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Fundaj promoveu a palestra "Design como Processo", ministrada pela designer Paula Dib

Publicado: Segunda, 22 de Outubro de 2012, 09h55 | Última atualização em Quinta, 20 de Dezembro de 2018, 21h15 | Acessos: 3006


A Coordenação de Projetos Educativos do Museu do Homem do Nordeste promoveu, em 26 de outubro, às 14h30, palestra com a designer Paula Dib, no auditório Benício Dias, no Museu do Homem do Nordeste, localizado no campus da Fundaj Casa Forte (avenida 17 de agosto, 2187).

A designer Paula Dib atua transversalmente e com foco no design centrado no ser humano, co-criando em comunidades urbanas e rurais, oferecendo insights para inovação, bem-estar e transformação social. Suas ações tem como pilar o pensamento e experimentação, trabalhando sobre valores fundamentais da vida. Pela sua atuação recebeu em 2006 o prêmio International Young Designer Entrepreneur promovido pelo British Council em parceria com a feira 100% Design. Participou de diversas exposições e tem realizado palestras sobre o tema dentro e fora do Brasil, abrindo oportunidades para se pensar novos caminhos dentro do design.

Sobre o evento, maiores informações pelos fones: 30736331/6333 e e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

:: Veja Galeria de Imagens da Palestra de Paula Dib.  

:: ARTIGO

Caminhos no Design
Por Paula Dib, para a Organización Latinoamérica de Producción Intelectual en la disciplina del Diseño

O que me encanta no design é a amplitude de ferramentas desenvolvidas e estimuladas que temos como criativos, e como ele nos convida a utilizá-las para melhorar da vida das pessoas. Seja no âmbito que for, da criação da embalagem de shampoo, a cama, sofá ou poltrona. Essa relação do design com as pessoas é absolutamente fascinante e enriquecedora. O caldo para criação é farto, cheio de nuances, temperos e sabores.


•    Criar para pessoas.
•    Isto por si só já seria um deleite sem fim.
•    Contudo, os meus caminhos me levaram a descobrir outras maneiras mais de estabelecer esta relação.
•    Criar, com as pessoas e para as pessoas.


Isto nos leva a um outro estágio de envolvimento e consequentemente de percepção, que amplia enormemente o leque de possibilidades e caminhos. Ganha uma “realidade ampliada”, pois se afasta do ponto de vista unitário do criador e parte para a força da visão do todo.

Este é o design inclusivo, generoso, atento, observador, estimulador de potencialidades, que nascem de um exercício coletivo de experimentação e descoberta.

Sob esta perspetiva, ao analisarmos a realidade brasileira vemos que de um ponto de vista mercadológico e social o Brasil estruturou-se através de um modelo de desenvolvimento excludente, onde de um lado, temos o país emergente dos grandes centros urbanos, visando um desenvolvimento em moldes estrangeiros, e de outro, o Brasil regional, muitas vezes sub-desenvolvido -ou sub-valorizado- mas com ricas expressões culturais e sociais.

Considerando este contexto, a proposta de atuação é unir, através do design, esses dois pólos sociais brasileiros, desenvolvendo produtos juntamente com comunidades artesanais, criando alternativas de renda, gerando auto-estima e valorizando sua cultura e identidade regionais originais brasileiras.

Neste processo de aproximação, percebemos a mudança da visão do design X artesanato como dois campos diferentes. Começamos a considerar design E artesanato como uma rica confluência que ultrapassa as fronteiras do design, em busca de um delicado equilíbrio entre tradição, modernidade, cultura, arte, conduta, política, natureza e questões sociais.

Com relação à metodologia aplicada, o trabalho acontece principalmente em comunidades urbanas e rurais de produção artesanal em todo território brasileiro.

O desenvolvimento tem início com um diagnóstico, à principio de observação da vida como um todo, dos costumes, das tradições, do ritmo local, das crenças, das lideranças, da natureza. É um momento de sentir, pois os lugares influenciam as pessoas, e as pessoas influenciam os lugares.

Cada local tem sua própria natureza, cada pessoa tem sua própria natureza. Para entender a natureza de cada local é preciso saber qual é a intenção e, ao observar, estar consciente de que observamos por um ponto de vista.

Pois nossa visão é essencialmente subjetiva baseada nas nossas experiências pessoais, estudos, valores, ética e principalmente nas experiências sensoriais. Nessa colheita de sensações : formas, cores, cheiros, texturas nos permitem alcançar um estado mais limpo de percepção.

E então, partindo do espaço e das pessoas que ali vivem, como princípio organizador, estabelece-se o ritmo e desenvolvimento do trabalho.

É fundamental desenvolver a observação criativa e viver o local com um profundo sentimento de relacionamento. Percepção requer envolvimento.

Enxergar a totalidade, vivenciar cada detalhe.

Respeitar técnicas tradicionais, o uso e extração das matérias primas, os processos e o tempo de cada lugar e trabalhar com entusiasmo para renovar e redescobrir.

Consciente destes tantos aspectos, desafiar conjuntamente todas as coisas a  serem diferentes e se desafiar a pensar diferente. Baseando-se em recursos e habilidades locais, utilizando todos instrumentos e ferramentas criativas, oriundas do design.

Pois, construir a partir de verdades é um exercício maravilhoso.

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Editado y Distribuido por:  http://www.DisenoLA.org
Organización Latinoamérica de Producción Intelectual en la disciplina del Diseño - 2009

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