Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Imprensa > Morre o mestre da Cultura Popular, Ariano Suassuna
Início do conteúdo da página

Morre o mestre da Cultura Popular, Ariano Suassuna

Publicado: Quinta, 24 de Julho de 2014, 09h32 | Última atualização em Quinta, 20 de Dezembro de 2018, 21h14 | Acessos: 1906

MARCAS DE ARIANO

A cultura nacional assinala uma grande perda com a morte de Ariano Suassuna, aos 87 anos. Escritor, professor, autor de peças teatrais e romances consagrados nacional e internacionalmente nos círculos intelectualizados, a sua obra chegou ao amplo conhecimento público a partir de quando o Auto da Compadecida, marcada pelo sucesso em temporadas nos palcos, foi convertida às linguagens da TV e do cinema.

Paraibano e desde a infância residindo no Recife, onde concluiu o curso de direito, ele ligou-se à vida acadêmica, como professor de Estética na Universidade Federal de Pernambuco, paralelamente à militância teatral, que teve início junto ao Teatro do Estudante.

Além de autor e professor, exerceu uma intensa atuação cultural na defesa das expressões culturais de raiz popular e nacional, tendo liderado o Movimento Armorial, na década de 1970, que exerceu influência sobre diversas linguagens artísticas, como a literatura - romance e  poesia - a música, o teatro, as artes plásticas e visuais.

Ariano foi secretário estadual de cultura no terceiro governo de Miguel Arraes (1994-1998) e atuou como assessor especial nos dois mandatos do governador Eduardo Campos, onde permaneceu até o mês de abril deste ano.  Como uma marca do seu trabalho, destacaram-se as aulas-espetáculos, em que permeava suas palestras com apresentações de artistas populares e/ou inspirados na cultura popular.

Nas aulas - espetáculos Ariano se impunha como personagem cênica. Irônico, bem humorado e contundente, defendia suas idéias estéticas e criticava aquilo que considerava desprezível sem nenhum meio termo, expondo claramente as suas “quinas”.

Antes da sua morte, Ariano concluiu o terceiro volume da sua obra romanesca, iniciada há 43 anos. O corpo do escritor está sendo velado no Palácio das Princesas e o funeral será no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, às 15 horas de hoje. O presidente da Fundaj, Prof. Fernando Freire, em nota, lamentou a morte do escritor paraibano-pernambucano.

" Ariano Suassuna foi superior a seu tempo por muitas razões, dentre tantas destaco o amor pela cultura popular e por ter aproximado a arte e a literatura do povo, no sentido mais inclusivo que se possa dar. Esse povo que ele gostava de estar sempre ao lado, aprendendo e lhe devolvendo com palavras que se eternizarão. O mestre será sempre " madeira de lei que cupim não rói ".

registrado em: ,
Fim do conteúdo da página

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o fundaj.gov.br, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de privacidade. Se você concorda, clique em ACEITO.