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SEMINÁRIO MUSEU EDUCADOR RECEBE LANÇAMENTO DO E-BOOK "MEMÓRIA SOCIAL NA ESCOLA"

Criado: Quarta, 22 de Junho de 2016, 14h24 | Publicado: Quarta, 22 de Junho de 2016, 14h24 | Última atualização em Quinta, 20 de Dezembro de 2018, 20h34 | Acessos: 3280

O livro pode ser baixado em qualquer dispositivo móvel, como tablets, celulares e notebooks

Por Lara Ximenes

 

O Museu do Homem do Nordeste, da Fundação Joaquim Nabuco, recebeu dois eventos, no dia 27 de junho. Foram eles, a terceira edição dos Seminários Memória, Museologia e Patrimônio, com as mestras Juliana da Costa Ramos e Neila Denise Macedo Teles de Pontes, que discute as narrativas expográficas do Museu do Homem do Nordeste de 1979 a 2016, e o Seminário Museu Educador, que tem por objetivo promover discussões sobre as práticas educativas desenvolvidas em museus e espaços culturais, voltadas para os profissionais da área. O Museu Educador tem quatro edições durante o ano, para discutir práticas educativas não formais e museais. 


Esta edição do Museu Educador, cujo tema foi Memória, educação e a relação museu-escola, foi ainda mais especial: o e-book Memória Social nas Escolas foi lançado na ocasião. O livro é fruto da iniciativa homônima da Coordenação de Programas Educativo-culturais do Museu do Homem do Nordeste (Muhne/Fundaj), que tem por objetivo desenvolver, junto a  cinco escolas da rede pública de ensino, projetos sobre a memória local das comunidades onde as escolas estão localizadas.

“Construímos, o Museu e as escolas, a metodologia desse projeto desde 2014, em longo prazo. E é essa base conceitual e metodológica que vamos abordar no e-book, além dos relatos e experiências das cinco escolas”, afirmou Mariana Ratts, Coordenadora do Serviço Educativo do Museu do Homem do Nordeste. “Para a gente é muito importante compartilhar todo esse trabalho que foi feito de forma igualmente compartilhada, e é uma metodologia que nos faz pensar em novas configurações para as ações educativas que o museu desenvolve”, completou Mariana.


O e-book apresenta uma sistematização de todas as ações e processos do Memória Social, como as pesquisas de textos e fotografias, produção de mapas afetivos, realização de entrevistas, participação em oficinas, visitas aos aparelhos culturais da Fundaj - como o Engenho Massangana, Muhne, galerias e Cinema do Museu.

 

Durante o Memória Social, os alunos participantes do projeto aprofundaram o conhecimento sobre o local onde vivem, suas histórias e modos de viver. Durante o processo, a relação da escola com a comunidade foi fortalecida, e a produção do conhecimento, partilhada pela comunidade escolar - gestores, professores, alunos, funcionários da escola e moradores das comunidades.


Uma discussão sobre o currículo escolar como resposta do projeto nas salas de aula também um aspecto importante do Memória. “Quando chegamos nas escolas para trabalhar e discutir sobre as memórias das comunidades e a história das escolas inseridas ali, percebemos como essa discussão pode acrescentar no currículo escolar”, disse a coordenadora.


“A gente cria, de forma compartilhada com a escola, uma nova visão daquele lugar, porque os alunos compreendem a escola de uma forma diferente”, diz Mariana, que acredita que ao investigar as memórias da comunidade e a inserção da escola como parte daquilo, os estudantes conseguem aproximar suas vivências ao aprendizado formal das matérias do currículo escolar, como matemática, geografia, português - afinal, o próprios professores também participam do processo.“Quando pensamos em currículo, estamos pensando em quem a gente quer formar. Muitas vezes, um currículo se pauta numa metodologia distante da vivência daquela comunidade, daqueles alunos. Trazer a memória e patrimonizá-la aproxima a realidade dos alunos ao currículo, aliando a experiência com a memória social às disciplinas que eles estudam”, explicou a coordenadora.


Para Mariana, o que faz do Projeto Memória Social ainda mais especial é o trabalho acontecer em longo prazo com as escolas. “A visita ao Museu é só uma das ações presentes no projeto. O Museu entra como parceiro das escolas para orientá-los a desenvolver o projeto de memória social e como desenvolvê-lo. Eles realizam o projeto deles, com a parceira do Museu. Aí entram as visitas, as oficinas, a produção de vídeo e uma série de coisas”, explicou Mariana.


“Também em longo prazo, as escolas querem continuar no projeto, é uma resposta bacana porque percebe-se que dá para desenvolver essa metodologia independente do museu. E o papel do e-book também é esse, levar essa metodologia de memória social para dentro de salas de aula”, complementou a coordenadora, que é uma das organizadoras do e-book em conjunto com Maurício Antunes, coordenador geral do Museu, e Isabelle França, mestranda do programa de pós-graduação da Fundaj. “Apesar de ter existido essa organização orgânica entre nós três, a autoria do e-book é completamente coletiva, escrita por todos do Serviço Educativo do Museu”, contou. Para o futuro, a coordenadora afirma que há um interesse em criar uma versão impressa do livro, com mais imagens. Uma segunda edição também está prevista.


O livro está disponível, desde o dia 27/06, dia do evento, na aba "Memória Social na Escola" do site da Fundação Joaquim Nabuco. Ele poderá ser baixado em qualquer dispositivo móvel - tablets, celulares e computadores - que possuírem aplicativos para leitura de e-book.

 


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