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Pesquisador da Fundaj participa, em Portugal, de congresso de História da Educação

Publicado: Terça, 10 de Julho de 2012, 14h58 | Última atualização em Quinta, 20 de Dezembro de 2018, 21h16 | Acessos: 1290

O pesquisador Mauricio Antunes apresentará o artigo O PROJETO CIVILIZADOR NA EDUCAÇÃO RURAL NO PERÍODO 1933-1942: O CASO DA ESCOLA RURAL MODELO, NO RECIFE durante o IX Congresso Luso-Brasileiro de História da Educação (Instituto de Educação da Universidade de Lisboa), de 12 a 15 de julho.

Antunes falará sobre a Escola Modelo Rural, que em 1936 seria renomeada Escola Rural Alberto Torres, no bairro de Tejipió, ocupando um prédio de arquitetura moderna projetado por Joaquim Cardozo e Luis Nunes. Nessa escola – dotada de canteiros de horta, sementeira, pombal, apiário, melgueira, aviário, cactário, orquidário, laboratórios de ciências naturais, oficina de marcenaria e uma oficina para o beneficiamento dos produtos naturais –, eram recebidas as normalistas que tinham como destino as regiões do interior e professoras dessas regiões para realizarem o período de estágio, aprendendo saberes relacionados à agricultura, silvicultura, pecuária, noções básicas de zootecnia e técnicas de beneficiamento de produtos agrícolas.

As práticas educativas desenvolvidas nessa escola foram registradas no jornal escolar “O Semeador”, publicado mensalmente como órgão oficial dos alunos, com tiragem suficientemente grande para ser distribuída em todo o estado de Pernambuco e para várias partes do país através da Sociedade Rural Alberto Torres, instituição dedicada à difusão da educação ruralista, com sede no Rio de Janeiro.

O interesse que a Escola Rural Alberto Torres despertava em pessoas e instituições de todo o país ficou registrado na seção do jornal que relatava as correspondências e intercâmbios realizados. A razão de tal interesse está relacionada à proposta pedagógica e às práticas educativas desenvolvidas em consonância com os princípios da Escola Nova, cujo ideário de reforma educacional inspiraria o “Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova”, de 1932, subscrito pelos mais importantes educadores do país, entre eles, Anísio Teixeira, Lourenço filho e Fernando de Azevedo.

Entre os principais pontos do programa escolanovista, a proposta ruralista implementada na Escola Rural Alberto Torres consagrava a educação baseada no conhecimento construído pela observação e pela experimentação, articulando os saberes populares aos conhecimentos científicos, concretizadas em práticas educativas que iam do campo ao laboratório, da sala de aula à oficina de “pequenas indústrias”, criando vínculos entre a escola e a comunidade.

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