Mestrado Profissional em Gestão Pública promoveu o XIV Fórum de Produção do Conhecimento
:: Por Rafael Mello
Ascom/Fundaj
Na manhã e tarde do último dia 23, o auditório Calouste Gulbenkian, na Fundaj-Casa Forte, recebeu o “XIV Fórum de Produção do Conhecimento do Mestrado Profissional em Gestão Pública”. O evento é uma iniciativa do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da UFPE, do Comitê Territorial de Educação Integral de Pernambuco e da Fundaj.
O seminário destinado a estudantes, professores e pesquisadores buscou debater sobre o processo de construção dos saberes a partir da avaliação da metodologia em pesquisas quantitativas e qualitativas. Para isso, o encontro objetivou discutir a metodologia da pesquisa de avaliação do Programa Mais Escola, desenvolvida pela Fundação Joaquim Nabuco em parceria com a UFPE e Comitê Territorial de Educação Integral de Pernambuco.
O estudo sorteou aleatoriamente 1980 escolas públicas (764 das redes estaduais e 1216 das redes municipais) de 1039 municípios. O levantamento traça um perfil da educação pública básica, identificando seus erros e acertos, a partir do Programa Mais Educação.
Subiram a primeira mesa do encontro Alexandrina Sobreira, coordenadora do Programa de Mestrado em Gestão Pública, Ana Fontes, professora doutora da UFPE, e Cibele Rodrigues, pesquisadora da Fundaj e coordenadora do estudo que avaliou o Mais Educação.
Os palestrantes embasaram suas exposições contextualizando com os paradigmas históricos da Metodologia Científica. Referências como o “mito da caverna” de Platão, o “Penso, logo existo” de René Descartes e a aurora das pesquisas quantitativas nas Ciências Sociais eram sempre empregadas quando possível.
A professora Ana Fontes falou sobre a importância do rigor científico no processo de produção de pesquisa. Ana argumentou que quando se estimula o fazer científico, a sociedade só tem a ganhar. Afinal, a justificativa do rigor científico se dá pela busca de verdade.
“Nos 7 Saberes, Edgar Morin nos ensina a aprender com o erro. A omissão é o pior erro do homem”, ensina a doutora.
A professora abordou a necessidade do pesquisador possuir uma “cosmovisão”, ou seja, uma capacidade de argumentar bem ao se posicionar diante do homem, da sociedade e do mundo. Entendendo as condições de verdade que se constrói a identidade científica.
Para despertar o público em um tema que parece trazer tanta aversão, Ana expos de uma forma dinâmica sua apresentação.
“O que vocês sentem quando se fala em Metodologia Científica?”, perguntou. “Aflição, angústia, ansiedade, medo” foram algumas palavras respondidas pelo público.
“E porque não pode ser amor? Paixão?”, completou a professora, defendendo que as pessoas estivessem de coração aberto para novas perspectivas.
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