Reportagem na Revista Algomais de setembro destaca O Papel da Nova Fundaj
A Revista Algomais, de circulação regional, destacou O Papel da Nova Fundaj em reportagem de sua edição de setembro de 2012, nas bancas desde o dia 17. A matéria faz um balanço do primeiro ano sob a administração do Prof. Dr. Fernando José Freire. A revista pode ser lida na íntegra, no site http://www.revistaalgomais.com.br , na seção "Edições Impressas".
:: Leia a íntegra da reportagem publicada pela Revista Algomais de Setembro de 2012
O Papel da Nova Fundaj
Há pouco mais de um ano, quando aceitou a missão de ser presidente da Fundação Joaquim Nabuco, o Prof. Dr. Fernando José Freire trocou a gestão da Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UFRPE por um imenso desafio: alinhar as ações da Fundaj ao Ministério da Educação (ao qual é subordinada), sem perder a autonomia e credibilidade conquistadas em 63 anos, quando da sua criação como Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais.
A partir de sua experiência como gestor, professor e técnico, Freire traçou um audacioso plano de metas até 2020 que contempla, além da missão inicial, também a regionalização das ações da Fundaj para os nove estados do Nordeste. E mais: pediu autorização ao MEC para usar todo o know-how do corpo de pesquisadores da casa para oferecer cursos de especialização e mestrado exclusivamente para gestores e profissionais de Educação, como uma solução para fortalecer o Ensino Básico através da capacitação dos docentes da rede pública, começando já a partir de 2013.
As mudanças dos últimos doze meses envolveram uma grande reestruturação da Fundaj, como a fusão das diretorias de Documentação (acervo) e Cultura para dar lugar à Meca (Memória, Educação, Cultura e Arte); e também a recriação da Diretoria de Formação e Desenvolvimento Profissional, responsável pelos cursos de especialização e mestrado; além do fortalecimento da Diretoria de Pesquisas Sociais, que compõe o terceiro pilar de sustentabilidade da Nova Fundaj.
Assim, o viés educacional passou a guiar todo o arsenal da instituição: o corpo técnico de pesquisa - formado por mestres e doutores; os vastos acervos documental e iconográfico; os equipamentos culturais do Museu do Homem do Nordeste, Editora Massangana, Cinema da Fundação, as três galerias de arte, duas bibliotecas, Engenho Massangana, Sala de Videoarte e o Centro Audiovisual do Norte e Nordeste (Canne).
Logo, as primeiras ações práticas foram encampadas: A Editora Massangana fortaleceu sua identidade de editora universitária, ganhando um novo Conselho Editorial para alavancar a produção do conhecimento; O Engenho Massangana foi requalificado e transformado em museu a céu aberto para contar a história do patrono Joaquim Nabuco, recebendo grupos de estudantes de escolas públicas; O Cinema da Fundação consolidou sessões gratuitas para professores, às quartas-feiras; O Museu do Homem do Nordeste intensificou as ações da Coordenação de Projetos Educativos, com visitas noturnas promovidas para alunos do Ensino de Jovens e Adultos (EJA), e diurnas para várias escolas, gratuitamente; E as galerias de arte Vicente do Rego Monteiro, Massangana e Baobá abriram edital de Residências Artísticas, onde os contemplados terão que ministrar workshops sobre os trabalhos expostos; Os apoios à pesquisa e fomento através de editais públicos foram ampliados.
"Estamos colocando uma emenda num Projeto de Lei em curso no Congresso Nacional que altera a Lei de criação da Fundaj, com o objetivo de permitir, quando for necessário, o pagamento de bolsas de pesquisa e estudo. Isso é muito significativo para incorporar ao quadro de pesquisadores outros pesquisadores bolsistas, dando maior adensamento aos grupos de pesquisas da casa. Nos permitirá também implementar parcerias com as Fundações de Amparo a Ciência e Tecnologia dos Estados do Nordeste, como por exemplo a nossa Facepe", explicou Freire.
O mais importante reconhecimento público da comunidade científica sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido na Fundaj foi obtido recentemente, na abertura da 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), no Maranhão, quando a instituição recebeu das mãos do Ministro Marco Raupp (MCTI) o Prêmio José Reis de Divulgação Científica, criado pelo CNPq.
O prêmio vem coroar o desempenho da Fundaj em ações de divulgação científica consideradas exemplares pela comissão julgadora: o case do site Pesquisa Escolar - campeão de acessos, com mais de 2,5 milhões de visitas; a revista eletrônica "Coletiva", com edições trimestrais cuidadosamente elaboradas; os equipamentos culturais do Engenho Massangana, Massangana Multimídia Produções e Museu do Homem do Nordeste; e a promoção da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que faz parte do calendário fixo anual de atividades da Fundaj desde 2004. "Muito nos orgulha poder externar para o grande público as ações de divulgação científica da Fundação Joaquim Nabuco, que é uma instituição de todos", disse o Prof. Dr. Fernando José Freire.
A instituição tem desenvolvido ações práticas de Capacitação e Desenvolvimento Profissional desde o início de 2012. "Em março, iniciamos um Curso de Especialização em Gestão Cultural no Nordeste, envolvendo sete estados da Região. O curso é itinerante e é uma parceria entre a Fundaj, MinC e UFRPE. Lançamos também edital e selecionamos alunos para outro curso de especialização que começará agora no segundo semestre de 2012, o curso de especialização em Estatísticas Sociais. E encaminhamos, em parceria com o Departamento de Educação da UFRPE, uma proposta de Mestrado Acadêmico intitulado Educação, Culturas e Identidades, que nos aproxima do MEC e nos consolida como instituição de pesquisa e formação", detalhou o presidente da Fundaj.
A Capes pré-aprovou o primeiro Mestrado Profissional de Ciências Sociais para o Ensino Médio, que será oferecido já em março de 2013 pela Fundação Joaquim Nabuco, voltado para os professores da rede estadual que devem ser indicados pelo Governo do Estado (que vai custear a capacitação) para uma pré-seleção feita pela Fundaj. Esse primeiro mestrado profissional vai contemplar 20 professores. "Além disso, a parceria com a Capes possibilitará à Fundaj avaliar programas como o PNPD e PROCAD, recebendo bolsistas (remunerados pela Capes) para nos auxiliar nessa importante tarefa de avaliar políticas públicas", explicou Freire.
"Conseguimos a autorização do MEC para que a Fundação Apolônio Salles de Desenvolvimento Educacional (Fadurpe) possa atuar como fundação de apoio às ações da Fundaj, assim como acontece nas universidades. Dessa forma, eliminaremos vários entraves burocráticos e poderemos atuar com mais agilidade", comentou.
O Plano de Ação da Fundaj está em plena execução com pesquisas de ponta, como a do efeito da Interiorização das Universidades Federais no Nordeste; o impacto de Suape nos nove municípios estratégicos em seu entorno, e uma sobre Nordeste emergente, que irá identificar, registrar e pesquisar nos nove estados as mudanças em curso que estão consolidando essa Região como a que mais cresce no Brasil.
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