20 de abril de 2012

Clipagem ASCOM
Recife,20 de abril de 2012

DIARIO DE PERNAMBUCO
CINEMA

As praias de Agnès (FRA, 2008). De Agnès Varda. Agnès Varda, André Lubrano. Aos 80 anos, a cineasta francesa Agnès Varda faz uma retrospectiva de sua vida. Cinema da Fundação. 16h10, 20h20. 16a.

Habemus Papam (Itália, 2011). Comedia dramática mostra o dilema do novo Papa. Cinema da Fundação. 18h15. 10a.

FOLHA DE PERNAMBUCO
PROGRAMA

As praias de Agnès (FRA, 2008). De Agnès Varda. Agnès Varda, André Lubrano. Aos 80 anos, a cineasta francesa Agnès Varda faz uma retrospectiva de sua vida. Cinema da Fundação. 16h10, 20h20. 16a.
 

Habemus Papam (Itália, 2011). Comedia dramática mostra o dilema do novo Papa. Cinema da Fundação. 18h15. 10a.

CULTURA E LAZER 

Anunciadas novidades no editalConcurso de ênfase nacional contemplará três projetos, um a mais que em edições anteriores, graças a parceria firmada entre a Fundaj e a ChesfRodrigo AlmeidaA diretora de memória, educação, cultura e arte (Meca) da Fundação Joaquim Nabuco, área resultante da fusão das antigas diretorias de documentação e cultura, Silvana Meireles apresentou ontem as novidades da 9ª Edição do Concurso de Roteiros Rucker Vieira, cujo edital será lançado oficialmente durante o Cine PE no final do mês. Criada em 2003, a iniciativa apóia projetos de documentários, “dando continuidade às políticas públicas da instituição, mesmo com a mudança de gestão. Afinal a Fundaj possui esse traço de aprimorar as iniciativas já existentes ao invés de zerar e começar tudo de novo”, explicou Meireles.
Neste ano, o concurso de ênfase nacional contemplará três projetos, um a mais que em edições anteriores, graças a parceria firmada entre a Fundaj e a Chesf. Cada selecionado receberá R$ 80 mil, totalizando R$ 240 mil brutos. As inscrições estarão abertas entre 2 de julho e 17 de agosto, e o resultado será divulgado até o início de dezembro. “Estamos apresentando já agora para que os proponentes possam se organizar, tirar dúvidas e se apropriar dos formulários do edital”, comenta Carla Denise, que assumiu recentemente a Coordenação da Massangana Multimídia Produções.
As propostas precisam prever que o produto final terá 26 minutos, adequando-se ao formato de televisão, pois mesmo que circulem em festivais, os filmes servirão como conteúdo para canais pagos que, segundo uma nova lei, deverão veicular produtos audiovisuais nacionais. Além disso, ajustando a uma série de ações que serão desenvolvidas pela Fundação Joaquim Nabuco ao longo de 2012, esta edição do Rucker Vieira será temática, evocando os “Nordestes Emergentes”, procurando acessar outros olhares sobre a região e sobre comunidades nordestinas em bairros de São Paulo e nos morros do Rio de Janeiro.
A ideia é “levantar a discussão da vivência de culturas tradicionais e populares diante da modernização que vem ocorrendo na região, assim como mobilidade de tradições que se inserem em outros lugares, um momento em que Século XVIII, Século XIX e Século XXI convivem num mesmo espaço ao mesmo tempo”, finaliza Silvana.

