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Coleção Etnográfica Carlos Estevão está disponível no museu virtual vinculado ao NEPE-UFPE

Publicado: Segunda, 27 de Fevereiro de 2012, 09h39 | Última atualização em Quinta, 20 de Dezembro de 2018, 21h16 | Acessos: 4316

:: Com informações
de Rebeca Kramer


O advogado, poeta e folclorista pernambucano Carlos Estevão de Oliveira trabalhou na região Amazônica ocupando importantes cargos no Estado do Pará. Aliando sua influência e interesse pela cultura indígena, ele coletou mais de três mil peças e fotografias que retratavam a vida de nativos brasileiros e da América– Latina, no período de 1908 a 1946. Parte desse acervo pode ser conferida no Museu do Estado de Pernambuco (MEPE), mas é no Museu Virtual Carlos Estevão - vinculado ao Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Etnicidade (NEPE) da UFPE - onde amantes de fotografia e interessados em cultura indígena podem apreciar todas as peças sem sair de casa. O projeto contou com recursos da Facepe.
 
Entre as peças e fotografias, destacam-se os exemplares pertencentes ao povo Urubu-Kaapor, do Maranhão, com seus colares, pulseiras, cintos, brincos e diademas fabricados com dentes de animais e penas de pássaros. Do povo Chama (Peru), a coleção tem peças de vestuários confeccionados em miçangas. No acervo, ainda consta uma peça de vestuário feminino, proveniente do Rio Nhamundá, possivelmente do povo Hixkariana, na região amazônica, confeccionada em fio de algodão tecida em miçangas, sementes e plumas.
 
Entre os colares da coleção, ressaltam-se aqueles provindos do povo Tükuna (da fronteira do Estado do Amazonas com o Peru) com detalhes antropomorfos e zoomorfos esculpidos em caroço de tucumã. Os adornos corporais também contêm um significativo valor religioso, como máscaras cerimoniais, fabricadas com a entrecasca do tururi e decoradas com desenhos coloridos, associados aos objetos de produção musical, como os maracás, tambores e bastões-de-ritmos.
 
Para o coordenador do projeto, o antropólogo Renato Athias, as fotografias que mais chamam sua atenção são do povo Pankararu, de Pernambuco. “Tem uma seleção de imagens muito legais das mulheres preparando o ajuca, uma bebida que contém o DMT de alteração da consciência, também conhecida como jurema dos índios”, afirma.
 
De acordo com a diretora do MEPE, Margot Monteiro, apenas 5% das peças permanece em exposição permanente no Museu do Estado. O restante fica guardado na reserva técnica pela questão do espaço.“O museu virtual permite que pesquisadores de todo o mundo possam ter acesso ao acervo completo acessando a internet”, destaca, revelando que o Museu do Estado realiza periodicamente mostras itinerantes das peças. 
  
:: Saiba Mais

Carlos Estevão de Oliveira foi um grande pesquisador brasileiro interessado na cultura indígena. Pernambucano, nasceu em Olinda, em 30 de abril de 1880. Formado em direito, em 1907, pela Faculdade de Direito do Recife, foi nomeado promotor público na cidade de Alenquer, no Pará, onde iniciou seus estudos etnográficos. Em 1913, foi transferido para Belém do Pará. Em 1930, foi nomeado diretor do Museu Emílio Göeldi nesta cidade, cargo que exercei até 1946, quando faleceu.

Ainda em vida, Carlos Estevão também foi membro do Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico de Pernambuco, do Instituto Histórico do Pará e Ceará, da Academia Paraense de Letras e do Instituto de Estudos Brasileiros, com sede em Belém. Poeta, autor de obras literárias e científicas, dedicou-se também ao estudo do folclore brasileiro.

:: Serviço

Museu Virtual Carlos Estevão

Site: www.ufpe.br/carlosestevao

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