FREPOP: Tenda da Memória recebe diálogos sobre museus e luta sindical na UFPE

Na manhã desta sexta-feira, profissionais da museologia, representantes de museus comunitários e de movimentos sociais do campo se reuniram em roda de conversa da Tenda da Memória, no 13º Fórum Nacional de Educação Popular. Sob os temas Pra que serve museu? Do museu tradicional ao comunitário e Memória das lutas sindicais no campo, os participantes dialogaram sobre memória, resistência e formas de se pensar práticas museológicas.

A ocasião permitiu que profissionais vinculados a uma prática museológica mais tradicional dialogassem com representantes dos museus comunitários e trabalhadores do campo na luta pela memória dos sindicatos e embates políticos.

Durante o encontro, Rildo Fernandes, coordenador geral do Ponto de Cultura Espaço Livre do Coque, apresentou a experiência Museu da Beira da Linha do Coque, que conta com um acervo audiovisual e tem como objetivo resgatar a memória de luta e persistência da comunidade. Também representando um museu comunitário, Hildo Leal, do Museu de Xambá dialogou sobre suas experiências na constituição do acervo do museu, o único do estado dentro de um terreiro e que conta com objetos, fotografias e uma biblioteca.

A ocasião, de bastante trocas, também contou com falas da pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco Cibele Barbosa, de Fabiana Sales, do educativo do Museu da Abolição e Silvilene Barros, pesquisadora em museologia pela UFRJ, que apresentaram as práticas expográficas, teóricas e metodológicas das instituições.

Representantes da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado de Pernambuco (FETAPE) como Israel Crispim e Severino Rodrigues de Lima apresentaram a luta pelo resgate da memória da atuação dos 179 sindicatos da Federação. A FETAPE já publicou um livreto sobre os sindicalistas e hoje conta com um projeto de livro onde serão registradas o histórico da luta camponesa dos 30 sindicatos mais antigos.