Conta de luz ficará mais cara em novembro
No mês de outubro, os brasileiros estão pagando a bandeira tarifária amarela, que tem cobrança de R$ 1,50 extras a cada 100 kWh (quilowatts-hora consumidos).
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25/10/2019
Imagem do Google
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou, na tarde desta sexta-feira (25), que a bandeira tarifária em novembro de 2019 será vermelha (patamar 1) com custo de R$ 4,169 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. Com isso, a conta de luz dos brasileiros ficará mais cara em relação ao último mês.
Segundo a agência reguladora, o regime de chuvas ficou abaixo do padrão histórico, o que influencia diretamente na capacidade de produção das hidrelétricas, eleva os custos e traz consequências diretas no preço da energia.
No mês de outubro, os brasileiros estão pagando a bandeira tarifária amarela, que tem cobrança de R$ 1,50 extras a cada 100 kWh (quilowatts-hora consumidos).
Criado pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada. O funcionamento das bandeiras tarifárias é: as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2). Elas indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração.
BANDEIRAS
Criadas em 2015, as bandeiras sinalizam o custo real da energia. O funcionamento é simples: as cores indicam se a luz custará mais ou menos.
Bandeira verde: tarifa não tem acréscimo
Bandeira amarela: tarifa tem acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos
Bandeira vermelha 1: tarifa tem acréscimo de R$ 4 para cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos
Bandeira vermelha 2: tarifa tem acréscimo de R$ 6 para cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos
DICAS PARA ECONOMIZAR NA CONTA DE LUZ
Chuveiro elétrico?
Tome banhos curtos e com temperatura razoável
- Ao longo de um mês, um banho de 15 minutos por dia, para uma família de quatro pessoas, equivale ao consumo de mais de 400 lâmpadas ligadas por uma hora, o que corresponde a cerca de R$ 100 na conta.
- A resistência queimou? Troque. Fazer remendos, além de ser perigoso, desperdiça energia
Use a máquina de lavar apenas na capacidade máxima.
- Coloque somente a quantidade de sabão recomendada, evitando repetir a operação enxágue.
- Quanto às secadoras, utilize-as apenas quando realmente necessário; elas são uma das vilãs da conta de luz.
Use os eletroeletrônicos adequadamente
- Não deixe a TV ligada se ninguém estiver assistindo; não mantenha o celular o tempo todo carregando; não use o micro-ondas apenas como "relógio"
- Esses pequenos hábitos, se eliminados, podem trazer bons resultados para o bolso no final do mês
Sem passar sufoco
- Ao usar o ferro, tente passar o máximo de roupas possível e use a temperatura indicada para cada tipo de tecido
- O aparelho consome muita energia cada vez que é ligado
Troque lâmpadas antigas
- As versões mais econômicas ajudam a reduzir o consumo de energia em até 80%, além de terem preço mais em conta - – Lâmpadas LED, embora sejam um pouco mais caras, são mais eficientes do que as de luz branca e duram até 20 anos; a longo prazo, vale a pena
Fontes: Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e reportagem
COMENTÁRIOS
João Suassuna – Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco
Mudança de bandeiras nas tarifas de energia: um caso a refletir
Poucos entenderam a mudança da cor das bandeiras utilizadas no cálculo das tarifas de energia elétrica nos últimos meses. Até fins de setembro, o usuário da energia pagava suas contas fazendo uso da bandeira vermelha. Naquela ocasião as baterias de termelétricas estavam acionadas, gerando uma energia mais cara. No início de outubro, mesmo com os reservatórios do Sudeste apresentando níveis críticos em suas capacidades, foi autorizado o uso da “bandeira amarela”, alegando-se a proximidade da quadra chuvosa na região e a possível recuperação dos mesmos. Recentemente, circulou a notícia de que a partir de novembro, a bandeira das tarifas voltará a cor vermelha, sob alegação dos baixos níveis apresentado nos reservatórios. Um vai-e-vem de cores nas bandeiras que deixa o usuário da energia meio confuso. Na realidade, aquela troca para bandeira amarela, do mês de outubro, deveu-se à contribuição que as energia limpas, principalmente a eólica, vêm dando ao setor hidrelétrico, que nos últimos anos tem apresentados problemas, principalmente de atendimento a uma crescente demanda na região. Para se ter ideia da importância desse fato, atualmente o Nordeste gera mais energia, proveniente dos ventos, do que todo a energia produzida no complexo de hidrelétricas da Chesf. As hidrelétricas da Chesf têm potência instalada de cerca de 10 mil MW. Já o parque eólico do Nordeste já supera os 14 mil MW e com tendências à expansão. A cada dia as turbinas eólicas batem record de produção de energia, aproveitando os fortes ventos nordestinos. A justificativa da mudança da bandeira vermelha para amarela com os níveis dos reservatórios em estado crítico, passa muito por aí. Existe o respaldo das fontes limpas, que estão ajudado, e muito, o setor hidrelétrico. Agora, essa mudança repentina para cor vermelha, para o mês de novembro, não há justificativa plausível. Na realidade, o que as autoridades do setor estão pretendendo fazer é sobretaxar a energia gerada no Nordeste, dessa feita contando com os aportes da geração eólica. E isso não é justo. Na realidade, para o mês de outubro, a coloração da bandeira deveria continuar amarela, contando com a contribuição do setor eólico e no aguardo da recuperação das capacidades dos reservatórios do Sudeste, com a chegada da quadra chuvosa prevista para o mês de novembro naquela região.
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