Museólogo Aécio Oliveira recebeu homenagem póstuma na Fundaj
:: Por Sofia Couceiro
Imprensa Fundaj
A Fundação Joaquim Nabuco, juntamente com a Universidade Federal de Pernambuco e o Fórum dos Museus de Pernambuco, homenageou, na tarde do dia 2 de agosto, o museólogo Aécio Oliveira, falecido no último dia 22 de maio de 2012. A cerimônia, que teve vários discursos dedicados ao homenageado, iniciou-se com depoimento da museóloga Ciema Melo, que destacou as contribuições de Aécio, ex-diretor do Museu do Homem do Nordeste - MUHNE, para a museologia do Nordeste.
“Ele usava os objetos como os escritores usam as palavras numa frase”, declarou. A museóloga anunciou que o primeiro andar do MUHNE será chamado de Pavilhão Aécio Oliveira, numa homenagem permanente ao ex-diretor.
Segundo a historiadora Rita de Cássia Araújo, que participava da mesa representando a diretora de Memória, Educação, Cultura e Arte (MECA), Silvana Meireles, “Aécio era um profissional exemplar, não só pela dedicação a Fundação Joaquim Nabuco e ao Museu do homem do Nordeste em particular, onde ele foi um dos maiores devotos e artífices dessa instituição e desse equipamento cultural que é de todos nós, mas também para além dos muros da Fundação Joaquim Nabuco, onde ele é um nome nacional”, disse Rita.
Manuela Ramos,diretora do Centro Cultural Benfica, ligado à Universidade Federal de Pernambuco, na ocasião representou o reitor da UFPE, Anízio Brasileiro. Para ela, “o doutor Aécio Oliveira era um homem visionário, porque já aplicava o que hoje está nos livros do marketing como novidade em criação das atmosferas, da necessidade de se reforçar os costumes e a história regional, para que a gente possa entrar com o pé direito na globalização. É importante homenagearmos um homem que estava a frente do seu tempo”, disse.
A homenagem seguiu com o discurso emocionado da museóloga e ex-colega de Aécio na Fundaj, Maria Regina Batista e Silva, que relembrou a história de Aécio e agradeceu ao apoio e parceria que teve durante 20 anos de trabalho a seu lado. “Portando, mesmo que a cortina tenha se fechado no palco da vida de Aécio Oliveira, ele continuará na lembrança de todos que conviveram ou foram testemunhas das suas ações em vida”, finalizou Maria Regina.
Para o pesquisador, genealogista e historiador, Nefi Vanderley de Aguiar, presidente do instituto cultural UNITOP, Aécio era um gênio. “Eu tratava aquele homem como meu gênio. Pernambucano impar, foi um exemplo pra mim", declarou.
A cerimonia também contou com a presença do presidente da Fundação Joaquim Nabuco, Prof. Dr. Fernando Freire, que agradeceu a Aécio e família por toda a sua contribuição para a reputação nacional e regional da FUNDAJ. No fechamento da solenidade, a sobrinha do museólogo, Ana Luíza Oliveira, finalizou o evento com palavras emocionadas sobre o tio: “Jamais vi alguém tão apaixonado pela profissão escolhida como meu tio Aécio. Museus e história lhe fascinavam tanto que sentar com ele para tomar um chá se tornaria, certamente, uma aula sobre barões de açúcar, café ou sobre o início da colonização brasileira, por exemplo. Tudo em uma linguagem simples e acessível, como ele era”.
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