Fundaj participa de Audiência Pública em Paulo Afonso para discutir os danos ao Rio São Francisco
Pesquisador Neison Freire esteve presente para expor resultados da pesquisa Pós-Brumadinho
O pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco, Neison Freire, pós-doutorado em gestão de risco aos desastres naturais e supervisor do Centro Integrado de Estudos Georreferenciados para a Pesquisa Social (CIEG), participou de uma Audiência Pública sobre "Os Danos ao Rio São Francisco e Afluentes" nesta quinta-feira (11) no município de Paulo Afonso, na Bahia.
O encontro foi promovido pelo Ministério Público do Estado da Bahia, por meio da Promotoria de Justiça Regional Ambiental de Paulo Afonso, com o intuito de discutir e colher informações sobre os danos ambientais causados ao rio, decorrentes de agroquímicos, esgotamentos, lamas tóxicas e outros poluentes, além de consequências como o aumento das baronesas, taboas, mexilhões dourados entre outros.
O resultado da pesquisa Pós-Brumadinho foi o principal assunto exposto por Neison Freire no encontro. Segundo ele, o Rio São Francisco está contaminado desde o dia 12 de março. “Tivemos acesso a essa informação de perto, quando realizamos um trabalho de campo no local. Além de disso, trouxemos imagens e resultados obtidos com uma pesquisa elaborada para que a população tivesse acesso.” Neison afirma que a preocupação de quem faz esse tipo de pesquisa é saber como a população está sendo atingida com os desdobramentos da tragédia. “Dessa forma, fica mais claro para as autoridades responsáveis tomarem as medidas corretas."
De acordo com o pesquisador, essa foi a primeira reunião pública abordando o Pós-Brumadinho fora da localidade onde a tragédia aconteceu. "Essa reunião teve um impacto regional muito grande. Encontramos gente de Caparica, Glória, representantes do estado de Alagoas, Pernambuco, entre outros. É muito válido discutirmos sobre o assunto e em como o Pós-Brumadinho afeta a vida das pessoas", acrescentou.
A partir desse encontro, será desenvolvido um documento que o Ministério Público usará para tomar as ações cabíveis acerca do assunto. Estiveram também presentes na reunião algumas agências governamentais, representantes técnicos dos Ministérios Públicos, órgãos ambientais, fundações, universidades, comitê de bacia, empresas de saneamento, prefeitos e vereadores, pescadores, comunidades locais e interessados no assunto, que opinaram e discutiram junto às autoridades.
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