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"EJA: a caminho da cultura", uma parceria do Museu do Homem do Nordeste, da Fundaj, com a Secretaria de Educação, Cultura e Esportes, da PCR

Publicado: Quinta, 22 de Agosto de 2013, 14h42 | Última atualização em Quinta, 20 de Dezembro de 2018, 21h15 | Acessos: 2036

Nos dias 20,21 e 22 de Agosto, o Museu do Homem do Nordeste, da Fundaj, está realizando o encontro "EJA: a Caminho da Cultura",  destinado, desta vez, à capacitação dos professores de Jovens e Adultos. O evento dá prosseguimento à experiência iniciada no dia 20 de Março, no Museu, quando começou a edição 2013 do programa “Uma Noite no Museu”, recebendo 90 alunos das escolas municipais Santa Tereza, João Heráclito Duarte e a Escola Estadual Gabrile Mistral, no horário das 18:30 às 21:30 horas. A programação se estenderá até o final do ano. No programa, a Fundaj disponibiliza dois ônibus para o transporte dos alunos. As inscrições das escolas podem ser feitas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.  ou pelo fone: 81-30736333. 

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EJA: a Caminho da Cultura

O encontro “EJA: a Caminho da Cultura” é o resultado da parceria do Museu do Homem do Nordeste, da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (MECA), da Fundação Joaquim Nabuco, com a Gerência de Jovens e Adultos – DEJA, da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes da Prefeitura da Cidade do Recife, que possibilita, anualmente, atender no espaço museal, especialmente no horário noturno, alunos e professores de EJA, o acesso desse público a um equipamento cultural. A parceria foi estabelecida em 2012, objetivando contribuir para o enfrentamento de alguns desses desafios, sobretudo no que concerne à capacitação do corpo do docente, elaboração de desenhos curriculares que se aproximem mais da realidade dos estudantes, planejamento didático, atividades de sensibilização artística e acessibilidade aos equipamentos culturais, abrindo as portas do MUHNE para receber os estudantes e professores do programa no período noturno.

Naquele ano, o Educativo do MUHNE/ MECA/FUNDAJ recebeu da DEJA o desafio de acolher 216 professores participantes das Rodas de Formação – O mundo do Trabalho, no Projeto “EJA: A Caminho da Arte”, estabelecendo-se um link importante entre os mediadores do MUHNE – que passaram a conhecer melhor as adversidades e necessidades desse público específico – e os professores do EJA, que tiveram a oportunidade de “pedagogizar”, com seus alunos e alunas, o conteúdo da exposição longa duração do Museu do Homem do Nordeste.

As ações realizadas em 2012 envolveram a formação com a representação de 88 escolas, num total de 216 professores de todos os componentes curriculares. Duas noites por mês são reservadas à visitação das turmas envolvidas no projeto. Aproximadamente, 680 alunos foram contemplados com uma visitação ao MUHNE, nos meses de Julho a Outubro.

Para os educadores da Coordenadoria de Programas Educativo-Culturais – COPEC, da Fundaj, receber o convite da DEJA para replicar, por mais um ano, o encontro com os professores, desta feita no projeto “EJA: A Caminho da Cultura”, continua sendo um desafio.  A COPEC propõe partilhar as suas idéias, conceitos e as mais diversas abordagens nos espaços museais, que devem e podem despertar leituras diversas, inclusive atravessando os conteúdos expositivos. Para tal, a COPEC pensa em visitas mediadas e compartilhadas com os professores e alunos do EJA em três espaços distintos:

- A exposição permanente “Nordeste: territórios plurais, culturais e direitos coletivos”, que contempla parte do acervo do museu;
- A exposição “Cajus”, na sala Mauro Mota, que reflete o pensamento do poeta Mauro Mota, sobre o tema Caju, mostrada num espaço simples, com imagens, objetos e instalação;
- Realização de um trabalho de musealização, através de estudos e debates sobre processos museológicos.

Através desse trabalho de mediação em formato diferenciado, a COPEC cumpre com um dos seus objetivos, que é o de estimular o diálogo entre os espaços visitados e as ações pedagógicas que ocorrerão após a visitação, realizadas pelos professores e alunos de EJA. Isso reforça a bandeira da COPEC em desenvolver um trabalho educativo que tem como base a museologia social, voltada para o sujeito. Nessa perspectiva, as ações educativas assumem a importância de protagonizar a interlocução indispensável entre o museu e o seu público, o que confirma o compromisso da COPEC com o Estatuto Nacional dos Museus, que, promulgado em janeiro de 2009, tem como principal diretriz a conversão dos museus brasileiros em espaços de inclusão, em agência social.

O EJA

Nos últimos 25 anos, o EJA, Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos, passou por algumas mudanças substantivas, mas ainda insuficientes para a superação de alguns “gargalos”, como a adequação do programa às especificidades do seu público – gente que não terminou ou sequer iniciou o ensino regular. Neste aspecto, os problemas se concentram num currículo adaptado do ensino fundamental, carente, portanto, de uma identidade específica; a formação inadequada dos professores; a convocação de voluntários e a polêmica da idade mínima para ingresso no programa, se 15 ou 18 anos de idade. Outro problema que se apresenta é a acessibilidade desses estudantes aos equipamentos culturais, em razão da precarização de sua condição sócio-econômica e das longas jornadas de trabalho e de estudo.

Como se observa, são desafios que exigem dos órgãos públicos que lidam diretamente com essa questão, em suas diversas esferas, ações efetivas no sentido de construir alternativas que contribuam para o enfrentamento desses “gargalos”, superando, assim, as dificuldades encontradas pelo EJA.

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