Ressocialização de Detentos em Debate na Fundaj/Derby

As questões que envolvem a realidade carcerária brasileira, como a necessidade de humanização para o cumprimento de sua missão, a ressocialização dos detentos, serão discutidas na palestra “Humanizar e Ressocializar a Prisão”, com a pesquisadora social Ronidalva de Andrade Melo, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), no dia 18 de junho, a partir das 17h, na Sala Aloísio Magalhães, na Fundaj, do Derby.

A promotora de Justiça Rosemary Souto Maior de Almeida, autora do livro “Do Projeto à Realidade, Humanizar e Estruturar a Cadeia Pública de Itambé”, também discutirá sobre o tema. Na ocasião, haverá o lançamento do livro, que tem o selo da Editora Novo Horizonte.

De acordo com a pesquisadora, que estuda esta temática há 30 anos, para que os detentos possam ser reinseridos na sociedade após o período de reclusão, a humanização é um pré-requisito fundamental.

“Eles precisam ter um atendimento digno durante a pena, como forma de aprendizado para a sua ressocialização. Isso envolve vários elementos dentro da prática prisional, como educação, trabalho, cidadania e valorização de sua dignidade”.

Há mais de 17 anos atuando na Comarca de Itambé, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, a promotora de Justiça Rosemary Souto Maior de Almeida sempre atuou na resolução de várias vertentes prioritárias da cidade, além de algumas questões sociais que envolvem a comunidade.

A situação precária da cadeia pública da cidade, não diferente da realidade brasileira, também estava entre as suas preocupações. Para reverter esse quadro degradante, ela criou o Projeto Humanizar e Estruturar a Cadeia Pública de Itambé, uma iniciativa inédita em Pernambuco, que contou com o apoio do poder executivo e judiciário, e da sociedade itambeense em geral.

No livro “Do Projeto à Realidade, Humanizar e Estruturar a Cadeia Pública de Itambé”, o leitor pode conhecer todos os passos que transformaram o projeto em realidade. Uma leitura recomendada para profissionais e estudantes de Direito, Serviço Social, demais áreas das Ciências Humanas e interessados no assunto.

Ronidalva de Andrade Melo é pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco, desenvolve estudos nas áreas do Sistema de Segurança Pública - Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Científica -, do Sistema de Justiça - Defensoria Pública, Poder Judiciário e o Ministério Público -, além do Sistema Prisional, com estudos sobre as prisões de Pernambuco e a Fundação de Atendimento Socioeducativo, Funase.

Esses estudos estão sempre respaldados no referencial teórico e prático dos Direitos Humanos e abrangem todo o Sistema de Defesa Social.

Rosemary Souto Maior formou-se em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco em 1982 e ingressou no Ministério Público do Estado no ano de 1990, após aprovação em concurso público. A primeira cidade em que atuou foi Correntes. Também passou pela Comarca de João Alfredo e Limoeiro. Foi representante do Ministério Público de Pernambuco, no Conselho Penitenciário do Estado, de 1998 a 2002, e Promotora de Justiça Titular da Comarca de Itambé, por mais de 17 anos.

Entre as atuações funcionais de maior relevância às quais esteve à frente, estão a defesa dos direitos humanos, mais precisamente nos casos de execuções sumárias, e o enfrentamento da violência doméstica de crianças e adolescentes.

Ela ministra a disciplina de Direito de Família, na Universidade Federal da Paraíba, desde 1990. Também foi professora da Faculdade de Administração do Limoeiro, de 1983 a 1990. Seu currículo é extenso, com diversos trabalhos publicados, algumas bolsas de pesquisa e láureas, cursos, seminários, simpósios, encontros e congressos nacionais e internacionais.

Mais informações:

Bruno Souto Maior – Jornalista (DRT-PE 3705)
(81) 9944.1130
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