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Fundaj participa de projeto que propõe a construção da memória do Recife

Publicado: Quinta, 20 de Outubro de 2016, 09h16 | Última atualização em Quinta, 20 de Dezembro de 2018, 20h34 | Acessos: 1452

Por Juliana Costa

Um evento cultural com participação de alunos de escolas públicas municipais do Recife, exposição de livros, concerto de banda e uma extensa pesquisa escolar que visava o (re)conhecimento da própria cidade. Foi o que aconteceu na Fundação Joaquim Nabuco – Casa Forte nesta quarta-feira, 19 de outubro. Numa parceria entre o Programa Manuel Bandeira de Formação de Leitores, da Prefeitura da Cidade do Recife, e a Biblioteca Central Blanche Knopf, da Fundaj, a instituição, criada por Gilberto Freyre e que tem como patrono o abolicionista Joaquim Nabuco, recebeu, em seu espaço, o projeto Interagindo com a história do seu bairro

Com uma proposta que pretendia fazer os estudantes “interagirem com o bairro, vivenciarem o bairro deles e ter um olhar diferenciado”, segundo a coordenadora da Biblioteca Blanche Knopf, Nadja Tenório, o evento contou com um Café Cultural que, além do lanche, incluía livros artesanais, teatro de mamulengos, banda e muito frevo — tudo composto, tocado e dançado pelos alunos, que se distribuíam entre o 1º e o 9º ano do Ensino Fundamental de escolas públicas do Recife.  

O projeto gira em torno da produção de conhecimento acerca dos bairros do Recife e sua história, propondo a construção de um registro memorial entre os alunos e a cidade. Os livros produzidos (todos feitos com chita, conchas e materiais recicláveis e escritos pelos próprios alunos, com ilustrações e fotos dos estudantes) contêm informações históricas sobre as comunidades que rodeiam as unidades escolares — curiosidades como a origem do nome dos bairros, a história de sua urbanização e sua população primitiva. As informações foram adquiridas da observação participativa das turmas para com os locais e de entrevistas com moradores, bem como de livros e pesquisas já existentes. Como os livros, o teatro de mamulengos também contava a história de uma parte da cidade — nesse caso, do bairro de Torrões. Os mamulengos foram, igualmente, produzidos pelos próprios estudantes com materiais recicláveis, como caixas de leite, e apresentados por eles. “A gente aprendeu várias coisas novas que a gente não sabia sobre o bairro”, comenta um dos alunos que ficaram encarregados da apresentação, Eduardo, do 6º ano da Escola Municipal Arraial Novo Do Bom Jesus.  

A abertura do evento, às 9h30, ficou por conta da historiadora Rita de Cássia e do presidente da Fundaj, Luiz Otávio Cavalcanti. Luiz Otávio deu as boas vindas: “Não é todo dia que a gente começa a trabalhar ouvindo vassourinhas. Não é todo dia que a gente começa a trabalhar na convivência agradável dos estudantes de nossa cidade. Não é todo dia que a gente começa a trabalhar vivendo tão intensamente a educação do nosso estado. Então, por essas razões, sejam muito bem vindos à casa de Joaquim Nabuco”, disse o presidente. A abertura também contou com a participação de alunos dos colégios participantes, como Vandreelson, 9º ano na Escola Municipal Nadir Colaço, que ressaltou a importância do projeto no entendimento do contraste entre o Recife do passado e do presente. O aluno também destacou a descoberta de novos lugares dentro do seu próprio bairro.  

O evento seguiu com a apresentação mais extensiva sobre cada um dos trabalhos, expostos pelas professoras responsáveis, e uma introdução ao projeto Pesquisa Escolar Online, feita por Cláudia Verardi, bibliotecária da Fundaj, que, numa parceira com o trabalho das escolas, produziu panfletos para o projeto Conheça sua Cidade, desenvolvido pela Fundação e disponível online no site da Fundaj. A Editora Massangana também marcou presença, reafirmando o compromisso de pensar a produção de um livro sobre o projeto Interagindo com a história do seu bairro.

Finalizando, um dos livros artesanais, composto por alunos da Escola Municipal do Coque, lê-se, em forma de cordel:

Esse livro é o resultado de um projeto especial
Que uniu Fundaj e escola de forma fenomenal
Para falarmos de história, algo que é fundamental
[...]
À equipe da Fundaj, nosso agradecimento
E ao Manuel Bandeira, que, com tanto engajamento,
Apoiou nosso trabalho,
Eis nosso reconhecimento”.

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