Conselho Diretor da Fundaj aprova 16 projetos de pesquisa que fazem parte dos Programas Institucionais da Fundaj

O Conselho Diretor (Condi) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) aprovou 16 projetos de pesquisa, durante as cinco sessões mensais do Conselho, neste primeiro semestre do ano de 2017. Os projetos de pesquisas receberam recomendações do Conselho Técnico Científico (Contec).Todos fazem parte dos Programas Institucionais (PI’s) da Fundaj e contemplam temas sobre Educação - muitos destes projetos se tornarão livros (e outras mídias) didáticos de apoio a alunos e professores da redes públicas, municipal e estadual, e privadas de ensino.

“Os Programas Institucionais foram concebidos buscando-se a constituição de um ambiente de geração de conhecimento e de aprendizagem que incorpora as várias dimensões estratégicas da atuação institucional: pesquisa, formação, articulação em rede em vários níveis; partilha de conhecimento com o setor público, a sociedade e o mundo acadêmico”, explica a coordenadora de Programas Institucionais da Fundaj, a pesquisadora Cátia Lubambo . Os PIs irão flexibilizar a realização das pesquisas, que serão feitas em parcerias com Universidades, ONGs e outras instituições da área educacional, do Brasil e do exterior.

“A intenção é ampliar e consolidar uma rede de instituições atuantes e interessadas nos temas dos programas institucionais, de modo a potencializar os frutos e ganhos dos projetos e ações idealizadas e planejadas para o ciclo 2016-2019”, diz Cátia Lubambo. 

Segundo a coordenadora de Programas Institucionais da Fundaj, “para o ciclo 2016-2019 foram definidas as seguintes temáticas: Políticas e Programas de Educação e de Cultura; Educação e Relações Étnico-raciais e Educação e Sustentabilidade. Foram lançados, ainda, os seguintes Programas: PI 1 – Valorização Docente na Educação Básica; PI 2 – Educação e Relações Étnico-raciais; PI 3 – Educação pela Cidade; PI 4 – Territórios de Educação e Cultura, e PI 5 – Educação, Governança e Sustentabilidade".

Cátia Lubambo comenta que "os Programas Institucionais mobilizam coordenadores e equipes ampliadas de pesquisadores, analistas e especialistas técnicos para realização das ações e projetos previstos para o ciclo", e acrescenta: "simultaneamente, estão sendo monitorados no desempenho de sua programação e em sua execução financeira com o apoio das Coordenações Executivas de cada Diretoria e da Coordenação dos Programas Institucionais".

Os Projetos de Pesquisa foram aprovados pelo Condi da Fundação, através das Resoluções de 26 de janeiro de 2017, de 23 de fevereiro de 2017, de 30 de março de 2017, de 27 de abril de 2017, e de 25 de maio de 2017.

Cinco, dos quatorze projetos, são ligados ao PI 2 (Educação e Relações Étnico Raciais), “Imaginário Colonial e Racismo nas primeiras décadas da república no Brasil”, da pesquisadora da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (MECA), da Fundaj, Cibele Barbosa,  se inscreve em uma área estratégica da Fundação Joaquim Nabuco em sua tradição focada nos estudos afro-brasileiros;  “A produção da Fundação Joaquim Nabuco sobre Relações Étnico-raciais”, do pesquisador da Diretoria de Formação (DIFOR), da Fundaj, Joanildo Burity, que, em sua justificativa, comenta que a Fundaj tem uma histórica associação com o tema das relações étnico-raciais.  Outros títulos dos projetos do PI 2 são: “Avaliação dos Discursos da Proposta Político-pedagógica e da Prática acerca das Relações Étnico-raciais em Escolas Públicas no Agreste Nordestino”, “Análise Comparativa de Políticas Nacionais de Promoção da Igualdade Étnico-racial” e “O Campo Interdisciplinar da Educação para as Relações Étnico-raciais – ERER na Educação Brasileira: desenvolvimento, tensões e formação”.

Outros títulos são de áreas em que a Fundação se tornou referência durante seus 68 anos de existência, como em meio ambiente, muito embora tragam, como positivo, em seu bojo, antigas práticas de pesquisa da instituição, como a pesquisa de campo, enfatiza Janirza da Rocha Lima, coordenadora do PI 5 – Educação, Governança e Sustentabilidade. Este PI apresenta um projeto que é coordenado pelo pesquisador Neison Cabral Freire, a pesquisa “CLIMAP – Mudanças Climáticas no Bioma Caatinga: Sensoriamento Remoto, Meio Ambiente e Políticas Públicas”. Janirza Rocha Lima também é responsável, como coordenadora do PI 5, de outras pesquisas, como a intitulada “A Realidade das Escolas e a Memória da Educação em Municípios Situados às Margens do Rio São Francisco”, e de outras duas, junto aos pesquisadores Pedro Silveira, a de título: “A Ecologia Política da Pesca de Crustáceos em Manguezais no Nordeste Brasileiro”, e Solange Coutinho: “Unidades de Conservação como Lugares Educadores”.

Outros projetos de pesquisa aprovados pelo Condi, da Fundaj, foram: “O Jovem e a Cidade: Visões Plurais, Significados Distintos?”, de Ana Hazin e Cleide Galiza; “Ensino Médio no Nordeste: Desafios à Qualificação do Trabalho Docente”, de Viviane Toraci e Wilson Fusco;“A Qualidade da Educação e a Elaboração de Indicadores para Subsidiar Políticas de Educação e Cultura”, de Cibele Rodrigues;“A Corrupção e a Ética sob o Olhar das Escolas”, de Maria do Socorro Pedrosa;“O Ensino Superior no Interior do Nordeste: efeitos sobre o desenvolvimento”, de Luís Henrique Romani de Campos;"Engajamento cidadão e audiovisual: estratégias de planejamento urbano baseadas em informação, comunicação e educação" e "Jovens, Mercado de Trabalho e Gastronomia: um estudo sobre origens, trajetórias profissionais e expectativas de carreira entre estudantes de Gastronomia em Recife (PE) e Caruaru (PE).

Todos os projetos serão desenvolvidos pela Diretoria de Pesquisas Sociais (Dipes), da Fundação, com Exceção do projeto Imaginário Colonial e Racismo nas Primeiras Décadas da República no Brasil, que será realizado pela Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (MECA), da Fundaj, e “A produção da Fundação Joaquim Nabuco sobre Relações Étnico-raciais”, de Joanildo Burity, da Diretoria de Formação (Difor), da Fundaj .