Fundaj ministrará oficinas de conservação em Cabo Verde
Programação acontece de 13 a 17 de maio e tema será a preservação do papel e da fotografia
Na próxima semana, dando continuidade à parceria que foi firmada em 2018 entre a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e o país de Cabo Verde, no continente africano, uma equipe de técnicos da Fundaj ministrará três oficinas de conservação, na Biblioteca Nacional de Cabo Verde (BNCV). A programação é mediada pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e acontece de 13 a 17 de maio.
Com a temática baseada no papel e na fotografia, as oficinas serão ministradas por servidores do Centro de Estudos da História Brasileira Rodrigo Melo Franco de Andrade (Cehibra) e do Laboratório de Pesquisa, Conservação e Restauração de Documentos e Obras de Arte (Laborarte).
Bety Lacerda, coordenadora do Cehibra, falará sobre conservação da fotografia. “Somos uma instituição federal com especialização em preservação e é preciso sair das quatro paredes e expandir nossas expertises”, enfatizou Betty Lacerda. Antônio Montenegro, também do Cehibra, dará oficina sobre conservação preventiva.
Pelo Laborarte, o técnico Givaldo Batista dará aula sobre conservação de papel. “Vou introduzir, de maneira prática, como fazer a higienização, como realizar técnicas de desinfestação, e a parte de encadernação e uso de materiais diversos na conservação e restauração”, adianto o técnico.
A programação acontecerá em Praia, capital de Cabo Verde. Além dos habitantes locais, os alunos virão também de instituições memoriais das outras ilhas do país. Ao longo dos seus 70 anos, a Fundaj tem desenvolvido trabalhos significativos nas áreas de conservação, difusão e gestão de acervos artísticos, históricos e documentais. Muitas vezes, de forma pioneira.
Cooperação A cooperação entre os dois países foi solicitada pela BNCV. “A instituição procurou a embaixada do Brasil em Cabo Verde para saber se podia ter o apoio dos brasileiros nas questões de gestão da biblioteca, em dois aspectos, principalmente. Primeiro, na conservação, preservação e difusão do acervo e, segundo, na difusão e fomento da leitura”, ressaltou Antônio Montenegro.
Por seu trabalho rico na área de pesquisa, educação e conservação, a Fundaj foi escolhida para a parceria. Foi em abril de 2018 que se deu o primeiro contato com os cabo-verdenses, quando a Fundação enviou uma equipe técnica para preparar um programa preliminar de curso, lá em Cabo Verde.
Após essa primeira visita, um plano de trabalho com as demandas identificadas foi criado. Em outubro, quatro funcionárias da BNCV vieram ao Brasil e se reuniram com parte da equipe da Fundaj para planejar atividades em cima de textos literários e livros infantis, com foco na atividade lúdica, criativa e de transformação. Isso tudo para ser desenvolvido posteriormente em Cabo Verde. Já em dezembro, uma equipe da Fundaj esteve em Cabo Verde oferecendo cursos de escrita criativa e Cultura de Paz na Biblioteca Nacional.
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