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Fundaj representada em solenidade de lançamento do Prêmio Luiz Beltrão, da Intercom

Publicado: Sexta, 20 de Abril de 2012, 11h04 | Última atualização em Quinta, 20 de Dezembro de 2018, 21h16 | Acessos: 1687

O Assessor de Comunicação da Fundação Joaquim Nabuco, Marcelo Mário de Melo, representará a instituição na solenidade de lançamento do Prêmio Luiz Beltrão de Ciências da Comunicação, que completa 15 anos em 2012. O evento acontece em 23 de abril, no Centro de Comunicação e Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, inaugurando o calendário das comemorações dos 35 anos de fundação da Intercom.

O Prêmio – um reconhecimento à qualidade do trabalho acadêmico na área de comunicação – leva o nome do pioneiro da pesquisa científica sobre os fenômenos comunicacionais na universidade brasileira. Para celebrar o lançamento, a Intercom promove em 2012 um concurso de vídeos e lança um livro sobre a história do prêmio. A publicação terá um artigo assinado pelo Assessor de Comunicação da Fundaj, Marcelo Mário de Melo, e pela pró-reitora da Universidade Católica de Pernambuco, a jornalista Aline Grego.

Marco da Comunicação no Brasil, Luiz Beltrão fundou o Instituto de Ciências da Informação (ICINFORM), primeiro centro acadêmico nacional de estudos midiáticos e a primeira revista de ciências da comunicação, “Comunicações & Problemas”, em Pernambuco nos anos 60. O pesquisador foi também o primeiro Doutor em Comunicação do Brasil (Universidade de Brasília – UnB), em 1967.

Em 2010, a Fundação Joaquim Nabuco foi agraciada com o Prêmio Luiz Beltrão na categoria "Instituição Paradigmática". Na ocasião, Marcelo Mário de Melo também representou a Fundaj e proferiu o seguinte discurso:

"A Fundação Joaquim Nabuco se sente honrada e agradece aos organizadores e patrocinadores da Intercom pela distinção deste prêmio, que traz a marca do jornalista pernambucano Luiz Beltrão, pioneiro como pedagogo e cientista da comunicação. A Fundação Joaquim Nabuco nasceu em 1946, por iniciativa do então deputado Gilberto Freyre,  como um Instituto de Pesquisas voltado para o homem do campo situado no Norte-Nordeste do Brasil. Hoje, vinculada ao Ministério da Educação e em íntima ligação com o Ministério da Ciência e Tecnologia, atua nas áreas de Pesquisa, Documentação e Cultura, dinamizando projetos, equipamentos e serviços diversificados, sendo as ações educativas uma presença transversal.

Distribuída em três campi, a Fundaj é responsável por uma editora de livros e revistas e uma editora multimídia. Pelo Museu do Homem do Nordeste, o Centro de Artes Visuais do Norte e Nordeste,  um cinema, três bibliotecas, um centro de documentação, uma fonoteca, um núcleo de digitalização e outro de restauração de obras de arte. Desenvolve pesquisas e realiza, seminários, debates, capacitações exposições e lançamentos de produtos culturais. Promove concursos de artes plásticas, monografias e roteiros de vídeos.

Pensar o Norte e o Nordeste numa ótica nacional e contribuir para as alternativas do desenvolvimento com inclusão social constituem o grande desafio atual da Fundaj, posto pelo presidente Fernando Lyra, nomeado no primeiro Governo Lula. Paralelamente, coloca-se a ênfase no estudo crítico do pensamento de Joaquim Nabuco, considerando problemas estruturais do Brasil, tratados por ele e ainda presentes como desafios.
Luiz Beltrão compõe uma galeria de jornalistas pernambucanos que teceram uma história de afirmação profissional, criatividade, contribuição teórica e resistência política. A exemplo de  Frei Caneca, o padre jornalista e guerrilheiro, companheiro do grande Cipriano Barata.. De Abreu e Lima, companheiro de Armas de Bolívar. De  Joaquim Nabuco, jornalista da abolição. De Luiz Nascimento,  historiador da imprensa. De Antônio Maria, poeta da crônica. De João Condé e seus Arquivos Implacáveis. De Mário Melo e Clóvis Melo, pai e filho cruzando jornalismo e história. De Barbosa Lima Sobrinho, ícone da liberdade de imprensa. Essa tessitura é continuada hoje na obra fecunda de José Marques Melo, que nasceu no estado das Alagoas, mas  teve no Recife suas  graduações universitárias. Sendo, portanto, jornalisticamente pernambucano.

Que esses jornalistas  inspirem os participantes deste Congresso  na ampliação das perspectivas teóricas e metodológicas e nas posturas do dia a dia. Com a certeza de que o Brasil precisa de profissionais da comunicação que atentem para as mazelas da nossa república cortesã e excludente, onde a mobilização popular e a construção da cidadania são tantas vezes substituídas pela comercialização da política, a espetacularização e as maquiagens do marketing. 
O Brasil precisa de profissionais da comunicação que se alcem além da pauta de duas cabeças do oficialismo e sua oposição. Profissionais que entrem em sintonia com as pulsações da sociedade. Que resistam às atrações da meia dúzia e atentem para as necessidades dos sem. Os sem teto. Sem trabalho. Sem terra. Sem cultura. Sem informação qualificada e comprometida com a cidadania popular. Os que sofrem por carência, abuso, violência, restrição, discriminação, preconceito.
Nisto a comunicação e a medicina têm tudo em comum, segundo as palavras do médico sanitarista pernambucano e ex-prefeito de Santos,  David Capistrano Filho: "o único requisito indispensável é o compromisso com a vida, compromisso com os que sofrem."

Que se rejeite a ousadia na moderação, cujo subproduto é a mesmice melhorada, o "sempre cauteloso pouco a pouco" do burguês do poema de Mário de Andrade. É preciso ousar substantivamente. Ousar na palavra, ousar no projeto, ousar no impulso. Ousar, ousar, ousar. Paralelamente ao verbo amor.
"Vós sois o sal da terra. E se vós vos tornardes insípidos, com que aterra  haverá de ser salgada?" 

Muito obrigado. 

Marcelo Mário de Melo, Assessor de Comunicação da Fundaj"

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