estado que buscando oportunidades fora, mas destaca que populações menores tendem a expressar aumentos mais grandiosos, por se tratar de aumentos relativos, e não absolutos.

Por isso, populações como a de Fernando de Noronha, com 2,8 mil habitantes, também figuram entre os municípios que mais cresceram em 20 anos. A ilha é outro local que demanda mão de obra especializada para lidar com a indústria do turismo. De acordo com a administração do distrito, há, ainda 1,2 mil moradores “temporários”, que vivem e trabalham no local, ainda sujeito a intenso controle migratório.
Itamaracá, mesmo enfrentando abandono turístico nos últimos anos e alguns dos piores índices em infraestrutura da Região Metropolitana, passou de 12 mil para 24 mil habitantes. Segundo a Agência Condepe/Fidem, nesse caso, o aumento se deve à população carcerária na ilha.

Viver

Cinema

Monty Python: O sentido da vida – Filme da trupe de comédia britânica. 18 anos. Cinema da Fundação. 16h15, 18h25.

Amantes Eternos – 14 anos. Cinema da Fundação. 20h30.

Mercado de Notícias – 10 anos. Cinema da Fundação. 14h30.