Conselho Deliberativo da Fundaj aprova Plano de Ação para 10 anos, vinculado ao Plano Nacional de Educação
Na primeira reunião do Conselho Deliberativo da Fundação Joaquim Nabuco, sob a gestão do presidente Fernando Freire, foram aprovadas três questões relevantes para os destinos da instituição.
Em primeiro lugar, o Plano de Ação no âmbito do Plano Nacional de Educação, para um período de 10 anos – o PNE, que se encontra em tramitação no Congresso Nacional.
Outras resoluções foram o encaminhamento formal para que a Fundação Apolônio Sales, vinculada à UFRPE, se constitua em fundação de apoio da Fundaj e a proposta de uma mudança estatutária que permita à instituição destinar recursos orçamentários ao financiamento de bolsas.
O ministro Aloizio Mercadante foi representado por Francisco Chagas Fernandes, Diretor-Executivo da Diretoria de Educação Básica, responsável pela avaliação do plano anterior do Ministério, o PDE, e pelo esboço do PNE.
Ele ressaltou o fato de o plano da Fundaj estar fundado nas 20 metas do PNE, o que é significativo para o ministério. Disse que aquelas metas somente serão atingidas se os entes federativos e as unidades do MEC se adequarem às suas necessidades.
Neste sentido, a Fundaj se antecipou. E com isto, no seu entender, a entidade reúne argumentos substanciais para tratar com o ministro do seu fortalecimento institucional, no que se refere à renovação dos seus quadros.
Ivon Fitipaldi, representante do Ministério de Ciência e Tecnologia, afirmou que o processo como foi elaborado o plano da Fundaj revela uma nova cultura institucional, ressaltando a importância da reunião realizada para ouvir as considerações críticas de representantes da comunidade científico-cultural do Norte-Nordeste, que se refletiram na sua versão final.
Referiu-se à importância da ótica voltada para a formação de recursos humanos, fundamental para o Brasil no enfrentamento dos desafios do novo século, onde a educação assume um papel vital.
Sugeriu que fosse criado um comitê de acompanhamento do Plano, não só para verificar pontualmente as metas definidas, mas para estabelecer rotas de correção e novas diretivas para atingir as suas 26 audaciosas metas.
Paulo Guimarães, representante do BNDS, considerou o plano animador, na medida em que se voltava para o acompanhamento das características sócio-econômicas do novo momento que vive o Nordeste brasileiro.
Elogiou a audácia contida no plano e chamou a atenção para que, além dos tópicos nele explicitados, se esteja alerta a outras realidades que poderão emergir, principalmente, pelo fato de o plano abranger um prazo de 10 anos.
Mauro Lopez Rego, representante do SESC, afirmou que o papel do SESC se voltava não para a pesquisa e criação, mas para a integração social e a difusão de conhecimentos, manifestando a expectativa de que, nesta perspectiva, fossem abertos caminhos que envolvessem as ações da Fundaj.
O conselheiro Valmar Correia, representante da UFRPE, destacou a importância da aproximação da Fundaj com as universidades e o caráter ambicioso e bem elaborado do Plano que apresentou ao MEC.
Teresa Huang, representante do MINC, afirmou que o convênio realizado entre este ministério e o MINC, certamente terá repercussões positivas sobre o trabalho da Fundaj.
Anísio Brasileiro, reitor da UFPE, tomando como exemplo os 21 cursos de especialização e mestrado propostos no Plano da Fundaj, chamou a atenção para a necessidade de ações concretas para a o trabalho conjunto com as universidades, evitando-se as superposições e somando-se esforços. Sugeriu que fossem realizados seminários entre a UFPE e a Fundaj para apresentação das plataformas de trabalho, como um ponto de partida.
Janirza Cavalcanti, representante dos servidores da Fundaj, declarou que o plano foi montado num processo coletivo de discussão e é marcado pela ousadia das suas metas. Mas para que ele seja posto em prática é necessário robustecer os recursos humanos, com a devida reposição das vagas no quadro dos servidores.
O presidente Fernando Freire afirmou que o processo de elaboração do plano foi muito significativo, marcado pela participação e a preocupação com a qualidade e a inovação. Destacou a importância da contribuição crítica dos agentes externos, referidos pelo conselheiro Ivon Fitipaldi.
Dando ênfase ao aspecto da inovação, referiu-se a um projeto de pesquisa para a elaboração de um diagnóstico nas áreas do semi-árido mais atingidas pelas secas. E também ao projeto enviado à Capes de um mestrado profissional de sociologia para subsidiar o ensino médio, composto por 11 pesquisadores da Fundaj.
O mestrado em economia ecológica é outra proposta que será estruturada. No que diz respeito à ação vinculada ao Ministério da Educação, ele ressaltou que a Fundaj vai assumir a coordenação nacional do Cine Educação.
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