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Coleção Educadores, da Fundaj/MEC, foi destaque do JC

Criado: Quinta, 12 de Mai de 2011, 14h22 | Publicado: Quinta, 12 de Mai de 2011, 14h22 | Última atualização em Quinta, 20 de Dezembro de 2018, 21h16 | Acessos: 3038

O SABER DEIXA A ESTANTE

Coleção educadores leva às escolas obra de 61 autores ligados à educação e cumpre missão de espalhar conhecimento.

Uma parte considerável do pensamento ocidental da educação, do século 14 ao 20, foi organizado em uma série de livros. Obras escritas por autores brasileiros e estrangeiros começaram a chegar nas escolas de todo o Brasil nesta semana. Elas fazem parte da Coleção Educadores, uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC) em parceria com a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). Serão distribuídos 185 mil kits em locais como escolas públicas, bibliotecas e universidades.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) está fazendo a distribuição das obras. A tiragem total ultrapassa os 6.943 milhões de livros.“É um sonho aninhado há cinco ou seis anos pelo ministro que chegou na Fundaj. A coleção começou com 20 livros e hoje são 63. Ela vai chegar a todas as escolas do Brasil a partir de fevereiro”, afirma o editor-geral da coleção, Sidney Rocha, citando o ministro da Educação, Fernando Haddad. “Ele colocou como um dos principais frutos da gestão dele”, completa Rocha.A editora Massangana, da Fundaj, ficou responsável pela edição dos textos.

A coleção foi lançada no Palácio do Planalto, com a presença do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. O projeto faz parte da celebração dos 80 anos de fundação do MEC (novembro de 2010).No texto de apresentação de cada obra, Haddad afirma: “O propósito de organizar uma coleção de livros sobre educadores e pensadores da educação surgiu da necessidade de se colocar à disposição dos professores e dirigentes da educação de todo o país obras de qualidade para mostrar o que pensaram e fizeram alguns dos principais expoentes da história educacional, nos planos nacional e internacional. A disseminação de conhecimentos nessa área, seguida de debates públicos, constitui passo importante para o amadurecimento de ideias e de alternativas com vistas ao objetivo republicano de melhor a qualidade das escolas e da prática pedagógica em nosso país”.Em, 2006, o ministro instituiu uma comissão técnica para escolher os educadores que participam da coleção. O resultado reúne 31 autores brasileiros e 30 estrangeiros.

Estes últimos foram selecionados entre os 100 que integram a coleção Penseurs de l’éducation (Pensadores da educação), da Unesco, por terem influenciado o pensamento da educação no Brasil.Além da diversidade de origens, os autores são de áreas e pensamentos diferentes, criando um panorama amplo. A lista completa está disponível ao lado e na página dois.Em cada volume há um ensaio sobre o autor, textos escritos por ele, cronologia e bibliografia indicando o foi publicado sobre o autor e do autor – facilitando a ampliação da pesquisa. Caricaturas feitas por Miguel Falcão, deste JC, completam cada obra. Além destas obras, a coleção também incluiu os Manifestos dos educadores de 1932 e 1959.Há três tipos de kits, com quantidades diferentes de livros, que serão distribuídos de acordo com o tamanho das escolas. Também foi feita uma parceria entre a Fundaj e a TV Escola. “Já temos dez documentários prontos, que vão entrar na grade da TV Escola em março. A gente também mandou fazer sete mil cópias.

Cada DVD tem cinco educadores e também um manual pedagógico sobre como cada professor pode trabalhar o tema do educador em sala de aula, que atividades ele pode fazer”, adianta Isabela Cribari, que divide a coordenação executiva do projeto com Carlos Alberto Ribeiro.“É um projeto extremamente ambicioso, de uma escala que a Fundaj nunca viu”, completa Isabela, que também lembra que esta iniciativa reforça o trabalho nacional da fundação.EDUCADORES BRASILEIROS DEFENDEM ENSINO PÚBLICO Série de perfis lançada pelo Ministério da Educação destaca mestres que lutaram pelo fim do analfabetismo e pela inclusão por meio do ensino.

Os autores nacionais:

Alceu Amoroso Lima (1993-1983) – Carioca, crítico literário, professor, pensador, escritor e líder católico, conhecido como Tristão de Ataíde.
Almeida Júnior (1892-1971) – Paulista, um dos signatários do Manifesto dos Pioneiros da Escola.
Anísio Teixeira (1900-1971) – Baiano, pioneiro na implantação do ensino público, gratuito, laico e obrigatório.
Aparecida Joly Gouveia (1979-1998) – Paulista, elaborou e dirigiu pesquisas as mais relevantes para a educação, principalmente sobre o ensino médio na Brasil.
Armanda Álvaro Alberto (1982-1974) – Carioca, líder feminista, combateu o analfabetismo.
Azeredo Coutinho (1742-1821) – Fluminense, sacerdote, ex-bispo de Olinda, e escritor.
Bertha Lutz (1894-1976) – Paulista, uma das pioneiras do feminismo no Brasil.
Cecília Meirelles (1901-1964) – Carioca, poetisa, pintora, jornalista e professora.
Celso Suckow da Fonseca (1905-1966) – Carioca, pioneiro na educação industrial do Brasil.
Darcy Ribeiro (1922-1997) – Mineiro, antropólogo, indigenista, escritor e político.
Dumerval Trigueiro (1927-1987) – Matogrossense, sociólogo, foi reitor da UFPB.
Fernando de Azevedo (1894-1974) – Mineiro, educador, crítico, ensaísta e sociólogo.
Florestan Fernandes (1920-1995) – Paulista, sociólogo marxista, político e um dos fundadores do PT.
Frota Pessoa (1917-2010) – carioca, biólogo, médico e pioneiro na genética humana no Brasil.
Gilberto Freyre (1900-1987) – Pernambucano, sociólogo, escritor e pintor.
Gustavo Capanema (1900-1985) – Mineiro, advogado e político.
Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Carioca, compositor, maestro e professor.
Helena Antipoff (1882-1974) – Russa naturalizada brasileira, educadora da criança portadora de deficiência.
Humberto Mauro (1897-1983) – Mineiro, cineasta e documentarista educativo.
José Mário Pires Azanha (1931-2004) – Paulista, atuante na educação, defendia a autonomia da escola, a formação de professores e expansão e universalização das oportunidades escolares.
Júlio de Mesquita (1862-1927) – Paulista, jornalista, fundador da Sociedade de Cultura Artística de São Paulo.
Lourenço Filho (1897-1970) – Paulista, pioneiro da Escola Nova.
Manoel Bomfim (1868-1932) – Sergipano, médico, psicólogo, pedagogo, sociólogo e historiador, denunciou do racismo científico.
Manuel da Nóbrega (1517-1570) – Português, chefe da primeira missão jesuítica à América.
Nísia Floresta (1810-1885) – Potiguar, educadora, escritora, poetisa e feminista.
Paschoal Lemme (1904-1997) – Carioca, lutou pela Lei de diretrizes e base da educação.
Paulo Freire (1921-1997) – Pernambucano, filósofo marxista, criador do método de alfabetização popular.
Roquette Pinto (1884-1954) – Carioca, antropólogo, etnólogo e ensaísta.
Rui Barbosa (1849-1923) – Baiano, filólogo, tradutor, advogado e político.
Sampaio Dória (1883-1964) – Alagoano, lutou pela reforma do ensino público paulista.
Valnir Chagas (1921-2006) – Cearense, pioneiro no estudo de línguas.  

 :: Fonte: Jornal do Commercio, Caderno C, edição do dia 13 de fevereiro de 2011.

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