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A Escola vai ao Engenho - visita inaugural pelo convênio Fundaj/Secretaria de Educação do Estado

Publicado: Segunda, 08 de Agosto de 2011, 10h59 | Última atualização em Quinta, 20 de Dezembro de 2018, 21h16 | Acessos: 2062

Por Érica Colaço, Rafael Cavalcanti e Renato Contente 

O Engenho Massangana recebeu, em 05 de agosto, a primeira turma de alunos da rede pública estadual, da Escola de Referência Epitácio Pessoa, localizada no município do Cabo de Santo Agostinho, como ação inaugural do projeto "A Escola Vai ao Engenho", fruto de convênio entre a Secretaria Estadual de Educação e a Fundação Joaquim Nabuco que prevê o atendimento de 600 escolas em 4 anos. Na ocasião, foi lançando o cronograma de visitas para os próximos 12 meses (inicialmente), de agosto de 2011 a julho de 2012. Esse projeto beneficiará entre 28 e 30 mil alunos, atendendo 600 escolas públicas estaduais integrais e semi-integrais, no período estimado de 4 anos.

                                Fotos: Clélio Tomás

A visita inaugural simbolizou o início das ações desse convênio e contou com a presença do Presidente da Fundação Joaquim Nabuco, Fernando Freyre, e do secretário de Educação de Pernambuco, Anderson Gomes. Freire considerou a ação como uma forma de alinhamento da Fundaj com as políticas do MEC, contribuindo de forma significativa com a educação e difusão da cultura no Estado. 

                                Fotos: Clélio Tomás

Ainda segundo Fernando Freyre, “é fundamental que a instituição forneça material produzido para as escolas, bem como visitação ao seu espaço físico nos contra-turnos das escolas, pois faz o aluno viver as aulas teóricas na prática”.

                                Fotos: Clélio Tomás

O grupo de 40 alunos da Escola Epitácio Pessoa foi recepcionado por duas contadoras de histórias da Biblioteca Pública do Estado, Lusinete e Djaneide, que compartilharam a história dos “Escravos de Jô” e “As cocadas”, um conto de Cora Coralina que narra a saga de uma menina que sonhava em comer uma cocada –que fez todos os presentes entrarem em um coco improvisado. Atendendo ao pedido da cantiga, que falava do "doce do côco de Tia Maroca", os presentes receberam cocadas.

Houve ainda a apresentação do grupo de teatro da Escola de Referência Epitácio Pessoa, que encenou “Os Escravos – Um Poema para ser encenado”, de Antonino Júnior, com adaptação e direção do professor Alcy Saavedra. O elenco contou com os alunos Jorge Vinícius, Ayrton de Pádua, Maxuel de França, Edson Oliveira, Nale Muniz, Lucas Cadete, Adson Ferreira, Gilmara Mayra, Anderson Weyder e, na operação de som, Maxuel Caetano. A peça tratava das desigualdades e preconceitos nos tempos atuais, fazendo um nítido paralelo com a realidade vivida na época da escravidão, enfrentada por Joaquim Nabuco.

                                Fotos: Clélio Tomás

No passeio guiado por Enerson Silva, mediador de História da equipe do Engenho Massangana, pela Casa Grande e pela Capela de São Mateus, foi narrada toda a história de Joaquim Nabuco, os costumes da época, as curiosidades sobre o mobiliário e toda a estrutura da Casa Grande. Os alunos ressaltaram a importância do projeto em um local como o Engenho: “Além de conhecer a história de verdade, viva, a gente pode vivenciar ela e ver como o local é, como ele está sendo conservado. Como o nosso patrimônio, que é tão importante, está sendo utilizado” afirmou Jorge Vinícius. “Não é todo dia que temos a oportunidade de ter um passeio, uma aula como essa, ainda mais em um lugar como esse. Ver toda essa História foi uma coisa muito boa.” Completou Rayane da Silva.

A Diretora de Cultura da Fundaj, Isabela Cribari, o Secretário Anderson Gomes e o Presidente da Fundação Joaquim Nabuco, Fernando Freyre, discursaram sobre importância daquele momento solene, agradecendo por mais essa iniciativa desenvolvida pela Fundaj e Governo do Estado e, com entusiasmo, assinaram o compromisso da parceria. 

O Secretário Anderson Gomes declarou: “Essa é mais uma parceria entre a SEE e a Fundaj, sem dúvida uma das mais importantes até o momento. Tirar os estudantes da sala de aula e trazê-los para dentro da história viva deste espaço vai causar um impacto na vida deles, assim como foi comigo quando estive aqui pela primeira vez. Neste lugar preservado você vê uma história de civilização.” 

Encerrando as festividades, uma apresentação de dança regional foi feita pelos alunos e, na sequência, um coquetel foi servido para todos os presentes. 

Antes da parceria com a Secretaria de Educação, as visitas ao Engenho vem acontecendo desde a reinauguração do espaço, em dezembro de 2010, mediante agendamento prévio de escolas públicas e particulares, para que os estudantes vivenciem os temas referentes à abolição: formas de moradias, estudo dos costumes, casa grande e senzala. Tudo isso com visitas guiadas, auxiliando como atividade extraclasse e compreendendo, também, atividades intermediárias; oficinas e outras ações do Programa Educativo do Engenho. 

A Assessora de Projetos Especiais da SEE, Ângela Melo, afirmou que o cronograma das escolas já está predefinido, faltando alguns ajustes que, segundo a mesma, serão resolvidos em breve. Pelo convênio, o Engenho Massangana receberá cerca de 150 alunos por dia de visitação, todas terças e quintas-feiras, sendo três turmas por dia. Os passeios serão intermediados pela Gerência Regional de Educação da Secretaria de Educação de Pernambuco.

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