SUPERAÇÃO CHINESA NOS EUA 

Dirigido por Bruce Beresford, mais conhecido pelos quatro Oscars de “Conduzindo Miss Daisy” em 1990, seu novo filme é uma versão do livro autobiográfico de CunxinLuiz JoaquimQuando exibido em dezembro na mostra Expectativa 2012 / Retrospectiva 2011 do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, “O Último Dançarino de Mao” (Mao’s Last Dancer, Austral., 2009) deixou uma boa impressão nos poucos espectadores que tiveram acesso ao filme. Um bom “termômetro” para isso era o grande volume de pessoas perguntando quando o filme entraria definitivamente em cartaz. Chegou a hora. A partir de hoje, em cartaz (exceto na segunda-feira), a obra que conta a história real do bailarino chinês Li Cunxin pode ser (re)vista na sala do Derby.
Dirigido por Bruce Beresford, mais conhecido pelos quatro Oscars de “Conduzindo Miss Daisy” em 1990, seu novo filme é uma versão do livro autobiográfico de Cunxin. Oriundo de uma pobre família camponesa na China, o jovem viria a se tornar uma referência mundial do balé a partir de uma oportunidade surgida numa viagem feita ao EUA, graças a um processo de intercâmbio cultural.
Ela aconteceu ali pelo final dos anos 1970, quando a Revolução Cultural chinesa era conduzida pela esposa de Mao Tsé-tung. Mas, antes de chegar aos EUA, Beresford contextualiza a infância pobre e formação dura pela qual passou o adolescente Cunxin (interpretado na vida adulta pelo bailarino Chi Cao). Estas duas fases - Cunxin crescendo na China e vivendo nos EUA - seguem linear, mas simultaneamente, de forma alternada.
A estratégia é boa, com a estrutura funcionando tanto no ambiente comunista chinês, quanto no contraste da total liberdade de expressão da América em 1981, ano em que Cunxin chega a Houston para passar três meses. Percebe-se que o bailarino Chi Cao não é propriamente um ator particularmente nesses momentos em que seu personagem deslumbra-se com o Ocidente. Sabe-se que Chi Cao foi escolhido por Cunxin em pessoa.
E a escolha foi boa, levando em consideração que a exploração de Beresford pelo dançarino Chi Cao é maior que a exploração de Chi Cao como ator. Em “O Último Dançarino de Mao“, somos submetidos a uma dezena de coreografias, sendo uma das mais emocionantes a embalada pela “Sagração da Primavera”, de Stravinsky que, no contexto do filme, traz consigo uma carga emotiva que deve derramar solenemente lágrimas de uma boa parcela do público. Apostem.
O filme, enfim, conquista não apenas pelas duras histórias de superação vividas por Cunxin - e tão bem administradas no modo de Beresford contar essa história - mas também pela capacidade de encantar com a arte da dança. É, sem dúvida, uma boa dobradinha, o programa duplo de assistir “Pina”, de Wim Wenders (também no Cinema da Fundação) combinado com este “O Último Dançarino de Mao”.

JORNAL DO COMMÉRCIO
ROTEIRO JC

As praias de Agnès (FRA, 2008). De Agnès Varda. Agnès Varda, André Lubrano. Aos 80 anos, a cineasta francesa Agnès Varda faz uma retrospectiva de sua vida. Cinema da Fundação. 16h10, 20h20. 16a.

Habemus Papam (Itália, 2011). Comedia dramática mostra o dilema do novo Papa. Cinema da Fundação. 18h15. 10a.

WALTER  SALLES  NO FESTIVAL DE CANNES 

O novo filme do diretor brasileiro Walter Salles, Na estrada (On the road, 2012), vai disputar a Palma de Ouro do Festival de Cannes, que este ano vai ser realizado entre 16 e 27 de maio. O anúncio foi feito na manhã de ontem, durante conferência de imprensa no Intercontinental - Le Grand Hôtel, em Paris. Produzido por Francis Ford Coppola e pela produtora francesa MK2, Na estrada é uma adaptação do romance homônimo de Jack Kerouac, escrito há 55 anos. O livro é a principal obra do movimento Beatnik e acompanha a amizade de Sal Paradise e Dean Moriarty numa travessia de carro pelos Estados Unidos.Nenhum filme produzido no Brasil foi escolhido para a Mostra Competitiva, nem para a Mostra Un Certain Regard. Mas o cinema nacional será homenageado com a exibição de A música segundo Tom Jobim, de Nelson Pereira dos Santos. Comenta-se que outros filmes serão exibidos na Mostra Cannes Classic, que ainda não foi divulgada.
Walter Salles vai competir com vários pesos-pesados do cinema mundial. Entre os diretores que vão também concorrer à Palma de Ouro com seus novos filmes encontram-se o canadense David Cronenberg (Cosmopolis), o austríaco Michael Haneke (Amour), o iraniano Abbas Kiarostami (Like someone in love), o francês Alain Resnais (Vous n´avez encore rien vu), o inglês Ken Loach (The angel´s share), entre outros.
Na Mostra Un Certain Regard, duas curiosidades. A primeira é a estreia de Brandon Cronenberg, filho de David Cronenberg, como o filme Antiviral. A segunda é a presença do cineasta argentino Pablo Trapero, que vai competir com dois filmes: o longa-metragem Elefante blanco e o coletivo 7 dias en la habana, onde divide a direção com mais seis diretores.

