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Seminário Rio+20 Nordeste: Realidades e Perspectivas

Publicado: Quarta, 09 de Mai de 2012, 08h54 | Última atualização em Quinta, 20 de Dezembro de 2018, 21h16 | Acessos: 3331


A Fundaj promoveu, durante a manhã do dia 6 de junho, através de sua Coordenação Geral de Estudos Ambientais e da Amazônia (CGEA), o seminário Rio+20 Nordeste: Realidades e Perspectivas, ainda em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, na sala Calouste Gulbenkian (avenida 17 de agosto, 2187, Casa Forte).

Dentro da programação do evento, aconteceu a solenidade de abertura, às 9 horas, com a primeira palestra às 9h15, de Adriana Ramos, do Instituto Sócio-Ambiental ( ISA-Brasília), intitulada “Perspectivas para a Sustentabilidade Socioambiental Pós-Rio+20”, tendo como debatedor, Carlos André Cavalcanti, da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas-PE). Às 10h15, houve um debate, com um intervalo para café, às 11 horas. Às 11h15, foi realizada a segunda palestra do seminário, de Sérgio Xavier, Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado de Pernambuco (Semas-PE), sob o título: “Rio+20: O Nordeste e a Sustentabilidade”, tendo como debatedor, o economista Clóvis Cavalcanti, pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco e professor da UFPE.

A palestra do Secretário do Meio Ambiente de Pernambuco, Sérgio Xavier, teve como foco a superação da pobreza e os riscos das mudanças climáticas, e, ainda, o assunto da construção de uma nova economia inclusiva e sustentável. O secretário começou falando do desafio de se criar um modelo que seja sustentável."Essa revolução é coletiva, sistêmica, sistemática, integrada, e democrática, dentro de um processo para se construir juntos, toda a sociedade", falou Sérgio Xavier. Com relação a referências contextuais, o contexto e a visão estratégica e das ações em curso pela Secretaria de Meio Ambiente de Pernambuco, Xavier contou que haverá  uma oportunidade para ele mostrar o que o governo têm feito e vai fazer, na Rio+20, mas que ele anteciparia durante o seminário na Fundaj. E foi o que Sérgio Xavier fez . Explicou os passos no sentido de se antecipar aos futuros problemas decorrentes do crescimento e do desenvolvimento do Estado. Quanto a erosão costeira, por causa da alta concentração de gente morando, e construindo, no litoral e o aumento do nível do mar, por conta do aquecimento global, o secretário comentou que sendo o Recife uma das cidades que está abaixo do nível do mar, não há ainda um planejamento por conta da Prefeitura da capital pernambucana no sentido de nada para corrigir o uso do solo na cidade do recife para absorver esses impactos. Ele lembrou que em Jaboatão dos Guararapes houve a recomposição de uma área de areia em 48 km da costa daquele município - praias de Piedade e Candeias. "É o projeto que é possível fazer, porque foi a cidade quem avançou ao nível do mar. O ideal era se recuar a cidade, porém...", pontuou Xavier.

No interior pernambucano, os passos que estão sendo dados pela Secretaria de Meio Ambiente de Pernambuco são os de implementação de 185 unidades de conservação dos biomas da caatinga e do semi-árido, através de conselho gestor. "Hoje são 68,4 mil hectares como áreas de preservação permanente nesta região do estado", disse o secretário. Xavier narrou que para se preservar tanto áreas costeiras quanto áreas de desertificação em Pernambuco será preciso criar-se cursos de qualificação profissional, como o de cursos de sustentabilidade ambiental, e que para isso conta com a Fundação Joaquim Nabuco, e que nisso o presidente da Fundaj, Fernando Freire, que participou da solenidade de abertura do evento (ao lado do diretor de pesquisas sociais da Fundaj, Luis Henrique Romani de Campos), já se mostrou interessado em apoiar a iniciativa.

O Secretário do Meio Ambiente de Pernambuco, Sérgio Xavier, se referiu a questão do "conflito" entre o desenvolvimento econômico em Pernambuco com a preservação da biodiversidade, como uma equalização do crescimento ou um esverdeamento da economia, uma forma de crescer com energias renováveis, em que uns tipos de uso de energias têm de se manter, por uns tempos, enquanto que outras devem decrescer, como o Petróleo, o alto carbono. Nisto, o debatedor da palestra de Xavier, o economista Clóvis Cavalcanti foi enfático ao afirmar que não é certo um crescimento com base no Petróleo para a nova geração. O economista relembrou que isto continua se desenvolvendo, inclusive em Pernambuco, onde há pouco tempo se instalou uma refinaria de petróleo (mesmo nós, no estado, não tendo produção - extração - de petróleo), mas criticou essa cultura, pois daqui há uns 20, 30 anos, o petróleo estará tão caro que se inviabilizará, e a refinaria será fechada. 

Os impactos ambientrais decorrentes do complexo portuário de Suape foi um assunto do qual Sérgio Xavier não pode fugir, na sua palestra. O secretário comunicou que no dia anterior ao seminário, na terça-feira, no Dia do Meio Ambiente, 5 de junho, ele fez, ao lado do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o replantio dos estragos de Suape, zerando as obrigações legais que Suape Tinha, mas que não cumpria. E perguntou: como se recuperar os mangues ? Porém, Xavier respondeu que, através da criação da unidade de conservação Bita Utinga, 3.300 hectares de mangue serão mantidos em Suape. Sérgio colocou o fato de estar se antecipando para que não ocorra novos desmatamentos no Cabo e em  Ipojuca, olhando, e falando, diretamente para o debatedor de sua palestra, Clóvis Cavalcanti, a quem se referiu como "meu mestre".      

:: Veja Galeria de Fotos do evento.        

 

 

 

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