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O casarão onde nasceu a Fundação Joaquim Nabuco

Publicado: Segunda, 27 de Mai de 2019, 15h02 | Última atualização em Quinta, 06 de Junho de 2019, 14h52 | Acessos: 1514

O majestoso casarão Solar Francisco Ribeiro Pinto Guimarães é o cartão de boas vindas da sede da Fundaj, em Casa Forte. A construção erguida no século XIX conserva grande parte de sua estrutura original e é carregada de histórias dos tempos do comércio açucareiro em Recife, além de ter sido o marco zero de pesquisas do instituto que mais tarde se tornaria a Fundação Joaquim Nabuco.

O solar recebe o nome de seu proprietário, um rico comerciante de açúcar que utilizava o espaço para compra e exportação da mercadoria. Os anos de 1874 e 1877, respectivamente início e término da construção, estão gravados no prédio onde Francisco Ribeiro Pinto Guimarães implementou seu ponto de negociação. Os anexos laterais em formato de “U” foram definidos como áreas residenciais e a pequena construção adjacente como banheiro que, juntamente com os bancos, faz parte da conformação original do local.

A arquitetura neoclássica/eclética da casa -estilo que predominou no Recife no final do século- conta um pouco do contexto em que se inseriu. “Boa parte do casarão foi conservada. Houve intervenções pontuais, mas 90% dele é original”, explica o coordenador da Villa Digital, Antônio Montenegro. Sem quartos ou cozinha, o imóvel era considerado pequeno por dentro, o que acaba contrastando com sua imponente vista externa. Subindo a grande escadaria, encontra-se ainda hoje a fachada coberta com azulejos portugueses, esquadrias de madeira de lei, e coloridas claraboias, todos da época do grande aristocrata do açúcar.

Anos mais tarde, o espaço seria ocupado por uma clínica veterinária, pelo Hospital Magitot e serviria de sede para o Instituto Joaquim Nabuco -IJNPS, que deu o pontapé inicial ao que é a Fundação Joaquim Nabuco hoje. Em 1965, foi sede do Museu Antropológico do IJNPS (cujo acervo hoje pertence ao Museu do Homem do Nordeste) e o porão da casa, após algumas intervenções, foi transformado na Galeria Baobá.

Na frente na casa costumavam cultivar um jardim de plantas exóticas, que hoje dá lugar a um canteiro de plantas tropicais. As adaptações foram feitas dando prioridade à conservação do local, mantendo ao máximo sua originalidade. Hoje, nas imediações da construção, funcionam a sede da MECA, das salas Gilberto Freyre e Mauro Mota e os caixas eletrônicos da instituição.

Recentemente, a obra oitocentista recebeu a classificação de Imóveis Especiais de Preservação pela Prefeitura do Recife (IEP). “Esse edifício tem uma identificação total com as finalidades originais da Fundação Joaquim Nabuco. Ele conta a história da sociedade da época”, atesta Montenegro. Ele acredita que a instituição percebe isso como expressão antropológica e que a preservação é fundamental para manter-se em sintonia com a proposta da Fundação.

MITO OU VERDADE?

Apelidado de Edifício “Chico Macaco”, o solar Francisco Ribeiro Pinto Guimarães esconde alguns segredos. Reza a lenda que o filho do Francisco morou no casarão e acabou enlouquecendo, passando a alimentar-se exclusivamente de banana. Ele ficava em uma das salas do anexo e não saía de lá em hipótese alguma, fazendo com que os empregados levassem banana para ele comer.

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