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Homenagem ao museólogo Aécio de Oliveira

Publicado: Quarta, 23 de Mai de 2012, 09h24 | Última atualização em Quinta, 20 de Dezembro de 2018, 21h16 | Acessos: 2302

:: Por Arthur Pedro, Vanessa Menescal e Marcus Andrey
  Imprensa/Fundaj 

 

No dia 22 de maio de 2012, faleceu no Recife o museólogo aposentado Aécio de Oliveira, ex-diretor do Museu do Homem do Nordeste - MUHNE, da Fundação Joaquim Nabuco. Sua partida gerou consternação entre os funcionários que conheceram e os que ouviram falar de Aécio. Um dos servidores, Jefferson Sousa, manifestou-se espontaneamente através de e-mail enviado a todos os funcionários da Fundaj: “Estamos de luto. Todos aqueles que vestem a camisa da Fundação Joaquim Nabuco estão de luto. Vestem preto, no dia de hoje, a memória e os memorialistas, os museus e os museólogos, a arte e os artistas, a botânica e as plantas; também, a notícia tomou de assalto o Maracatu, o Carnaval, o Sincrético e o Religioso. A Nota de Falecimento está sendo uma ficha que não caiu para Marcelo, para Fernando, para Almerinda, para Mariza, para Jefferson, para muitos Josés, para um bocado de Marias. Perde-se um professor da vida, um mestre da cultura, um cidadão inteligente, um colega engraçado, um amigo arretado, um conselheiro dos bons, um articulador de mil tentáculos, um defensor das florestas, tombador das flores e dos trópicos. Ficam as estórias hilárias, os papos educativo-culturais, a experiência vivida e traduzida. Descanse em Paz.” 

Para o servidor José Luiz Gomes da Silva, também lotado no Museu, "Aécio rompeu com as concepções-padrão de museu na década de 1970, quando criou a saudosa exposição de mais longa duração do Museu do Homem do Nordeste, montagem comandada por ele e que teve início em 1979. Ruptura e concepção de museu que são geralmente atribuídas ao sociólogo Gilberto Freyre, como se Aécio tivesse apenas cumprido ordens de Freyre para elaborar a antiga exposição do Museu do Homem do Nordeste, que reunia as seções: Civilização do Açúcar, Antropologia e Arte Popular". Segundo José Luiz , o que falam é justamente o contrário, que Aécio, inclusive, contrariou Gilberto Freyre ao impor algumas das suas idéias na montagem da exposição, que ficou décadas à mostra ao público, para visitação.      

O arquiteto Antonio Montenegro, lotado no Laborarte, também manifestou seu pesar: "Aécio foi um personagem importante de tempos pioneiros da museologia no Nordeste, e merece uma nota biográfica no site institucional da Fundaj". 

As colaborações de Aécio de Oliveira para a museologia em Pernambuco foram muitas. "Na Fundaj, quem conseguiu as peças e objetos de arte para a "decoração" do prédio do antigo Memorial Joaquim Nabuco, o sobrado que pertenceu ao comissário do açucar, Francisco Ribeiro Pinto Guimarães, nos jardins do campus sede da entidade, em Casa Forte, foi Aécio", diz a historiadora Joselice Jucá, no livro "Fundação Joaquim Nabuco - Uma instituição de pesquisa e cultura na perspectiva do tempo". O projeto transformando o Forte do Brum em Museu Histórico Militar foi elaborado por ele, sendo o primeiro no Nordeste. A contribuição de Aécio para os museus na região Nordeste partiu de uma idéia que ele teve, da criação da Associação de Amigos de Museus do Rio Grande do Norte, por entender que o Rio Grande do Norte possui um rico acervo e que necessitava ser salvo e divulgado. 

Por sua importância para a área museológica, a aula inaugural do curso de bacharelado em Museologia da UFPE, em 2009, prestou homenagem a Aécio, que graduou-se museólogo, pela então Universidade da Guanabara, em 1969, e foi o primeiro diretor do Museu do Homem do Nordeste, da Fundaj. A aula integrou as comemorações dos 30 anos do MUHNE.

A concepção de museu de Aécio permaneceu durante vinte e quatro anos, até 2003, quando o Museu foi fechado para reforma estrutural e conceitual. No final do ano de 2008, a nova exposição permanente do museu foi reaberta ao público.

:: Leia também o artigo O ÚLTIMO ADEUS AO ARQUITETO DOS MUSEUS, escrito pela professora de história e prima de Aécio, Marcela de Kássia da Silva.

:: A missa de 7º Dia  será na terça-feira, dia 29 de maio, às 19h, na Igreja de Casa Forte.

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