RUCKER VIEIRA
A Fundação Joaquim Nabuco divulgou ontem as novidades do Concurso de Roteiros Rucker Vieira, que terá edital lançado na abertura do Cine PE, no próximo dia 26. Graças a uma parceria com a Chesf, o concurso passou de dois para três roteiros premiados. Agora, são R$ 240 mil investidos nos projetos. Esta é a nona edição do Rucker Vieira e as inscrições vão estar abertas de dois de julho a 17 de agosto deste ano

ARQUITETOS DEBATEM RIO E A MOBILIDADE 
ALTERNATIVAS Holandeses e brasileiros se reúnem na próxima semana para discutir como aproveitar melhor os cursos-d’água e apresentar propostas para o dia a dia da cidadeArquitetos holandeses e brasileiros estarão reunidos no Recife, na próxima semana, para discutir o melhor aproveitamento de rios, canais, lagoas e açudes na cidade. As propostas, que serão divulgadas na sexta-feira, recomendam a conexão entre os cursos-d’água com o patrimônio e a mobilidade. Com atividades internas e abertas ao público, o debate acontece durante o Workshop Recife Exchange Amsterdã, de 24 a 27 próximos.“Não vamos criar projetos, mostraremos indicações, no campo mais conceitual. Mas são possibilidades concretas de contribuição para o Recife”, explica o arquiteto Roberto Montezuma, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) e coordenador do workshop. Foram convidados oito especialistas em água, patrimônio e mobilidade que atuam na Holanda e dois arquitetos de São Paulo, para interagir com os pernambucanos.

O evento é organizado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), CAU, Istituto de Arquitetos do Brasil (IAB-PE), Fundação Joaquim Nabuco e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com apoio do Estado, Prefeitura do Recife e Porto Digital. A abertura será às 9h da terça-feira, com exposição de trabalhos de alunos de arquitetura e urbanismo da UFPE, no prédio do Memorial da Medicina, localizado no Derby.
De acordo com Roberto Montezuma, a programação diurna da quarta e da quinta-feira é exclusiva dos profissionais. Haverá duas palestras noturnas, abertas ao público, na sala Aloísio Magalhães da Fundação Joaquim Nabuco, no Derby. A primeira, na quarta-feira, traz como tema A cidade holandesa contemporânea e a segunda, na quinta, aborda o Patrimônio economicamente sustentável. Todas a partir das 18h30.
A relação entre brasileiros e holandeses é antiga, lembra o arquiteto José Luiz Mota Menezes, conselheiro federal do CAU, numa referência à ocupação holandesa no Nordeste brasileiro, no século 17. Porém, desta vez, não se trata de resgate histórico ou cultural, diz ele. “É uma questão prática, de problemas comuns do dia a dia”, compara José Luiz Menezes.
Eleita em outubro do ano passado, a diretoria do CAU-PE será instalada na próxima terça-feira, às 18h, na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Antes, a categoria fazia parte do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea). “Há representantes de todas as áreas na diretoria: paisagistas, urbanistas, professores, arquitetos dos setores de patrimônio e do mercado imobiliário”, destaca o arquiteto Bruno Ferraz.
O conselho será um espaço aberto para discutir com a população as reformas urbanas nas cidades, com abrangência estadual. No fim deste ano, o CAU pretende premiar as boas práticas de arquitetura, de iniciativa pública ou particular. “Serão premiadas atitudes que se traduzam em melhoria para a cidade”, diz Montezuma.

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