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Reunião projeta futuro da parceria entre Fundaj e Biblioteca Nacional de Cabo Verde

Publicado: Sexta, 05 de Outubro de 2018, 15h07 | Última atualização em Quinta, 20 de Dezembro de 2018, 21h08 | Acessos: 659

05.10.2018

Após duas semanas de muito trabalho em residência técnica, as quatro funcionárias da Biblioteca Nacional de Cabo Verde (BNCV), parte da equipe da Fundação Joaquim Nabuco e a representante da Agência Brasileira de Cooperação, Anna Pérez, se reuniram nesta sexta-feira (05), na Villa Digital, em Apipucos, para planejamento das atividades que serão realizadas ainda esse ano entre a Fundaj e a BNCV.

De acordo com Joana Cavalcanti, chefe de Gabinete da Fundaj, em novembro de 2018, serão desenvolvidas atividades em Cabo Verde em cima de textos literários e livros infantis, onde o foco será a atividade lúdica, criativa e de transformação. E, ao final de todo o trabalho, será organizado uma exposição na biblioteca. “Temos toda uma preocupação com o tipo do livro que fornecemos e se ele é mesmo literário. Esse trabalho é abordado para possibilitar o desenvolvimento dos sentidos e da transformação. Trabalhar a ludicidade com a imagem, criar uma conexão dela com o texto. Além disso, desenvolver esse trabalho conjunto”, explicou.

A Editora Massangana é responsável pela edição de uma coleção com quatro livros voltado para o público juvenil, denominada “Coleção Travessia: Literatura, Educação e Cultura de Paz”, que abordará os direitos humanos por meio da ficção. Além disso, doze clássicos da literatura de Cabo Verde serão reeditados e enviados pela Massangana. Ao todo, cerca de sete mil exemplares chegarão ao país africano.

Ainda para novembro, Maria Ferreira, coordenadora geral de Cooperação e Estudos de Inovação da EIPP apontou que desenvolverá um curso introdutório de Cultura de paz. “Temos que trabalhar com uma comunicação sem violência e saber como o conflito pode ser trabalhado. É um curso bem introdutório, mas precisamos abordar uma cultura de paz”, comentou.

Segundo Nadja Pernambucano, coordenadora da Biblioteca Blanche Knopf, o tempo disponível para desenvolver o trabalho foi curto, mas o interesse, o comprometimento e a responsabilidade das técnicas fizeram com que a troca de conhecimento fosse bastante intensa e cheia de recompensa. “Elas aproveitaram ao máximo e com muita dedicação em todos os encontros. Uma parceria muito rica em todos os sentidos”, relembrou.

Em 2019 o trabalho continua. Antônio Montenegro desenvolve atividade de história oral, onde uma experiência conjunta será realizada. “Também ouvimos falar sobre a necessidade de conhecer o trabalho de higienização, que é algo bem básico. O ideal é trabalhar de uma forma que não precise de restauração. Além disso, também focamos na relação de uma imagem com o produto. Criar maneiras de interpretação, onde as pessoas saibam ler imagens e relacionar com textos”, explicou.

Participaram do encontro Nadja Tenório Pernambucano, coordenadora da Biblioteca Blanche Knopf; Joana Cavalcanti, chefe de gabinete da Fundaj; Antônio Montenegro, arquiteto lotado no Cehibra; Veronilda Santos, gestora da Biblioteca; Maria Ferreira, Coordenadora Geral de Cooperação e Estudos de Inovação da Difor; Anna Pérez, analista de projetos na Agência Brasileira de Cooperação; e as quatro profissionais de biblioteconomia da Biblioteca Nacional de Cabo Verde, Cheila Antunes, Maria Eduarda Santos, Maria Jacqueline Silva e Telma Brito. O trabalho é uma parceria com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), que escolheu a Fundação para ministrar o curso de capacitação.

Atividades de documentação

O grupo das técnicas da Biblioteca Nacional de Cabo Verde (BNCV), realizou visita ao centro de documentação e pesquisa da Villa Digital, setor da fundação voltada para a pesquisa, conservação e difusão do acervo cultural e histórico da fundação Joaquim Nabuco. “É de extrema importância estar recebendo esse grupo de profissionais de Cabo Verde aqui na Fundação, e especificamente aqui no centro de documentação mostrando o nosso acervo e nossas práticas para a troca de informações e experiências.” enfatizou Lino Madureira, coordenador do centro.

Durante a visita, foram mostrados os acervos que a Fundação possui e práticas técnicas utilizadas com os documentos para a garantia de conservação dos mesmos. Nesse processo de troca de informações e experiências, as técnicas foram apresentadas aos arquivos sonoros, textuais, filmográficos e orais e aos projetos de dinamização, armazenamentos, preservação e difusão utilizados. O trabalho de dinamização, mais especificamente, do projeto de digitalização de todo o acervo sonoro, como as fitas de áudio, CDs e discos que vinil que são recebidos através de doações e que representam a memória e cultural do estado e do país, trazendo mensagens de cunho político, social, economico e cultural.

Foram mostrados os acervos que compõem a parte de cinemateca, películas cinematográficas e produção em vídeo, partituras e documentação textual como correspondências, diários e anotações, assim como os métodos para o seu armazenamento e conservação. Posteriormente, as técnicas visitaram o acervo iconográfico da fundação que constitui uma importante representação de praticamente todas as técnicas fotográficas desde o inicio dos processos fotográficos até a fotografia digital. Além disso foram mostradas coleções fotográficas que guardam a memória da cidade, dos costumes do povo e do desenvolvimento urbano do estado.

Na visitação, foi demonstrado o projeto de história oral que a Fundaj possui e que é utilizado como ferramenta de produção de conteúdo para o registro da história e dos fatos através de depoimentos de moradores e visitantes. O grupo também trocou informações acerca dos documentos técnicos da Fundação, como por exemplo a estrutura técnica acerca da política de acervo arquivístico, bibliográfico e museológico, e documentos técnicos sobre termos de referencia para a contratação de serviços externos.

Toda a visitação foi focada em demonstrar a interrelação que esses acervos tem entre si, de forma que se complementam e tornam o registro cultural e histórico mais completo. “Essa experiência foi repassada, tudo na possibilidade de que possam vir a ser implantadas, desenvolvidas ou mesmo para que sirva de exemplo para que a Biblioteca Nacional de Cabo Verde, e para que esta possa nos ter como uma referencia. A Fundação está se colocando à disposição nesse sentido.” esclarece Lino.

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