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Lugares de memória: políticas de conservação

Publicado: Terça, 05 de Junho de 2012, 15h59 | Última atualização em Quinta, 20 de Dezembro de 2018, 21h16 | Acessos: 2031

No dia 18 de junho de 2012, aconteceu mais um encontro do programa "Lugares de Memória: Políticas de Conservação", na sala Calouste Gulbenkian da Fundação Joaquim Nabuco - Fundaj ( situada na avenida 17 de Agosto, 2187, bairro de Casa Forte – Recife/PE), que objetiva promover reflexões sobre as atividades de conservação de acervos culturais. Nesta edição, o programa homenageou Edson Nery da Fonseca, documentalista e bibliotecário pernambucano criador de cursos de biblioteconomia no Brasil. 

A sobrinha de Nery da Fonseca, Lúcia, leu um texto de autoria do documentalista, em que ele diz que agradece a homenagem da Fundaj e da UFPE, das quais já recebeu os títulos de, respectivamente, pesquisador e doutor honoris causa, além de já ter recebido o título de professor emérito da UnB, "da qual criou, convidado pelo então reitor da UnB, Darcy Ribeiro, o primeiro curso de biblioteconomia daquela universidade e a biblioteca central da mesma", acrescentou o professor da UFPE, Anco Márcio Tenório, que homenageou Edson Nery com uma palestra, em que destaca o bilbiotecário como um grande sedutor, um homem encontador e fonte inesgotável de histórias.

Revelou Anco Márcio: "conheci Edson Nery da Fonseca em 1983 numa sessão do Seminário de Tropicologia, na Fundaj, em que a conferencista era Raquel de Queiróz. Se naquele evento, deveria me chamar a atenção a conferencista, grande escritora e imortal da ABL (que conhecia também naquele dia), e o criador do seminário, o mestre de Apipucos, o escritor, sociólogo e antropólogo Gilberto Freyre, quem acabou me chamando mais a atenção foi um senhor alto, alvo, de porte elegante,de fala eloquente, um ator que, mais tarde, salvaria um filme que Nelson Pereira dos Santos fez aqui no Recife sobre Casa Grande & Senzala. O senhor era Edson Nery, que, depois, voltei a reencontrar em 1990 no aeroporto do Recife, ao lado do poeta Orley Mesquita, e, finalmente, em 1995, quando fui a sua casa, na rua de São Bento, em Olinda, para entrevistá-lo, e nos tornamos amigos".       

Na mesa-redonda de abertura do encontro, a diretora da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (MECA), da Fundaj, Silvana Meireles, falou da importância do evento, da parceria com a UFPE, através do contato com o reitor Anísio Brasileiro, que vem apoiando iniciativas, como a do projeto Nordeste Emergentes, que o professor/coordenador do curso de museologia da UFPE, Renato Athias, atual coordenador-geral de museu e restauro da Fundaj vem desenvolvendo, e falou, também, da segunda edição do prêmio Cehibra, de premiação a trabalhos que tenham sido realizados no acervo do Centro de Estudos da História Brasileira (Cehibra), da Fundaj. Renato Athias lembrou, ainda, dentre os seus projetos pela UFPE/Fundaj, que está sendo restaurada a Coleção Etnográfica Carlos Estevão de Oliveira, de peças indigenistas.

As palestras do encontro foram as intituladas "Paradigmas para a Conservação/Restauração: Documentação Gráfica e Obras Raras", com Maria Luiza Soares, professora e coordenadora do Curso de Conservação-Restauração de Bens Móveis da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e "Patrimônio Arquitetônico Modernista da FJN", com Cristiano Borba, arquiteto do Laboratório de Pesquisa, Conservação e Restauração de Documentos e Obras de Arte - Laborarte.

Maria Luiza fez todo um histórico da origem, entre os gregos e os egípcios, da técnica da encadernação: "as capas foram feitas para proteger os documentos, em papiro e outros materiais, e, esse objeto transformou-se no livro - liber -, com miolo e capa", contou a professora da UFRJ, que ainda lembrou da história da  conservação e da restauração desde os antigos até a contemporaneidade, citando teóricos no assunto e mostrando, em power point, fotos de técnicas utilizadas no trabalho do conservador/restaurador de obras de arte.

Cristiano Borba, em sua palestra, teceu informações acerca do patrimônio arquitetônico da Fundação Joaquim Nabuco, em seus três campi, considerado pelos especialistas como de estilo moderno. Os edifícios Paulo Guerra, na sede da instituição, no bairro de Casa Forte, e Antiógenes Chaves, no bairro de Apipucos, sob pilotis e com estrutura em concreto, utilizando os combogós - elemento de adaptação climática, para melhor ventilação no ambiente tropical, invenção própria dos arquitetos, no Recife (PE). Dentre esses arquitetos da época, Borba destacou Mário Russo, Acácio Borsoi e Wandecok Tinoco, que projetou prédios da Fundaj.      

 

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