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Pesquisa etnográfica "Nordestes Emergentes" foi ao Cariri cearense

Publicado: Segunda, 01 de Abril de 2013, 15h08 | Última atualização em Quinta, 20 de Dezembro de 2018, 21h15 | Acessos: 2062

Por Marcus Andrey
Coordenador de Mídias/ Fundação Joaquim Nabuco

CARIRI (CE) - Existe um lugar no Brasil onde podemos encontrar industrialização e desenvolvimento, desde a tecnologia de ponta para exploração de petróleo e incubação de empresas de Tecnologia da Informação (TI) ao vanguardismo cultural. Que reúne alguns dos maiores intelectuais do Brasil e de onde surgiram grandes nomes da literatura, música, artes e ciências, ao longo da história. Que tem importante representatividade política no País, capaz de definir os rumos de uma eleição presidencial. Esse lugar é o Nordeste. Não aquele Nordeste estigmatizado como território da seca e dos flagelos, mas também uma Região plural e efervescente que se reinventa a cada dia e por isso não pode ser generalizada e relegada a um termo singular.

O Nordeste é plural e nele estão contidos vários Nordestes espalhados por seus nove Estados, já pré-mapeados por antropólogos e pesquisadores etnográficos da Fundação Joaquim Nabuco em dez áreas distintas e particulares, onde o Ceará foi contemplado com duas delas: Fortaleza e o Cariri. E foi justamente no óasis do Sertão cearense, o Cariri, que a Fundaj deu início ao Projeto Nordestes Emergentes – que visa prospectar esses diversos “nordestes” para identificar suas potencialidades e transformações socioeconômicas que lhe conferem uma riqueza ímpar de autenticidade. Durante dez dias, de 17 a 27 de março, a equipe da Fundaj mapeou o oásis do sertão cearense.

“Esta é a sétima vez que a Fundaj vem ao Cariri, nos últimos quatro anos. Em princípio, identificamos o local como uma das dez microrregiões que serão objeto da nossa pesquisa etnográfica, por sua importância antropológica. O projeto Nordestes Emergentes faz parte de um Nordeste maior, através da prospecção dos diversos Nordestes brasileiros. Temos certeza de que o Nordeste é uma realidade múltipla, por isso tentaremos dar uma representação minimamente verdadeira sobre essa Região. O Nordeste de hoje não é um estereótipo”, explicou a antropóloga e diretora do Museu do Homem do Nordeste, Ciema Mello.

A proposta de estudo da Fundaj é aproximar o Nordeste “real” do Nordeste “ficcional”, desconstruindo todo um imaginário nacional baseado em estereótipos de pobreza e ignorância, onde nem todas as pessoas andam com chapéu de vaqueiro ou têm mandacarus em seus jardins. “Nesse processo de aceleração da história estão surgindo, numa rapidez surpreendente, Nordestes que estão fazendo suas revoluções não-industriais”, comentou Ciema Mello, em palestra para alunos de história da Universidade Regional do Cariri (Urca).

A premiada fotógrafa gaúcha Fernanda Chemale foi escolhida pela Fundaj para realizar o mapeamento etnográfico do Cariri, captando através de seu olhar externo o que Ciema Mello chamou de “microrregião onde encontram-se as maiores evidências dessas mudanças de padrões de sociabilidades que formam o novo Nordeste”. Fernanda Chemale se surpreendeu com a riqueza de temas a serem trabalhados no Cariri. "Está sendo uma experiência ímpar, pois essa questão do estranhamento da Região para mim é uma matéria-prima para transformar em imagens, além de ser uma oportunidade de desenvolver meu trabalho autoral", explicou a fotógrafa. Uma pequena amostra do seu trabalho foi publicada, dia a dia, no blog Sertões Rachados, criado para servir como diário de campo durante o período em que a equipe da Fundaj esteve na microrregião. 

Paralelamente ao registro etnográfico de Fernanda Chemale sob orientação de Ciema Mello, a Massangana Multimídia captou diversas imagens durante os dez dias de permanência no Cariri, para registrar o making of do trabalho da fotógrafa gaúcha, sob a direção do cineasta Felipe Botelho – que teve a liberdade para trabalhar também o seu ponto de vista sobre toda a cena sócioeconômica-cultural caririense. Tanto a pesquisa etnográfica quanto as tomadas em vídeo traçarão um panorama do novo Nordeste que se desenha na contemporaneidade e o resultado disso será uma exposição etnográfica e um DVD para ser distribuído e debatido em salas de aula nas escolas públicas.

:: Repercussão midiática no Cariri

O projeto Nordestes Emergentes teve boa divulgação midiática no Cariri cearense, nos três meios de comunicação disponíveis na região: rádio, TV e jornal. A entrevista ao vivo na Rádio Educadora do Cariri, realizada em 21 de março, durou cerca de 25 minutos dentro do programa do radialista Antônio Vicelmo, líder de audiência no Cariri.

Confira, nos links abaixo, as matérias veiculadas no jornal impresso e na TV:

:: Diario do Nordeste: "Nordestes Emergentes entram em nova fase"

:: TV Verdes Mares (afiliada da Rede Globo) - CE-TV 1ª Edição entrevista a antropóloga Ciema Mello e a fotógrafa Fernanda Chemale

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