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KARINA BUHR RELANÇA SEU PRIMEIRO LIVRO NA BIENAL DO LIVRO DE PE

Criado: Sexta, 09 de Outubro de 2015, 12h15 | Publicado: Sexta, 09 de Outubro de 2015, 12h15 | Última atualização em Quinta, 20 de Dezembro de 2018, 20h34 | Acessos: 4349

Após o bate-papo com Carol Almeida, Karina participou de uma sessão de autógrafos (Foto: Ana Carla Santiago)Por Ana Carla Santiago (ASCOM/Fundaj), em colaboração especial para o Blog da Fundação

A cantora, compositora e escritora Karina Buhr relançou ontem seu primeiro livro Desperdiçando Rima, na Bienal do Livro de Pernambuco, realizada no Centro de Convenções, em Olinda.

Ela participou da mesa “Hoje eu não quero falar de beleza, ouvir você me chamar de princesa”, onde conversou com a editora do Suplemento Pernambuco, Carol Almeida, sobre seu livro, sua carreira, os obstáculos que a mulher enfrenta na música e a poética da sua obra musical.

Antes da mesa, aconteceu um bate-papo especial do clube Leia Mulheres em Recife, com as jornalistas Priscilla Campos e Fabiana Moraes, que debateram sobre os livros Amada e Quarto de Despejo.

Karina Buhr nasceu em Salvador (BA) e, aos oito anos de idade, mudou-se para Recife (PE). Iniciou sua carreira musical em 1992, tocando nos grupos de maracatu Piaba de Ouro e Estrela Brilhante e fez parte do movimento Manguebeat, através das bandas Eddie e Comadre Fulozinha, a qual fundou em 1997.

Fez parte de gravações de discos de bandas como Mundo Livre SA, Bonsucesso Samba Clube, Mestre Ambrósio, Veio Mangaba e Suas Pastoras Endiabradas, entre outras. Desde 2010, Karina Buhr segue em carreira solo com três discos gravados. No início deste ano, lançou o livro Desperdiçando Rima, pela editora Rocco, com textos, poesias e desenhos autorais. Também lançou, em setembro deste ano, seu mais recente CD, Selvática.

Abaixo, Karina contou um pouco sobre seu processo de criação e suas inspirações em ambos lançamentos em entrevista para o Blog da Fundação.

 

Blog da Fundação: Como surgiu a ideia de escrever um livro?

Karina: Surgiu um pouco do nada, na verdade foi a Editora Rocco que me convidou. A princípio a ideia deles era que eu fizesse um livro com os textos que eu já tinha publicado na minha coluna da Revista da Cultura. Só que aí era meu primeiro livro e eu queria fazer algo diferente, começar do zero mesmo, e aí decidi fazer coisas inéditas. Coloquei quatro textos que tinham sido publicados na minha coluna e saí produzindo o resto,fui passeando pelos temas e foi algo que fluiu bem naturalmente.

BF: E como foi o processo de produção?

Karina: Eu tive mais ou menos um mês para fazer, mas não foi algo difícil, cansativo. Na verdade, eu nem tive muito tempo para desperdiçar coisa, tinha uns momentos que dava um branco mesmo, mas aí eu ia e tirava coisa de onde não tinha. Eu queria tanto fazer o livro que acho que isso acabou ajudando o processo de criação a ser mais fácil.

BF: E por que o nome “Desperdiçando Rima”?

Karina: Porque eu gosto disso, de às vezes ter a rima e não usar, de ter um texto que tá bem certinho, vai acabar todo rimado, aí eu vou e desestruturo-o de propósito, eu acho legal fazer isso.

BF: E sobre o disco que você lançou esse ano, por que ele se chama “Selvática”?

Karina: Esse nome veio quando eu li a “Gênesis”, da Bíblia. Tem uma parte que fala que são criados os animais selváticos, que são as serpentes, os bichos peçonhentos, e aí eu comecei a fazer um paralelo das mulheres serem também selváticas nesse sentido. E logo depois, diz lá que Deus cria a mulher e tudo que é relacionado à mulher na Bíblia é sobre traição, fraqueza, e a mulher mais “massa” que tem, a mãe de Jesus, é virgem. Então eu comecei a pensar em personagens de mulheres selváticas, reescrevendo essa história da Biblía. E na letra de Selvática (última música do cd), eu falo isso bem especificamente, é como se fosse uma pregação dessa história que eu reescrevi.

BF: E o que você acha de conciliar a carreira de música com a de escritora?

Karina: Para mim é a mesma coisa, porque eu já escrevia, a diferença é que agora eu tenho um livro publicado. E é uma coisa ótima, porque eu acho que chama a atenção do público para as minhas composições, porque na época da Comadre Fulozinha muita gente não sabia que boa parte das letras eram minhas, por exemplo. Não fica nessa de denominar que eu sou só “cantora”. Isso inclusive é uma coisa que me incomodava muito, porque eu canto porque são minhas letras e músicas. Então a diferença acho que é o reconhecimento do que eu escrevo.

BF: E você pretende continuar na carreira literária?

Karina: Sim, pretendo escrever outro livro. Mas não penso nisso agora, ainda estou focada no primeiro livro e também no terceiro disco que eu estou lançando, os shows dele que vou fazer. É muita coisa para se pensar, mas eu penso em lançar outro livro, sim.

SERVIÇO

O disco Selvática pode ser adquirido através da plataforma Kickante, mas também está disponível para download grátis no site da cantora. Já o livro Desperdiçando Rima está à venda por R$24,50 na Livraria Cultura ou no site da editora Rocco.

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